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Salário e reconhecimento são principais motivações para buscar e se manter no primeiro emprego, diz estudo da UFPB
Um estudo do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) buscou compreender a motivação de jovens paraibanos no primeiro emprego.
O resultado foi publicado no último mês, em um artigo na revista acadêmica uruguaia Psicología, Conocimiento y Sociedad.
De acordo com a autora do estudo, Amanda Dourado, o objetivo foi estabelecer uma comparação entre a motivação inicial de jovens aprendizes ao iniciarem suas primeiras experiências de trabalho e a motivação para permanecer nas atividades.
Para isso, foram entrevistados, em 2017, por meio de dois questionários, 30 jovens – com idade entre 18 e 23 anos – que estavam desempenhando, há no máximo seis meses, a função de assistente administrativo enquanto jovem aprendiz em empresas de João Pessoa.
Como resultado encontrado, percebeu-se que a perspectiva motivacional do jovem para ingressar no primeiro emprego era fortemente influenciada pela família.
“Tratando-se de jovens em vulnerabilidade social, eles precisam trabalhar para suprir necessidades e ajudar com as despesas da casa, então o salário foi fonte de motivação”, explicou Amanda.
Já na condição de assistentes administrativos, a motivação dos jovens para seguir no trabalho estava mais relacionada à necessidade de ser reconhecido.
“Eles falaram muito sobre sentir orgulho, de serem vistos como bons naquilo que fazem. Depois de uma necessidade básica ser alcançada – ter salário e ajudar em casa – surge outra necessidade, a de buscar essa realização pessoal, que é característico do ser humano”, complementa a pesquisadora.
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Reportagem: Milena Dantas | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB