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Envelhecimento saudável

NIETI e projetos de extensão estimulam e dialogam sobre envelhecimento ativo
publicado: 08/10/2021 13h48, última modificação: 08/10/2021 15h07
Exibir carrossel de imagens Curso de informática para pessoas idosas ofertado pelo NIETI. Atividade realizada antes da pandemia de Covid-19. Imagem: Junior Ribeiro 2019

Curso de informática para pessoas idosas ofertado pelo NIETI. Atividade realizada antes da pandemia de Covid-19. Imagem: Junior Ribeiro 2019

Qualidade de vida dos idosos

Segundo dados do IBGE, o número de pessoas idosas, com 60 anos ou mais, no nosso país corresponde a 16,2% da população. Embora esta porcentagem seja significativa, correspondendo a quase um quinto dos brasileiros, a discussão em torno do processo de envelhecer não é muito presente na sociedade.  

Susanne Pinheiro, docente do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva, acredita que esta ausência tenha relação com o mito da juventude eterna, ou seja, as pessoas não aceitam o processo de envelhecimento, nem as modificações na rotina que ele traz.

A gente precisa ser criado para envelhecer bem. Então, é necessário a gente repensar a forma que queremos envelhecer desde o momento em que nascemos”, pontua a docente do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFPB). 

É assim que a campinense Maria do Carmo, 70, encara o envelhecimento. Ela acredita que as escolhas feitas pelas pessoas ao longo dos anos refletem em como elas vão viver depois dos 60. “Desde adulto tem que ter consciência alimentar e fazer exercício físico. As escolhas que a gente faz na vida emocional e espiritual também fazem parte do conjunto. Envelhecer é um processo. Vai tudo acontecendo de acordo com que a gente vai vivenciando cada etapa da vida”, analisa. 

Ela conta que sempre foi bastante ativa e hoje continua buscando participar e redescobrir o gosto por novas atividades. A campinense afirma que o grande desafio da vida é viver, independente da idade. “Viver é uma escola. A gente está em um eterno aprendizado. São vários desafios quando estamos jovens e depois, quando nos tornamos adultos, são outras dificuldades. Quando passamos dos sessenta [anos], começam outros desafios e todos eles são importantes”, reflete.Curso de informática oferecido pelo NIETI, atividade presencial realizada antes da pandemia de COVID-19. Imagem: Junior Ribeiro.

Maria do Carmo está matriculada nos cursos de Informática II e Fotografia, ofertado pelo Núcleo Integrado de Estudos e Pesquisas da Terceira Idade (NIETI/PROEX/UFPB). As aulas remotas possibilitaram que Maria do Carmo participasse dos cursos de extensão mesmo morando em Campina Grande. 

O NIETI, através de atividades de Extensão, oferece cursos e atividades voltadas aos idosos. Atualmente, os cursos de Flauta Doce, Fotografia, Francês e Informática, assim como os encontros semanais dos grupos de apoio, estão sendo realizados de modo virtual para garantir a segurança dos mais de cem participantes.

Flávia Costa do Rêgo, coordenadora do NIETI, afirma que o papel da Universidade é também voltar seus debates e oferecer seus serviços para todos os públicos, inclusive os idosos. A coordenadora defende que as atividades ofertadas pelo Núcleo também ajudam a desfazer o conceito de que, ao passar dos 60 anos, a vida chegou ao fim.  “Enquanto há vida e vitalidade, as pessoas podem se reinventar”, argumenta. 

EnvelheSendo 

Com o intuito de dialogar sobre promoção da saúde e prevenção à violência contra os idosos, Susanne Pinheiro está coordenando o projeto “EnvelheSendo”, aprovado pelo edital PROBEX 2021-2022. A coordenadora defende que a informação é o início da prevenção e identificação de necessidades dos grupos sociais, por isso é tão importante debater assuntos relacionados ao tema.

Conteúdos produzidos pelo projeto EnvelheSendo. Imagem: captura de tela do feed do projeto.“Nós seremos os idosos do futuro. Então, devemos começar a tomar consciência sobre essas questões, bem como também precisamos ampliar a participação do idoso na sociedade. É um grupo que precisa ser valorizado e respeitado em todos os seus aspectos”, explica. 

O projeto, do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva, começou atuando presencialmente, mas precisou ser reformulado por causa da pandemia.

Jennifer Santos, bolsista da atividade de extensão, conta que a ideia inicial era ser totalmente voltado para os idosos, mas por causa da dificuldade de alguns deles em acessar as mídias sociais, a equipe resolveu ampliar o público do projeto para todos aqueles que são responsáveis pela qualidade de vida, saúde e segurança dos idosos. 

Por meio do Instagram, a equipe cria posts e vídeos que abordam diversos assuntos relacionados ao público de 60 anos ou mais. Para acompanhar as postagens e atividades do projeto, acesse o perfil do projeto (@envelhesendoufpb).

Para ter informações sobre as atividades e cursos oferecidos pelo NIETI basta enviar email para nietiufpb@yahoo.com.br

 

Reportagem de Aléssia Guedes (Bolsista PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX.