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Projeto de extensão da UFPB lança manual didático que auxilia educadores
O Centro de Educação (CE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Departamento de Habilitações Pedagógicas, desenvolveu um manual para auxiliar profissionais da educação em práticas pedagógicas para a abordagem da educação não violenta.
A partir da lógica dos direitos humanos, o manual trabalha a importância do respeito e do combate ao preconceito por meio da ressignificação de conceitos. Trazendo assuntos sociais, dentre eles a temática de gênero e sexualidade, o material dispõe de sugestões didáticas de abordagem, glossários, recortes de leis constitucionais e indicações de leitura.
Ele é sugerido para professores da educação básica e do ensino superior, pessoas que trabalham com adolescentes ou até mesmo para os próprios estudantes, podendo ser utilizado em escolas, instituições públicas ou privadas e em diversos outros espaços.
O manual é fruto do Projeto de Extensão “Diversas: Educação para não violência e para os direitos”, em parceria com a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB/PB), o Coletivo Feminista Cunhã e o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulheres e Relações de Sexo e Gênero da UFPB (NIPAM).
De acordo com a Profa. Áurea Augusta Rodrigues da Mata, coordenadora do Projeto e uma das idealizadoras do produto, a proposta do material é colaborar com a discussão e a construção de uma educação para não violência e para os direitos no âmbito da educação básica e na sociedade de forma geral.
“Esperamos que possamos ressignificar conceitos a fim de combater preconceitos, criando redes para uma educação que foque na ação, reflexão e ressignificação. Somos pessoas diversas e precisamos falar sobre isso nos espaços públicos e privados, bem como nas escolas e universidades”, explicou a professora.
A docente ressalta que o manual é muito importante pelo fato de abordar algumas questões essenciais para a promoção da cultura do respeito às diferenças e da convivência democrática na comunidade escolar, acadêmica e na sociedade de forma geral. “Dessa forma, compartilhar conhecimento e construções é uma das nossas maneiras de contribuir com esse debate tão necessário para sociedade”, completa.
A professora conta que o material foi pensado e desenvolvido durante o andamento do projeto, o que durou aproximadamente um ano. No entanto, a efetivação do mesmo, desde a montagem, edição e publicação, segundo ela, deu-se em um mês de trabalho.
A ação extensionista responsável pelo manual existe há dois anos, sob a coordenação da Profa. Áurea Augusta Rodrigues da Mata. O projeto tem como objetivo proporcionar aos participantes elementos teóricos e práticos que contribuam para momentos de diálogo e debates, fomentando a educação não violenta e os direitos. Atualmente, fazem parte do projeto sete discentes de cursos variados como Pedagogia, Psicologia, Ciência das Religiões e Ciências Biológicas.
Além de trabalhar com oficinas e com o desenvolvimento de materiais didáticos como o manual, o projeto já ofertou cursos gratuitos para contribuir na formação acadêmica de profissionais que atuam na área de Orientação ou Supervisão Pedagógica na Educação Infantil na rede pública de ensino. O último, “Educação para não violência e para o respeito às diferenças na Educação Infantil”, contou com uma turma de 85 profissionais, dentre eles docentes, psicólogos, Assistentes Sociais e Pedagogos.
Após a idealização do manual, a equipe do Diversas planeja dar continuidade ao projeto de extensão e produzir mais um material didático que tem como foco apresentar e dialogar sobre “Expressões Estrangeiras importantes para a educação não violenta” e, ainda, um documentário que abordará, por meio de entrevistas, os desafios e as mudanças na prática pedagógica contemporânea.
O acesso ao manual está sendo disponibilizado por meio de um drive, sendo possível obtê-lo em PDF realizando o download.
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Reportagem: Mellody Oliveira
Edição: Aline Lins
Fotos: Angélica Gouveia