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"UFPB é uma mãe-coragem", diz reitora em homenagem às Mães

Mensagem da professora Margareth Diniz neste dia das mães
publicado: 09/05/2020 22h39, última modificação: 13/05/2020 18h32
Docente destaca o papel das mulheres no enfrentamento à Covid-19. Foto: Angélica Gouveia

Docente destaca o papel das mulheres no enfrentamento à Covid-19. Foto: Angélica Gouveia

A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professora Margareth Diniz, divulgou na tarde desde sábado (9) uma mensagem em homenagens a todas as mães cujo dia é celebrado no país neste segundo domingo de maio. O documento da reitora, também mãe, alerta para o grave momento pelo qual passa o país e suas fortes repercussões na comunidade universitária. Ela destaca sobretudo o papel das mulheres no enfrentamento à Covid-19 e indica, como a UFPB, se porta diante do coronavírus.

Na mensagem a professora lembra a UFPB como uma “uma mãe-coragem”. “Esta é a mãe da hora. A mãe-coragem. Como a Universidade Federal da Paraíba que foi para frente da batalha, quando ela se anunciava.  Com a percepção científica do tipo de inimigo que iria enfrentar, optou, pioneiramente, e deu exemplo, por suspender as suas atividades, para proteger as vidas que alcançava, e adotou medidas imediatas e virtuais para atenuar os prejuízos das atividades acadêmicas”, afirma a reitora. Veja a mensagem "Mãe" na íntegra.

          

"Mãe

A palavra santa ensina a rir com os que estão alegres e a chorar com os que choram. Hoje, lágrimas encharcam a celebração comemorativa da maternidade.

A festividade anual, do segundo domingo de maio de 2020, põe em evidência a figura da mãe que chora.

É a pátria mãe-gentil Brasil, que com o planeta Terra derrama seu pranto, pelas mortes e ameaças de mortes, que pesam sobre os seus filhos.

Mas, tal qual a mãe-coragem de Bertolt Brecht, inspirado em Máximo Górki, são mães insurgentes que resistem e lutam pelos filhos marcados ou tragados pelo mal, que ora cai sobre toda a humanidade.

Em tempos terríveis, diante de vidas ceifadas ou ameaçadas, agiganta-se a figura da mãe entre a fome voraz do inimigo, disseminada e sem misericórdia, por corpos mortos ou a serem mortos, e a força feminina que diz ‘não’ ao abutre predador, atacante dos frutos do seu amor.

Esta figura de mãe é também admirável e merece reverência e celebração, principalmente, por resistir a dor insuportável pelos filhos feridos ou tombados.

É a delicadeza feminina fazendo contraponto à dureza feroz e destrutiva do inimigo que toca os tambores ensurdecedores da guerra desigual da morte contra a vida, comandada, nesse instante por inimigo desconhecido e traiçoeiro.

Esta é a mãe da hora. A mãe-coragem. Como a Universidade Federal da Paraíba que foi para frente da batalha, quando ela se anunciava.  Com a percepção científica do tipo de inimigo que iria enfrentar, optou, pioneiramente, e deu exemplo, por suspender as suas atividades, para proteger as vidas que alcançava, e adotou medidas imediatas e virtuais para atenuar os prejuízos das atividades acadêmicas.

Ao mesmo tempo tratamos de agilizar, mobilizar e adiantar as medidas contributivas para toda a sociedade paraibana, através das nossas unidades específicas. 

A UFPB também é uma mãe-coragem que briga pela vida. Com ciência, tecnologia e muito amor pela preciosidade dos filhos da Paraíba, do Brasil e do Planeta.

A mãe-coragem que celebramos no momento, há de assegurar que venham outros dias alegres para todas as convencionais e anônimas mães queridas, louvadas em anos de paz e fertilidade, por serem úteros que geram e formam filhos para o mundo e para a vida ‘desejosa de si mesma’.

 

As mães de todo o sempre que não perderam as esperanças de um mundo pacificado e restaurado, com dores e males vencidos.

Nesse momento, também, divido com todas as mães que hoje têm seus filhos sob perigo, a minha gratidão ao Altíssimo e ao competente trabalho de todos que fazem os serviços de saúde da Paraíba, pelo restabelecimento da minha filha e do meu filho/genro, também acometidos pela covid19.

Divulgo aqui este fato, somente para animar outras mães, de que é possível vencer este inimigo.

Continuemos, com coragem e fé. Sem diminuir a dor solidária que sentimos pelas mães que perderam e que ainda poderão perder seus filhos.

Faço minhas as palavras da poeta Raquel Naveira:

“Sentimos, nos dedos e na boca, o gosto da História,

 Porque a História é viva,

 Viva como carne viva

 E estamos todos cobertos das suas feridas”

 

Saudando as mães da nossa UFPB e da Paraíba deixo meu abraço de confiança de que, juntas, viveremos para contar que guerras se vencem com garra e luta.

E que nós, mulheres e mães, em qualquer tempo da história, estamos nas cenas das vitórias, apesar das dores.

 

Com alegrias e lágrimas.

 

Muito obrigada pela atenção!"

Por Margareth Diniz

  Reitora UFPB

 * * *
Ascom/UFPB