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Laboratório de Hialotécnica

por jailton publicado 15/09/2016 11h20, última modificação 22/03/2018 11h18

 

O Laboratório de Hialotécnica LH do Departamento de Química - DQ, teve sua origem na antiga Faculdade de Medicina (no bairro de Jaguaribe) na década de 60 e migrou junto com Instituto Central de Química - ICQ para a atual Cidade Universitária em 1969. Após estruturação acadêmica da UFPB (1973), o LH ficou associado ao Centro de Ciências Exatas e da Natureza – CCEN, com funcionários do DQ.  Em 1982, numa parceria do DQ/CCEN com o Laboratório de Tecnologia Farmacêutica - LTF (hoje IPeFarM-UFPB), o LH foi ampliado quando a UFPB conseguiu efetivar um convênio com o Serviço Alemão de Cooperação Técnica e Social-SACTES/DED (Deutscher Entwicklungsdienst - Berlim) para a transferência de tecnologia de seus “Scientific Glassblowers”. Este convênio, inicialmente, financiou a permanecia (1982 a 1994) de mestres especialistas alemães (Helmut Otto Probst e Jürgen Reuter), que doou equipamentos e materiais necessários para a formação de recursos humanos e desenvolver atividades de prestação de serviços para a comunidade Universitária na unidade acadêmica do CCEN (Fig. 01 A e B). 

Desde então a ação estratégica deste laboratório na UFPB e em outras Universidades, tem sido no fortalecimento das atividades dos Programas Acadêmicos, de Ciências e Tecnologia com maior independência. Estes resultados incentivaram a criação de cursos para a formação de técnicos brasileiros na especialidade Hialotécnica (Fig. 01 C e D). Isto, foi possível pela conquista do apoio adicional do SACTES/DED e, no Brasil, da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP e CNPq, que em conjunto passaram a investir no Laboratório conforme aprovação a renovação do convênio e de Editais (Bolsas e Subvenções) pleiteados pelos parceiros LTF e DQ/CCEN nas décadas de 1980 e 1990. Assim o LH cresceu para o porte Semi-Industrial em termos de área disponível (180 m2), equipamentos e quanto ao quadro de técnicos, sete funcionários, brasileiros de vários setores da UFPB, que adquiriram competências/habilidades complexas nas técnicas e no ensino da Hialotécnica.

Figura 01. História do Laboratório da Hialotécnica/DQ/UFPB: A) demonstrações dos Mestres Helmut Otto Probst (ano 1985); B) Jürgen Reuter (ano 1990); C) cursos de treinamento em 1991 (Josevaldo Crispin, Jürgen Reuter, Josevando Crispin e João Possidônio); e D) em 1999 (Pedro Paiva e João Possidônio). Fonte: acervos do IPeFarM-UFPB e do LH/DQ/CCEN, 2018.

 

Nesse contexto, o reparo, a modificação/adaptação e a confecção de novas peças e/ou aparelhos em vidro borossilicato que suportam a experimentação dos Cursos de Graduação e Pós-graduação assim como os Programas Acadêmicos da UFPB (PIBIC e PROBEX) e de outras IFES tornou-se rotina (Fig. 02). Outras, demandas importantes são o suporte dado aos processos desenvolvidos pelo LTF assim como as das empresas atuantes na comunidade Paraibana.

Figura 2. Demanda espontânea da UFPB no Laboratório da Hialotécnica–DQ/CCEN:  A) n° total anual e B) n° por Graduação e Pós-graduações, ambos, de peças ou aparelhos reparados-confeccionados no período 2011 a 2017. Fonte: acervo do LH/DQ/CCEN, 2018.


A atividade de extensão universitária também tem sido realizada no LH por médio de: a) auxilio técnico/assessorias na implantação de novos Laboratórios de Hialotécnica em outras IFS (Fig. 03); b) stands em feiras e encontros científicos na Paraíba e em outros Estados (Fig. 04); c) visitas técnicas no Laboratório (Fig. 05); d) exposições demonstrativas para as escolas de ensino médio (Fig. 06) e alunos das turmas de graduação da UFPB de diversas disciplinas (experimentais e teóricas) com seus docentes responsáveis (Fig. 07); e) treinamentos específicos para alunos de Graduação e Pós-graduação, como também para Técnicos de Laboratório da UFPB com objetivo de dar suporte as suas metas cientificas de forma autônoma. Estes últimos, passaram a utilizar o Laboratório, com a adequada supervisão de nossos Hialotécnicos, com o objetivo de confeccionarem peças de vidro conforme suas demandas numa proposta do LH do tipo multiusuária.


 Figura 03. Cooperação do Laboratório da Hialotécnica/DQ/UFPB com outras Instituições: assessoria/implantação dos Laboratórios de Hialotécnica nos Departamentos de Química da A) Universidade Caxias do Sul (RS) e B) Universidade de Santa Catarina (UFSc) em 1992. Fonte: acervo do LH/DQ/CCEN, 2018.

 

 

Figura 04. Contribuição do Laboratório da Hialotécnica em eventos científicos: A) Feira de Ciência & Tecnologia no Espaço Cultural em João Pessoa-PB 1988 (Pedro Paiva e João Possidônio) e B) 55ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência SBPC - UFPE em Recife-PE 2003 (Josevaldo Crispin). Fonte: acervo do LH/DQ/CCEN, 2018.

