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UFPB arrecada insumos para produzir mil litros de desinfetante por dia

São necessários embalagens de garrafas novas de até 5 L, glicerina bidestilada e adesivos com rótulo impresso
publicado: 26/03/2020 18h08, última modificação: 27/03/2020 08h39
Produto será destinado a hospitais, instituições de caridade e Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas da Paraíba (Empasa). Foto: Angélica Gouveia

Produto será destinado a hospitais, instituições de caridade e Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas da Paraíba (Empasa). Foto: Angélica Gouveia

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos (Ipefarm), iniciou as atividades de produção de álcool etílico 70%, desinfetante com atividade antimicrobiana, e lançou campanha para arrecadar insumos a serem utilizados na produção. Doações devem ser programadas pelo telefone (83) 99631.8956.

A UFPB está com capacidade de produzir pelo menos mil litros por dia, para doação a hospitais; Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas da Paraíba (Empasa), antiga Ceasa; instituições de caridade, entre outros, a fim de ajudar na proteção ao novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com o presidente do Ipefarm, professor Rui Macêdo, é importante atender, principalmente, ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O pró-reitor de Administração da UFPB Aluísio Souto, que coordena a ação, explica que é preciso receber doações de insumos porque a UFPB não pode comprar a matéria-prima para produzir e doar, por uma questão legal.

“Com recurso da universidade, a gente só pode utilizar na universidade. A gente vai tentar liberar para a Empasa também, quando a gente tiver uma maior regularidade nas doações. Seria importante para evitar a crise de desabastecimento”, comenta.

Segundo o gestor, qualquer pessoa pode doar insumos à UFPB. “A questão é a constância da chegada dos insumos. A gente tem capacidade de produção, mas não está chegando insumos compatíveis com a produção”.

Para produzir o álcool, a UFPB, no momento, está precisando de embalagens (garrafas) virgens de até 5L, glicerina bidestilada e adesivos com rótulo impresso.

Para produzir álcool em gel, seria necessário também o carbopol, mas a matéria-prima está em falta na UFPB e não tem sido encontrada no mercado. Sem glicerina bidestilada, não é possível fabricar o álcool glicerinado, então será produzido apenas o álcool 70%. “A gente sabe que a tendência é focar no álcool etílico, em menos de um mês”, prevê Aluísio. Já outra matéria-prima necessária, que é água destilada, é produzida por cinco laboratórios da própria UFPB, portanto não corre risco de faltar.

A produção de álcool pela UFPB teve início na semana passada, no Laboratório de Sanitizantes do Departamento de Engenharia Química, no Centro de Tecnologia (CT), e m João Pessoa.

Nesta semana, o Ipefarm começou a produção de álcool, para que o Laboratório de Sanitizantes foque mais na produção de saneantes, como água sanitária e sabonete líquido. “Só o Ipefarm vai bater mais de mil litros por dia”, diz Aluísio.

O primeiro lote de mil litros de álcool etílico 96 GL adquirido pela UFPB constituiu a matéria-prima inicial que o Ipefarm utilizou no processamento, nesta quinta-feira (26), com a produção de 700 litros de álcool etílico a 70% e de 500 litros de álcool etílico glicerinado a 70%, informa presidente do Ipefarm, Rui Macêdo. O álcool 70% está sendo produzido em conformidade com a Nota Técnica 01/2020 da Anvisa.

Ele conta que novas matérias-primas de álcool etílico estão sendo doadas pelas indústrias de bebidas do Estado da Paraíba e devem chegar ao almoxarifado do Ipefarm para serem produzidos e embalados.

“A UFPB está desenvolvendo ações para contribuir com o SUS neste momento grave que o país e o mundo estão passando com a pandemia do Covid-19”, afirma Rui, assegurando ainda que o Ipefarm está tomando todos os cuidados com o seu grupo de farmacêuticos e servidores técnico-administrativos.

 

Ascom/UFPB