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Arte de Hermano José exibe beleza natural de João Pessoa
Está em cartaz até a próxima sexta-feira (23), no 1º andar da Biblioteca Central da UFPB, Campus João Pessoa, a exposição de pinturas “Cabo Branco até quando...?”, do artista plástico Hermano José. A mostra é um registro crítico e apologético da natureza e das paisagens de João Pessoa.
Organizada pela Pinacoteca da UFPB, a mostra reúne 33 obras doadas por Hermano José àquela instituição em 2014. De acordo com a Pinacoteca, a exposição tem como finalidade evidenciar a militância do artista plástico, crítico de arte e ex-professor da UFPB em defesa do meio ambiente. Algumas de suas obras retratam a falésia do Cabo Branco e a Barra de Gramame, denunciando a destruição ambiental, bem como a falta de incentivo de políticas públicas destinadas à preservação e o equilíbrio do meio ambiente.
Natural de Serraria, no Brejo paraibano, Hermano José faleceu em 2015.
Casa de Cultura
Em maio de 2017, a reitora da UFPB, Margareth Diniz, inaugurou a Casa de Cultura Hermano José. Na ocasião, na presença de familiares e amigos do homenageado, a reitora externou seus sentimentos: “É uma honra para a UFPB cumprir a vontade de Hermano José e poder entregar à Paraíba esse novo centro de arte e cultura”.
Localizada na rua Argemiro de Figueiredo nº 3697, no bairro do Bessa, em João Pessoa, a casa abrigava a residência e o ateliê de Hermano José. Esse patrimônio artístico-cultural foi doado pelo artista plástico à Universidade Federal da Paraíba, com a condição de tornar o local um espaço aberto ao público.
Ao o sinal verde do doador, a UFPB restaurou aspectos da casa, como a reforma em instalações, vidros, forro e equipamentos de segurança, além de pintura, jardinagem e outros reparos, preservando suas características originais. Também foram mantidos mobiliário, peças de arte, pertences pessoais e obras do artista para visitação pública. O Museu Casa de Cultura Hermano José é palco de exposições, cursos e outros eventos.
Outras informações pelo telefone (83)3209-8527.
Sobre o autor
Hermano José Guedes viveu seus primeiros anos na cidade de Caiçara, no interior da Paraíba, mudando-se para João Pessoa aos 11 anos de idade. Iniciou-se como artista plástico na década de 1940. Hermano gostava de retratar a falésia do Cabo Branco, paisagem fascinante desde o dia em que a viu pela primeira vez. Traço marcante de sua obra, o artista só parou de retratá-la em 1956, quando se mudou para o Rio de Janeiro.
No Rio, começou a trabalhar com gravuras em metal, conquistando o mundo. Uma de peças compõe do acervo do Museu Metropolitano de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Quando voltou à Paraíba, registrou as mudanças ocorrida nas paisagens de sua terra.
Hermano José representou as alamedas do Centro Histórico, o Vesúvio das depressões naturais, o bucolismo dos engenhos, a mágica circense, entre tantos outros elementos. Militante da preservação ecológica do Cabo Branco, Hermano temia que os lugares explorados turisticamente, como a Praia do Jacaré, perdessem suas características naturais ao longo do tempo.
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