Projetos de extensão discutem problemáticas sociais

Ações da extensão universitária propõem diálogos sobre racismo e preconceito de gênero

De acordo com a Política Nacional de Extensão, umas das bases da Extensão Universitária da  UFPB, as atividades extensionistas – como projetos, programas e cursos – podem ser espaço para fomentar discussões necessárias para a sociedade. Assim, várias ações realizadas em 2021 dialogaram sobre problemáticas que perpassam a sociedade e precisam ser combatidas.

Uma das problemáticas é o racismo, que está sendo a temática abordada no projeto ‘Identidade afro-brasileira e enfrentamento do racismo:  construindo novas relações sociais’. A ação, aprovada no Edital PROBEX 20021-2022, visa enfrentar o racismo estrutural fortalecendo discussões sobre identidade afro-brasileira em encontros ao vivo, nas plataformas digitais e com conteúdos publicados em redes  sociais. 

A extensão é realizada pelo Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais, do campus II - Areia/PB  (CCA/UFPB).  A coordenadora do projeto, a professora Ana Cristina Silva Daxenberger, aponta para a  necessidade de discussões que levem a superação do racismo. Ela compreende que a perpetuação do racismo é reforçada pela resistência em discutir a questão.

“A construção do  conhecimento educacional voltado para as questões raciais, que promove diálogos referentes aos direitos dos cidadãos e a uma sociedade igualitária, se mostra associada à  resistência e ao desinteresse, tornando-se imprescindível a realização de práticas, estudos e  pesquisas que contribuam para o desenvolvimento de atividades pedagógicas inclusivas e  que explorem a diversidade cultural e racial”, explica a docente. 

Outra problemática enfrentada pelos projetos de extensão é o preconceito contra expressões de gênero e sexualidade. Entre os projetos submetidos ao edital do PROBEX 2021- 2022, destacamos o ‘Cine Trava: identidades travestis e novas linguagens’, extensão realizada pelo Departamento de Ciências Sociais (CCHLA/UFPB). 

A extensão, que antes era chamada ‘Cine Bixa’,  está no seu quarto ano de atuação e tem como objetivo reafirmar o ‘arteativismo’ (arte+ativismo) enquanto instrumento de luta por uma sociedade igualitária e mais justa no que diz respeito às questões de diversidade sexual, gênero e raça. 

A professora Luciana Maria Ribeiro de  Oliveira, coordenadora do projeto, explica que o Cine Trava 2021 atua em dois eixos. Um deles é o contexto da crise sanitária provocada pela Covid 19 e seus atravessamentos sociais,  econômicos,  políticos e psicológicos que estão como pano de fundo das ações.  Em outro eixo, o projeto trabalha com filmes, músicas, poesias e  performances como ferramentas  importantes na afirmação e luta identitária das pessoas pertencentes à comunidade  LGBTQIA+, principalmente pessoas transsexuais.  

A extensão tem nas redes sociais a ferramenta de divulgação de suas produções e  já agregou mais de mil seguidores, somente em uma plataforma, que podem interagir e colaborar diretamente com as publicações e performances, gravadas e ao vivo.

Garantindo o debate e a interlocução entre a sociedade e as discussões realizadas na universidade, podemos observar que a extensão universitária é uma dimensão importante para a realização de diálogos que colaborem com a transformação da realidade, 

Para acompanhar a ação ‘Identidade afro-brasileira e enfrentamento do racismo:  construindo novas relações sociais’, basta acessar o @id.afrobraprojeto. Já o Cine Trava disponibiliza suas ações na @cine_trava.

Reportagem de Arthur Souza, bolsista da PROEX (2021). Editada por Comunicação PROEX.