 

Figura 05. Atividades de Extensão do Laboratório da Hialotécnica - visitas técnicas no Laboratório: A) Mestre Helmut Probst da Empresa Champ Glass Alemão (Campina Grande-PB) - 05/2017 e B) Representantes dos Departamentos de Química da UFRN (Prof. João Bosco e Técnico Williams Castro) e da UFMG (Técnicos Janaina Silva e Wladimir Silva) - 10/2017.  Fonte: acervo do LH/DQ/CCEN, 2018.

 

Figura 06. Atividades de Extensão do Laboratório da Hialotécnica na ação “Hialotécnica: prática de orientação vocacional para o ensino fundamental e médio em João Pessoa-PB”: A e B) - alunos da EMEIF Dr. Antônio Batista Santiago (Itabaiana) em 12/2017 e C e D) – alunos da EMEIF Prof. Luiz Mendes Pontes (João Pessoa) em 11/2017. Fonte: acervo do LH/DQ/CCEN, 2018.

 

Figura 07. Atividades de Extensão do Laboratório da Hialotécnica - contribuição com aulas das disciplinas experimentais e teóricas da Graduação da UFPB: A) Química Orgânica Experimental I (12/2016) e B) Química Orgânica Experimental II (02/2017), respectivamente, dos Cursos de Farmácia e Química Industrial da UFPB. Fonte: acervo do LH/DQ/CCEN, 2018.

 

 Figura 08. Quadro de funcionários na rotina do Laboratório da Hialotécnica/DQ/UFPB: processos de modelagem de vidro borossilicato pelos técnicos Josevaldo Crispin e João Possidônio - ano 2017. Fonte: acervo LH/DQ/CCEN, 2018.


Desde 2003, o LH vem trabalhando com um quadro de Hialotécnicos reduzido (dois servidores) que mantém o funcionamento do Laboratório e tem viabilizado todas as atividades relatadas (Fig. 08). Nos últimos anos, diante da expansão Universitária e, do incentivo a inovação e independência que as atividades de ensino/pesquisa requerem, tem havido um aumento de solicitações com desenhos especificos para a confecção de aparelhos, peças de bancada e de equipamentos de vidro. Nesse contexto, o DQ e o CCEN têm contribuído para viabilizar a manutenção/recuperação da infraestrutura do Laboratórioassim como as Coordenações das Pós-graduações em Química (CCEN) e em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (IPeFarM) que se soma a colaboração individual de vários professores pesquisadores que têm disponibilizados recursos para suprir demandas especificas críticas para o funcionamento da Hialotécnica. A mobilização em termos de colaboração de outros Centros Acadêmicos e Órgão Suplementar da UFPB (CSS, Cbiotec, CT e, LACOM) para a manutenção/recuperação do setor têm se ampliado devido à contribuição do LH para esses centros da UFPB. 



Recentemente, a proposta de uma disciplina teórico-prática eletiva denominada “Ciência e Tecnologia do Vidro“ para compor o Projeto Político Pedagógico dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química de 2018 dá evidência do crescente interesse e/ou relevância do tema na formação acadêmica e autonomia tecnológica dos discentes.


Infraestrutura atual do Laboratório:

  •          Área do Laboratório 180 m2;
  •          Torno Horizontal Universal para trabalho com vidro [Cmax = 1200 mm];
  •          Minitorno de Precisão de bancada [Cmax=900 mm]de bancada;
  •          Serra de Corte Universal;
  •          Perfuradora Vertical;
  •          Esmeril/Correia Vertical;
  •          Esmeril Plano Horizontal (Cmax = 400 mm);
  •          Duas Muflas (260 L, Tmax = 1.360 °C);
  •          Uma Mufla (10 L, Tmax = 1.200 °C);
  •          Compressor de Ar (420 L/min);
  •          Unidade de Concentração de Oxigênio (30 m3/d, gás > 95 % O2);
  •          Redes de Distribuição de Oxigênio, Ar Comprimido e Butano;
  •          Quatorze Maçaricos Zenit de Bancada de Alto Desempenho c/Pedal;
  •          Maçaricos Tipo Tocha Manual;
  •          Dez Bancadas para Serviços e Treinamentos;
  •          Uma Unidade Itinerante para Demonstrações Hialotécnicas.

 

Equipe do Laboratório:

Coordenador: Prof. Cosme Rafael Martinez Salinas

Hialotécnico:  Josevaldo Crispim Duarte (DQ/CCEN)

Hialotécnico:  João Possidônio Madruga Neto (CBiotec)

 

Endereço:

Laboratório de Hialotécnica 
Universidade Federal da Paraíba - UFPb
Centro de Ciências Exatas e da Natureza - CCEN
Departamento de Química - Bloco C - Subsolo (frente a Reserva Mata Atlântica - CCEN)
Campus I - João Pessoa - PB, Brasil - CEP: 58.051-900
Fone do Laboratório: 55 83 32167596

email: hialotecnica@quimica.ufpb.br

Informações adicionais podem ser obtidas a partir de recente matéria realizada pela Agência de Notícias da UFPB.

Nota de fonte: As informações aqui relatadas fazem parte de um levantamento histórico do Laboratório de Hialotécnica realizado pelo seu atual coordenador, Prof. Cosme Rafael Martinez Salinas.