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Apoio psicopedagógico ao estudante
Suporte psicopedagógico: extensão da UFPB oferece escuta e acompanhamento didático para estudantes da instituição
Cursar uma faculdade proporciona novas experiências e conhecimento, mas também impõe aos estudantes exigências e prazos que se somam aos outros desafios da vida.
Com a perspectiva de oferecer suporte para os estudantes da UFPB, o projeto de extensão ‘Apoio psicopedagógico e ações de cuidado aos estudantes - uma atuação do CAPPE’ tem disponibilizado à comunidade universitária atendimento, escuta e acolhimento. Diante das questões apresentadas por estudantes que procuram o projeto, a equipe atua com intervenções para ajudar os estudantes a enfrentar as dificuldades da rotina universitária.
O Centro de Apoio Psicopedagógico ao Estudante (CAPPE) foi criado em 2018. Coordenado atualmente pelas professoras Adriana Gaião e Andréia Escarião do Departamento de Psicopedagogia (DPSP/CE) da UFPB, o CAPPE atua com extensão desde 2019. A extensão tem como objetivo a busca por melhorias na qualidade da vida acadêmica dos estudantes, trabalhando em parcerias com o KONEKTO, programa vinculado ao Núcleo Universitário de Bem-Estar (NUBE) e o Comitê de Inclusão e Acessibilidade – CIA.
Pesquisa nacional do perfil socioeconômico e cultural dos graduandos, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes), indica que as principais dificuldades são a falta de disciplina de estudos (28,4%), dificuldades financeiras (24,7%), a carga excessiva de trabalhos estudantis (23,7%), problemas emocionais (23%7) e o tempo de deslocamento para universidade (18,9%).
A professora Andréia Escarião, coordenadora da extensão do CAPPE, explica que um fator importante para a criar a ação foi um estudo do Departamento de Psicopedagogia (CE/UFPB). Realizado internamente, o levantamento apontou na comunidade de estudantes indicativos relacionados à evasão universitária.
“Foi possível perceber um quadro de desistência, trancamento de disciplinas, notas baixas e reprovações. A partir disso, surgiu uma preocupação ao lidar com os estudantes com crises de ansiedade, estresse, déficit de atenção, fobias e demandas que chegam todos os dias no departamento, alegando estes estudantes estarem vivenciando grandes pressões acadêmicas”, esclarece a professora.
Suporte psicopedagógico na graduação
Atuando há três anos, a extensão já conseguiu atender 300 estudantes. Entre eles está Victor Alves, do quinto período do curso de pedagogia, que há um mês procurou apoio do projeto.
“A falta de acompanhamento e o uso exclusivo do celular, bem precário, na participação das aulas e realização das atividades afetou bastante o meu desenvolvimento na universidade e em minha vida pessoal. Comecei a enfrentar dificuldades para me concentrar.”
Victor também expõe que passava por acompanhamento psicológico para tratamento da ansiedade, mas o serviço, que era realizado em um hospital de Bayeux, foi encerrado. A possibilidade de ser acompanhado pelo projeto tem sido um motivo para continuar o curso.
"Aos poucos estou conseguindo me organizar e respeitar meus limites, com ajuste de horários de estudo, interpretação textual e exercícios de memorização. Ter ajuda nesse processo foi bastante importante, eu estava pensando em desistir das disciplinas que estou cursando. Acredito que se tivesse esse apoio antes, as coisas teriam fluido melhor”, desabafa o estudante.
Aprendizados para vida acadêmica
Buscando evidenciar a importância de abordar a saúde dos estudantes, a extensão produziu artigos a partir da experiência do projeto. Este ano, a equipe contribuirá com um capítulo na segunda edição do livro ‘Aprendizagem e Emoção' . Ademais, a capacitação de estudantes por meio da extensão também tem acontecido. Beatriz Meireles, estudante do quarto período do curso de psicopedagogia e bolsista da extensão, relata que a prática extensionista fortalece o vínculo com a área profissional que escolheu.
“A experiência com o CAPPE tem sido enriquecedora, tanto para o meu lado profissional, quanto para o pessoal. A experiência de realizar os acompanhamentos Psicopedagógicos me faz ter certeza que estou no lugar certo, fazendo o que realmente amo. É um carinho na alma fazer parte do CAPPE”, relata entusiasmada a estudante.
Beatriz também tem contribuído para a manutenção das redes sociais do projeto, que tem conteúdos relativos à procrastinação, transtorno de déficit de atenção (TDAH), depressão, rotina de estudos e entre outros temas que podem auxiliar os estudantes.
Acessando o serviço
Os atendimentos são oferecidos para estudantes matriculados na UFPB, sem restrição de curso ou período e pode ser solicitado através do preenchimento do formulário de inscrição.
Além disso, para os estudantes do Centro de Educação(CE), a procura também pode ser pela assessoria de apoio estudantil do Centro, que encaminhará os estudantes para a ‘EscutAção discente’. A solicitação para esse serviço é feita nesse formulário .
Tanto o CAPPE quanto o projeto EscutaAção utilizam o Instagram para manter contato com a comunidade universitária. Nos perfis @ext.cappe e @apoioestudantilufpb) é possível encontrar outras informações sobre os atendimentos
Reportagem de Crislaine Honório (voluntária PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX.