Você está aqui: Página Inicial > Contents > Notícias > UFPB conta com 166 docentes entre os que mais produzem pesquisas no país
conteúdo

Notícias

UFPB conta com 166 docentes entre os que mais produzem pesquisas no país

Mesmo com cortes de bolsas, instituição se mantém formando pesquisadores
publicado: 16/01/2020 20h06, última modificação: 27/01/2020 13h09
Ipefarm auxilia pesquisas em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, pós-graduação conceito 6 da Capes. Crédito: Angélica Gouveia

Ipefarm auxilia pesquisas em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, pós-graduação conceito 6 da Capes. Crédito: Angélica Gouveia

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) conta com 166 docentes entre os que mais produzem pesquisas relevantes no país. Os dados foram divulgados, na última segunda-feira (13), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ao conceder bolsas de produtividade para pesquisadores brasileiros.

De acordo com o professor José Maria Barbosa Filho, do Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (PPGPNSB) da UFPB, atualmente a instituição possui 2862 professores, com 75% deles possuindo o título de doutor.

“Isso é motivo de muito orgulho para a UFPB. Nesse momento de crise e cortes, temos tantos membros do corpo docente no staff de pesquisadores do CNPq”, destaca o professor.

A professora Bagnólia Costa é a mais nova pesquisadora a entrar nesse rol de produtividade do CNPq. Com ela, aumentou para 70% o número de docentes da pós em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos da UFPB que possuem bolsas e incentivos para pesquisa do conselho, totalizando 14 pesquisadores.

“Esse ganho tem uma importância muito grande, porque mostra nossa produtividade científica e administrativa. Já tinha sido agraciada entre os anos de 2009 e 2015, mas passei cinco anos sem fazer parte. Foram centenas de dias focando no trabalho e agora conseguimos, com um projeto que tinha sido desconsiderado em um programa anteriormente”, comemora a pesquisadora.

Para Bagnólia Costa, que estuda como a alga spirulina combate a disfunção erétil em ratos com dieta hipercalórica, a trajetória científica é de persistência e o êxito surge até em programas mais competitivos e difíceis, como o de Farmacologia - que ela se encontra atualmente.

“Provamos que a atuação da spirulina melhora a disfunção erétil, inclusive a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já registrou como um alimento funcional. Agora, vamos explorar o mecanismo de ação e o intuito é chegar a disponibilizar para os seres humanos como uma atividade terapéutica”, enfatiza.

Dificuldades

Mesmo obtendo resultados benéficos para a sociedade, a pesquisa científica brasileira vem sofrendo com contingenciamentos. Medidas adotadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), em março do ano passado, comprometeram a expansão das pesquisas, como congelamento e suspensão de remanejamentos internos de bolsas e adiamento de fomento para a pós-graduação neste ano.

Somente em maio do ano passado, das 1.211 bolsas dos pós-graduandos da UFPB, 290 foram cortadas, sendo 185 de mestrado e 105 de doutorado. Assim, cerca de 25% das bolsas para a pós-graduação foram perdidas.

Programas Tops

Dos 78 Programas de Pós-graduação da UFPB, o de Linguística e o de Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos se destacam, porque possuem conceito 6 da Capes. O máximo é 7, segundo a fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

Ascom/UFPB