Projeto de extensão da UFPB promove capacitação em ordenha de leite bovino e caprino e fabricação de derivados

O projeto de extensão “Capacitação em fabricação e boas práticas de manipulação em derivados do leite bovino e caprino”, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), atua na transmissão de conhecimentos adquiridos pelos estudantes, professores e técnicos administrativos às comunidades e escolas acerca das Boas Práticas de Ordenha (BPO) e Boas Práticas de Fabricação (BPF) de derivados lácteos, além de técnicas responsáveis por aprimorar a produção alimentar. 

Inicialmente, o projeto atendia, exclusivamente, a comunidades de produtores rurais, mas agora já conta com diversas parcerias com Escolas Cidadãs Integrais Técnicas (ECIT) do Estado da Paraíba, para a realização de cursos sobre o tema. 

Essa colaboração é crucial para o desenrolar do projeto, pois várias dessas escolas oferecem cursos técnicos relacionados à Agropecuária, Agroindústria e Zootecnia. Também é responsável por proporcionar, aos estudantes do Ensino Superior, atividades práticas que complementam os temas abordados em sala de aula, além de divulgar os cursos oferecidos pela UFPB. 

Integrado ao projeto, o Laticínio Escola é um ambiente localizado no CCA, inaugurado em 2017, que serve como laboratório para o ensino, pesquisa e extensão. No setor, são produzidos alguns derivados do leite, obtidos conforme recomendações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Está aberto a visitações, proporcionando aos estudantes a oportunidade de acompanhar as atividades desenvolvidas. 

Quando requisitado, o Laticínio Escola realiza cursos de capacitação, fornecendo os utensílios que serão utilizados, incluindo os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Os participantes aprendem o passo a passo da fabricação dos produtos e podem optar em receber as receitas por WhatsApp ou de forma impressa, além de degustar os derivados produzidos durante o treinamento.

De acordo com a Coordenadora do projeto, professora Carla Saraiva, a ação constitui-se de duas partes: a teórica, que apresenta técnicas que aumentam a eficácia na fabricação e o rendimento dos produtos lácteos, e a prática, que é composta pelas técnicas de fabricação de produtos como queijo coalho e minas frescal, doce de leite, iogurte, requeijão cremoso, dentre outros. 

“Ao explicar a importância da adoção das BPO e BPF de derivados lácteos, a sociedade recebe informações cruciais sobre os riscos à saúde associados à falta dessas práticas. A conscientização resultante pode contribuir para a produção de alimentos mais seguros, promovendo uma mudança positiva nas práticas agrícolas e na qualidade dos produtos lácteos, com impactos benéficos diretos na saúde, na economia local e no desenvolvimento sustentável”, explicou a coordenadora. 

Ainda conforme a professora, os estudantes dos cursos técnicos são beneficiados pela associação da teoria com a aplicação prática, que proporciona uma capacitação mais ampla para o mercado de trabalho. “Por meio do envolvimento com o projeto, estudantes e professores da UFPB estabelecem uma conexão entre os estudantes do Ensino Médio e a instituição de Ensino Superior, despertando, assim, o interesse pelos cursos universitários”, pontuou. 

O projeto também conta com a colaboração do servidor Ubirajara Silva, que é responsável por realizar aulas práticas com alunos do CCA e outras instituições de ensino, além de cursos de capacitação, desenvolvimento de produtos e análises físico-químicas e microbiológicas do leite.

“Fomentamos o uso da legislação brasileira, estabelecida pelo MAPA, na fabricação dos produtos lácteos. Além disso, os pequenos produtores têm a oportunidade de utilizar o leite oriundo das suas propriedades para produzir derivados com qualidade, aumentando o lucro e gerando emprego nas comunidades”, disse o servidor. 

No que diz respeito às melhorias obtidas, as pessoas atendidas nas comunidades rurais puderam desenvolver como aprimorar a qualidade dos produtos finais, com ensinamentos de métodos mais eficientes de produção, consequentemente elevando a rentabilidade das atividades desempenhadas pelos membros, muitos deles que participaram para adquirir conhecimentos para consumo próprio e de suas famílias.

A maior quantidade de participantes do projeto nas comunidades são mulheres, que são donas de casa. 

O projeto realizou, em novembro de 2023, um curso ministrado na ECIT José Rolderick de Oliveira, em Nova Floresta. Lá, os alunos do 2º ano do Curso Técnico em Agropecuária puderam aprender sobre a importância das BPO e BPF dos produtos lácteos mais conhecidos.

Para obter mais informações, o projeto disponibiliza os e-mails dz@cca.ufpb.br, carla@cca.ufpb.br e laticinioescola@cca.ufpb.br,  e a conta do Instagram para sanar dúvidas e para solicitar visita ou treinamento no Laticínio Escola.