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Projeto na UFPB mapeia agropecuária na Paraíba para gerar emprego e renda
O projeto de pesquisa “Mapeamento da agropecuária paraibana como instrumento norteador de políticas públicas de desenvolvimento local sustentável” do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, no campus de Bananeiras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mapeará setores da agropecuária paraibana para realizar ações em benefício da economia regional.
Os pesquisadores da UFPB indicarão como as atividades agroindústrias se distribuem e onde há concentração ao longo do estado da Paraíba. O estudo apontará as características do setor agropecuário paraibano por meio da Análise Exploratória de Dados Espaciais, do Censo Agropecuário, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a coordenadora do projeto, professora Patrícia Araújo, a abordagem do estudo envolve princípios da Economia Regional e serão testadas hipóteses como a influência das economias vizinhas para a formulação, definição e acompanhamento de políticas públicas.
“Como gerar oportunidades de renda e emprego em determinada localidade é um princípio. Buscaremos apontar subsídios para as políticas públicas, por meio do conhecimento acerca da ocupação territorial e da heterogeneidade local da atividade agropecuária. Visamos a sustentabilidade ambiental, social e econômica para cada região”, explica a professora Patrícia.
Além de proporcionar resultados para os gestores e agentes envolvidos na formulação de políticas públicas locais, o projeto da UFPB reforça o alinhamento com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável “Fome Zero e Agricultura Sustentável”, da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Acabar com a fome, alcançar segurança alimentar, melhorias da nutrição e promover a agricultura sustentável são premissas da ONU. Elaboraremos propostas para a identificação de regiões em que a agropecuária possa promover empregos e rendas e, consequentemente, mitigação da pobreza”, destaca Patrícia.
Os pesquisadores do projeto acreditam que será possível caracterizar a condição do produtor paraibano com relação às terras e sua utilização, sistemas de preparo do solo, adubação e uso de agrotóxicos.
Para a professora da UFPB, por questões socioeconômicas e geográficas, o setor agropecuário brasileiro se destaca como fonte de renda primária para boa parte da população rural.
“Ele é caracterizado por grande diversidade e atua como base para muitas cadeias produtivas do chamado agronegócio. Variações positivas na produtividade desse setor, por exemplo, podem gerar novas oportunidades de trabalho e renda local”, ressalta.
Segundo dados do Censo Agropecuário, divulgados em 2017 pelo IBGE, existem no estado da Paraíba mais de 163 mil estabelecimentos agropecuários. Quase metade da produção do setor (47,8%) faz parte da chamada “agricultura familiar”, que possui renda e investimento a partir da atividade agrícola.
“Na Paraíba, a agropecuária pode ser considerada um setor econômico indutor de transformações na realidade econômica e social. Muitas vezes, vem superando uma série de dificuldades, como as de natureza climática, a partir de adaptações e estratégias de convivência com a estiagem”, argumenta a professora da UFPB.
O Brasil é um dos principais países no comércio internacional de produtos agropecuários, a exemplo de soja, café e carnes. Patrícia Araújo acredita que, para aumentar a produtividade agrícola e a resiliência do país, é preciso reforçar os vínculos dos agricultores com os mercados e fornecer alimentos de forma economicamente viável.
“São meios comprovados para erradicar a pobreza e impulsionar a prosperidade compartilhada no país. No que se refere ao âmbito externo, o Brasil desponta como um dos principais países no comércio internacional de produtos agropecuários, contribuindo para o resultado da balança comercial”, evidencia a professora da UFPB.
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Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB