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Trote Verde marca acolhida dos calouros no campus I da UFPB

publicado: 24/08/2022 17h23, última modificação: 24/08/2022 17h23
Evento incluiu ação solidária de doação de alimentos

Foto: Ícaro Dantas

O Trote Verde, tradicional evento de acolhida dos calouros da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi realizado na manhã desta quarta-feira (24), no campus de João Pessoa. O plantio de mudas, que ocorreu de forma restrita durante a pandemia, foi retomado com a presença de “feras” de diversos cursos e incluiu a doação de alimentos para uma instituição que atende pessoas carentes na capital paraibana. 

A abertura do evento, organizado pela Comissão de Gestão Ambiental (CGA/UFPB) com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam), foi marcada pelo plantio de mudas nas proximidades do Restaurante Universitário. 

Estavam presentes a Vice-reitora da UFPB, Profa. Liana Filgueira, o Secretário executivo da Semam, Djalma Castro, a Coordenadora do projeto de extensão Trote Verde, Profa. Marcele Trigueiro, o Presidente da CGA, Prof. Joácio Moraes, o Diretor do Centro de Tecnologia (CT), Marcel Gois, e a Vice-diretora do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), Profa. Fabiana Cardoso. 

O plantio de 200 mudas do Trote Verde 2022.1 ocorreu no CCTA, no CT e no complexo esportivo do campus I, com a participação de calouros dos dois centros citados e de novos alunos dos centros de Energias Renováveis (CEAR) e de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN). 

Além da plantação de mudas das espécies craibeira, ipê, perobinha e maçaranduba, o evento incluiu a arrecadação e entrega de alimentos não-perecíveis para a Comunidade Mariana Caminho da Cruz, que atua junto a moradores de rua e casas de acolhimento em João Pessoa.  

A Vice-reitora Liana Filgueira apontou a relevância do evento, que vai completar 10 anos em 2023. Para ela, o meio ambiente entrou em colapso e é crucial conscientizar os alunos que acabam de ingressar na Universidade sobre essa questão, considerando que o campus está dentro de uma reserva de Mata Atlântica. 

O Secretário executivo da Semam parabenizou os feras e enalteceu a parceria do órgão municipal com a UFPB, cooperação que já existe há mais de uma década e que vai além do projeto Trote Verde.

Referindo-se ao projeto como “a menina dos olhos do CGA”, o presidente da Comissão de Gestão Ambiental, Joácio Moraes, destacou que o intuito da iniciativa não é de distribuir, doar as mudas entregues pela Prefeitura, mas sim plantar, um ato que ele considera mais forte, especialmente por ter a efetiva participação dos feras. 

“Não é trote depreciativo, com intenção de machucar e constranger ninguém. Temos uma responsabilidade imensa com o planeta e estamos hoje aqui na intenção de fazer um movimento ecológico e solidário, de fazer doação a uma comunidade que precisa”, destacou a Coordenadora do projeto, Marcele Trigueiro. 

A professora disse ainda que a iniciativa de ampliar o plantio para 200 mudas – nos anos anteriores os eventos tinham plantio simbólico, de poucos exemplares – é de sombrear espaços de circulação de pedestres e de convivência da comunidade universitária dentro do campus. 

Para o diretor do CT, Prof. Marcel Gois, este reflorestamento é uma forma de começar a “devolver” ao ambiente toda a área que foi desmatada para a implantação do campus da Universidade. 

“É uma ação extremamente positiva que também acolhe vocês, que estão participando ativamente desse processo. Vocês vão terminar a faculdade e essa marca vai estar presente aqui”, afirmou a Vice-diretora do CCTA em discurso para os calouros presentes. 

Entre eles estava a nova estudante de Engenharia Ambiental Ana Beatriz da Silva. “Gostei da experiência porque é uma área do curso que me interessa muito, que é a recuperação de áreas degradadas”, contou Beatriz, que plantou uma árvore pela primeira vez. 

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Reportagem: Milena Dantas
Edição: Aline Lins
Fotos: Ícaro Maia/Milena Dantas