Simpósio da UFPB tem participação de ministérios do governo federal

O I Simpósio Paraibano de Hidrogênio Renovável promovido pelo Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi encerrado nesta sexta-feira (28), com a presença de representantes do Ministério das Minas e Energia (MME), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao MME, e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que foram saudados pelo Reitor Valdiney Gouveia durante o evento.  

O evento, realizado desde quinta-feira (28) no auditório da Reitoria, no campus de João Pessoa, reuniu acadêmicos, representantes do governo e profissionais do setor energético para discutir diversas questões relativas a mercado, economia e regulação do uso do hidrogênio como energia renovável.

Representando os ministérios, estiveram presentes no simpósio o coordenador geral de Tecnologias Setoriais do MCTI Rafael Menezes, o diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Giovani Machado e a assessora da Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia (MME) Patrícia Naccache Costa.

Para Giovani Machado, Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é essencial que todos os atores importantes da sociedade estejam envolvidos na discussão sobre a produção de hidrogênio de baixo carbono, e a Universidade se destaca com a experiência tanto de formação de recursos humanos quanto desenvolvimento de pesquisas de tecnologias, que são fundamentais para que se consiga criar de fato essa economia do baixo carbono no Brasil.

“Assim, a Universidade apoia o que a gente tem procurado fazer no EPE e MME, que é coordenar justamente as múltiplas possibilidades que o Brasil tem para produzir hidrogênio de baixo carbono em todas essas rotas tecnológicas, inclusive misturadas, criando novas possibilidades e maior competitividade para que a gente consiga desenvolver essa cadeia industrial e aproveitar a oportunidade que o Brasil tem de se inserir nesse mercado global do hidrogênio de baixo carbono”, explicou Machado.

Patrícia Naccache Costa, Assessora da Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), comentou que o estabelecimento do Programa Nacional de Hidrogênio foi realizado em torno de seis eixos prioritários, sendo um deles a capacitação profissional, que conta com uma câmara temática na qual várias universidades contribuem com as discussões, dentre elas a UFPB, desta forma, ganha ainda mais destaque a realização do Simpósio de Hidrogênio Renovável na UFPB.

“Estamos propondo o desenvolvimento de novas linhas de pesquisa e capacitação nesse tema. Além disso, o Programa tem outros eixos, como regulação, planejamento energético, a parte de ciência e tecnologia que também é relevante participação da Universidade, nessa parte há projetos P&D e chamadas públicas para desenvolvimento de projeto de pesquisa que a Universidade pode participar também”, acrescentou Patrícia.

Coordenadora do simpósio, a professora Sayonara Eliziário, do Departamento de Engenharias de Energias Renováveis da UFPB, ressaltou que a Universidade possui diversos projetos em andamento sobre o uso do hidrogênio verde, em  três vertentes distintas.

“Temos uma vertente tecnológica, focada no  desenvolvimento de produtos, uma vertente para desenvolvimento de materiais e outra vertente voltada para a obtenção do combustível em si, seja hidrogênio, sejam outros biocombustíveis que são convertidos em hidrogênio”.

Um destes projetos, explicou a docente, é realizado em parceria com instituições de pesquisa de Pernambuco e está focado no estudo do uso de hidrogênio verde principalmente na área de mobilidade, buscando contribuir para a descarbonização (redução da emissão de gás carbônico no meio ambiente) no setor de automóveis.