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Produtores Rurais do Cariri Paraibano defendem a algaroba em carta enviada ao Ministério da Agricultura

por Clóvis Gouveia da Silva publicado 12/12/2019 21h18, última modificação 16/06/2020 11h48
Um documento histórico

Produtores Rurais do Cariri defendem a algaroba em carta enviada ao Ministério da Agricultura

Respondendo as críticas contra a expansão da algarobeira no nordeste, os Presidentes das Associações Rurais dos municípios paraibanos de: Campina Grande, São João do Cariri, Serra Branca,Cabaceiras, Aroeiras, Soledade, Cubati, Taperoá, Sumé, Monteiro e Juazeirinho enviaram memorial se manisfestando em defesa da algarobeira, vejam: 

" Os Presidentes das Associações Rurais, abaixo assinados, havendo tomado conhecimento das restrições que vêm sendo feitas à cultura da ALGAROBA por ´técnicos do Ministério da Agricultura, tomam a liberdade de como homens práticos e plantadores de algaroba, declarar o seguinte:"

1. Nenhuma planta é mais resistente à seca do que a algaroba;

2. Nenhuma planta resiste mais a salinidade do que a algaroba;

3. Nenhuma planta desenvolveu mais rapidamente na região do Cariri Paraibano do que a algaroba;

 4. Nenhuma planta produz no período da seca abundantes vagens como a algaroba;

5. A algaroba produz vagens, ramas, estacas, lenha, além da principal característica de proteger o solo.

Portanto, baseados nestes ítens afirmamos ser a algarobeira a salvação do Cariri e Sertão da Paraíba.

A sombraQuanto aos argumentos de ser a algarobeira planta invasora, achamos acadêmica a argumentação, pois o Cariri é uma zona invadida pelas macambiras, palmatória nativa, xique-xique, jurema, etc., que se substituidos pela algaroba iria constituir a riqueza da região. Ainda mais, achamos muito difícil a algaroba se tornar uma planta invasora, em virtude dos bovinos e caprinos devorá-la completamente, comendo até a casca e matando a planta.

Quanto as pragas, que a pior é a formiga, é o nosso dever combatê-la porque ela é comum a outras plantas.

Quanto a afirmação de ser a algaroba prejudicial aos animais quando alimentados por longo período, não acontecerá no Cariri, em virtude do curto período de frutificação da algaroba nesta região e mesmo porque será ministrada aos animais, juntamente com a palma forrageira (SILVA; NUNES, 1987).