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Professores da UFPB orientam atuação das equipes de atenção básica na pandemia
Professores do Departamento de Promoção da Saúde do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) elaboraram o documento para ajudar profissionais da atenção básica lidarem com a Covid-19 e suas implicações no serviço e enfrentar outros processos de adoecimento rotineiros da população, bem como manter ações de prevenção e promoção à saúde.
O trabalho é voltado para todos os profissionais que integram a Estratégia de Saúde da Família (ESF), como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos e agentes comunitários de saúde, explica o professor Aldenildo Costeira, um dos responsáveis pela organização do documento.
Segundo ele, o caderno ficou dividido em quatro secções. A primeira trata da organização da equipe no enfrentamento da Covid-19; a segunda diz respeito à manutenção das ações estratégicas; a terceira se refere à comunicação da equipe com a comunidade para organizar a demanda e as necessidades; e a última trata do resgate de práticas comunitárias no cuidado com a gripe.
“O diferencial do caderno é que todos os eixos são fundamentados em perguntas que as equipes podem levar para as rodas de conversa para aperfeiçoar o trabalho. O roteiro incentiva que os profissionais reflitam sobre o que estão fazendo”, afirma Aldenildo Costeira. Ele ressalta, inclusive, o protagonismo dos agentes comunitários nessa construção.
A iniciativa de elaborar o roteiro surgiu a partir das vivências de alguns dos docentes e preceptores na Residência de Medicina de Família e Comunidade da UFPB e na supervisão do Programa Mais Médicos. Desde o dia 13 de março deste ano, passaram a priorizar essa pauta e constituir Grupos de Trabalho (Gts).
Segundo o professor Alexandre Melo, médico de família e comunidade e um dos idealizadores, foram criados seis GTs para sistematizar as informações. “Quando começamos a organizar por grupos de trabalho, as coisas começaram a andar e o professor Aldenildo Costeira assumiu uma liderança importante na produção de um documento técnico de tudo isso que a gente estava fazendo”, afirma.
“A partir dessas discussões expostas pelos participantes dos grupos de trabalhos e de documentos que foram sendo divulgados, achamos importante ter um próprio para ser trabalhado junto às equipes da ESF, mas que não fosse um manual, algo instrucional”, conta o professor Aldenildo Costeira.
Essa articulação dos grupos de trabalho ampliou-se com a parceria entre a Residência de Medicina de Família e Comunidade da UFPB e a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, que, junto aos docentes, preceptores e residentes, desenvolveram a montagem da Central Telefônica – (83) 3218-9412) - para atender o público em geral, bem como profissionais de saúde, nas orientações de como proceder mediante casos sintomáticos respiratórios.
Nesta ação, já foram contabilizados 7.283 atendimentos em 32 dias, uma média de 228 atendimentos diários, segundo informação de Felipe Proenço, um dos professores da Saúde Coletiva da UFPB que contribuiu para o trabalho.
O roteiro e a central telefônica são duas atividades que foram sendo desenvolvidas ao mesmo tempo. “Então uma ajuda a outra subsidiando informações”, explica Proenço.
O material elaborado como texto corrido, em PDF, segundo o professor Aldenildo Costeira, será diagramado e ganhará uma capa, permanecendo em versão digital, mas com melhor apresentação visual. A previsão de lançamento da nova versão é para a primeira quinzena de mês de maio.
A primeira versão do documento, além de disponibilizada na página do Centro de Ciências Médicas da UFPB, foi distribuída, por meio da ferramenta WhatsApp, em grupos de profissionais da supervisão do Mais Médicos, do Departamento de Promoção da Saúde, da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Núcleo de Estudo de Saúde Coletiva da UFPB. Também está hospedado no site da Associação Brasileira Rede Unida.
Ascom/UFPB