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Exportações de frutas nordestinas para a China

por Thiago Bezerra de Medeiros publicado 08/07/2022 21h04, última modificação 08/07/2022 21h05
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Desde o seu descobrimento pelos portugueses em 1500, as terras brasileiras já eram reconhecidas pela alta qualidade, como bem descrito na carta de Pero Vaz de Caminha: “Nesta terra, em se plantando, tudo dá!”. Na contemporaneidade, além de maior produtor de soja do mundo, o Brasil foi em 2020 o terceiro maior produtor de frutas. Entretanto, na exportação, no período de 2000 a 2020, o País ocupou a 11ª posição no mundo, com apenas 3% do que é produzido sendo exportado.

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Devido a esse potencial gigantesco a ser explorado e na busca por novos mercados para exportação, em 2019, durante uma visita do presidente Chinês Xi Jinping, foram assinados acordos para exportação de melões do Brasil para o mercado chinês.

Com uma população de mais 1,4 bilhão de pessoas, o gigante asiático consome todos os anos cerca de 17 milhões de toneladas de melões (53% do volume global total), fruta favorita dos chineses, e nesse mercado, os melões brasileiros são vistos como produtos premiums.

Em 2019, a China importou cerca de US$ 7 bilhões de frutas frescas brasileiras (dados do Governo Federal), números determinantes para a consolidação das até então desconhecidas frutas brasileiras no mercado Chinês.

Uma grande parcela dessas frutas é produzida no Nordeste do Brasil, especialmente nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará que, juntos, foram responsáveis pela produção de cerca de 98,4% das exportações de melão em 2019.

Em uma entrevista, a cônsul geral da China em Recife, a Sra. Yan Yuqing, comentou: "Os deliciosos melões produzidos em Mossoró-RN entraram com sucesso no mercado chinês, o que permitiu aos chineses apreciarem a doçura brasileira. O Brasil possui condições naturais superiores para uma grande produção, muitas variedades e alta qualidade das frutas, tornando-se o terceiro maior produtor de frutas no mundo. Sendo o mercado consumidor de frutas com maior potencial, a China tem crescente demanda por frutas e vegetais de alta qualidade do exterior. Portanto, é extremamente complementar a cooperação entre a China e o Brasil na área de comércio das frutas".

Outro depoimento importante foi o de Rafael Martins, sócio-diretor de uma empresa de exportação de melões no RN, “Tem muito espaço a ser conquistado, principalmente na entressafra, com o inverno chinês se aproximando. O país não consegue produzir por causa das temperaturas muito baixas, aumentando assim a procura pela exportação mas, para isso, os produtores interessados precisam respeitar os protocolos exigidos, a qualidade da produção, inclusive dentro das normas contra pragas da cultura”.

Recentemente, além do melão, o Nordeste passou a exportar também para a China frutas como manga e uva, produzidas no Vale do São Francisco, localizado entre os estados de Pernambuco e Bahia. A região é responsável por mais de 80% da receita de exportações de manga brasileira, e por cerca de 99% da receita brasileira decorrente da exportação de uva.

 

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Autor: Thiago Bezerra de Medeiros (graduando em Relações Internacionais)