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Projeto de Pesquisa da UFPB abre vagas para método terapêutico voltado para o tratamento do TOC
Um projeto de pesquisa vinculado ao Laboratório de Estudos em Envelhecimento e Neurociências (LABEN), do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está disponibilizando gratuitamente vagas para proposta terapêutica destinada a pessoas Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), a fim de contribuir para a melhora clínica dos pacientes que sofrem com a doença.
A pesquisa intitulada “Eficácia do Priming na Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr) no tratamento adjuvante do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)” faz parte do Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento (PPGNeC) da UFPB e está sendo realizada pela psiquiatra e servidora da Universidade Raissa de Alexandria, sob orientação da Profa. Suellen Andrade.
O estudo busca garantir uma melhora na qualidade de vida dos pacientes com sintomas de TOC, a partir da utilização de novas intervenções terapêuticas efetivas, sendo utilizada para essa pesquisa a técnica de Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr).
A pesquisadora responsável, Raissa de Alexandria, explicou o motivo que fez com que ela trabalhasse com a técnica e deu detalhes de como as intervenções com a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) funcionam.
“O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é uma condição psiquiátrica potencialmente incapacitante associada a prejuízo funcional e queda na qualidade de vida, com prevalência de 2 a 3%. Caracteriza-se pela presença de obsessões e/ou compulsões e pode ter um curso grave e crônico. Apesar de existirem opções terapêuticas de primeira linha, como o uso de algumas classes de fármacos, bem como a terapia cognitivo comportamental, cerca de metade dos pacientes não alcança uma resposta satisfatória”, explicou.
Conforme a pesquisadora, por esse motivo têm sido estudadas novas intervenções terapêuticas efetivas e uma delas é a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr). A EMTr é uma técnica segura e não-invasiva de estimulação cerebral que utiliza campos magnéticos para modular a atividade de áreas corticais, quer seja ativando ou inibindo.
“Cada vez mais estudos têm evidenciado a superioridade da EMTr para melhorar sintomas do TOC. Trabalharemos a partir da utilização de parâmetros específicos de estimulação magnética transcraniana, mais especificamente o estímulo chamado Priming, que diz respeito a uma estimulação prévia, anterior à estimulação principal com EMTr. O equipamento que utilizaremos é o estimulador MagVenture R20 Brasil ”, esclareceu Raissa de Alexandria.
Para participar do estudo, basta o interessado entrar em contato com a psiquiatra e pesquisadora responsável, Raissa de Alexandria, pelo e-mail: draraissadealexandria@gmail.com ou pelo número de WhatsApp (81) 99556-1921 e preencher um formulário com os critérios de inclusão que será disponibilizado pela pesquisadora.
Os participantes serão submetidos a sessões de Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) sem qualquer custo. As sessões serão realizadas de acordo com a disponibilidade na agenda de cada paciente e duram em média 30 a 40 minutos. Nesse tempo, o participante poderá interagir normalmente, conversar, ler ou assistir a programas.
Não será preciso apresentar o diagnóstico da doença ou estar em acompanhamento psicológico ativo. Casos de suspeita da doença também poderão ser avaliados com base nos critérios de inclusão.
Segundo Raissa, os resultados alcançados nesta pesquisa nortearão estudos futuros sobre o tema e contribuirão para a qualidade de vida dos pacientes, “Espera-se preencher lacunas existentes na literatura científica e, dessa forma, contribuir para a melhora clínica das pessoas que sofrem com essa doença, beneficiando sua evolução e prognóstico”, pontuou.
Quem tiver interesse em participar, será informado de todos os detalhes no ato da inscrição.