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Professor da UFPB é indicado a prêmio de maturidade acadêmica
O professor Pedro Nunes Filho, do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é um dos quatro indicados à categoria “Maturidade Acadêmica”, do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação 2020, concedido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).
Concorrem na mesma categoria as professoras Maria Ataíde Malcher (UFPA), Maria José Baldessar (UFSC) e Maria Ogécia Drigo (UNISO). A Intercom também divulgou os finalistas nas categorias “Liderança Emergente”, “Grupo Inovador” e “Instituição Paradigmática”.
O anúncio dos vencedores nas quatro categorias do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação 2020 ocorrerá durante o 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, a ser realizado virtualmente de 1º a 10 de dezembro, devido à pandemia do novo coronavírus.
A indicação do professor Pedro Nunes Filho ao prêmio tem o respaldo de 23 instâncias universitárias e entidades associativas de todo o país. Com 40 anos de carreira, o docente entende que o apoio incondicional de instituições como UFPB, UEPB, UFRN, UFAL, UFS, UFRB, UFMA, UNB, UFSCar, Associação Internacional de Semiótica (Ciseco), TV Universitária da UFRN e Associação Paraibana de Cinema já representa um grande prêmio.
“Foram duas conquistas que ocorreram quase de modo simultâneo. A primeira foi a aprovação, pelo Conselho Universitário da UFPB, do título de Professor Emérito. Essa iniciativa acadêmica é considerada a mais alta honraria outorgada por qualquer instituição universitária a um servidor público pertencente ao quadro de colaboradores. Faz jus à história, à memória e à caminhada do professor-pesquisador. A segunda foi a indicação ao Prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação 2020”, conta Pedro Nunes Filho.
O docente já tem no currículo um prêmio da Intercom por orientação, mas, para ele, o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação é o de maior reconhecimento outorgado pela principal entidade associativa do Brasil e da América Latina na área de comunicação. “Essa iniciativa de recomendação em conjunto é resultante de um processo de mobilização que valoriza o mérito acadêmico, o meu perfil híbrido, a região Nordeste e as minhas articulações desenvolvidas junto a diferentes Programas de Pós-graduação no Brasil e no exterior”.
A formação do professor Pedro Nunes Filho foi direcionada para a grande área de Ciências da Comunicação, com foco em Jornalismo A partir do jornalismo, pôde trabalhar em processos audiovisuais, por meio do cinema, vídeo, fotografia e sistemas hipermídia, principalmente com a produção de documentários.
Ao longo de sua carreira acadêmica, construiu um perfil teórico-prático conjugando a produção de trabalhos de natureza reflexiva e de narrativas audiovisuais em diferentes suportes. Ministrou tanto disciplinas teóricas quanto práticas laboratoriais, porque concebe a prática enquanto aplicação da teoria e a teoria enquanto explicitação de práticas ou fenômenos abstratos.
“A formação em Comunicação e Semiótica me auxiliou a percorrer esse trânsito entre teoria e prática. Ultimamente, venho trabalhando nessa perspectiva do jornalismo investigativo em tempos líquidos, conjugado ao crescente aumento da produção de notícias falsas”.
Neste momento, o docente está comprometido em assessorar o Programa de Pós-graduação em Jornalismo da UFPB, que, por sinal, está com inscrições abertas para 15 vagas no curso de mestrado profissional. Ele ainda terá o compromisso de subsidiar o próximo editor da Revista Latino-americana de Jornalismo (Âncora), periódico do programa. O novo editor assumirá no segundo semestre deste ano.
“Tenho participado de bancas para professor titular em diferentes universidades e realizado palestras em Programas de Pós-graduação da área. Com a pandemia, tive que suspender atividades na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), UNESP-Bauru, UFSCar e em São Paulo, capital. Se for prazeroso, pretendo manter a meta de publicar dois livros por ano. Agora será possível intensificar projetos de fotografia que estão em andamento”.
Um dos livros fará, por meio de crônicas, uma espécie de etnografia de fatos do cotidiano político no Brasil. O outro será uma coletânea, em parceria com o também professor do Departamento de Comunicação da UFPB, João de Lima, acerca do ciclo de cinema super-8 e a resistência cultural na Paraíba. Os projetos de fotografia “#JanelaLATERAL”, “#rochasAflorantes” e “#brasis” exploram o uso de smarphones. Para o ano que vem, avalia a possibilidade de atuação acadêmica no exterior.
Nessas quatro décadas de atuação, Pedro Nunes Filho, antes da UFPB, atuou na federal de Alagoas (Ufal) e no Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e privadas. No Ensino Superior, esteve envolvido em projetos integrados de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão Administrativa, como o Projeto Xiquexique, Mostra de Filmes Matizes da Sexualidade, mostras de cinema independente, desenvolvimento de simpósios nacionais e internacionais, Movimento Ética na Docência.
Nesta caminhada, foi possível produzir 16 livros autorais e coletâneas envolvendo universidades brasileiras e estrangeiras. Também dirigiu 17 filmes e vídeos (curtas, médias e longas) mobilizando pequenas e grandes equipes de produção. Do mesmo modo, Pedro Nunes Filho elaborou vários artigos e capítulos de livros, dossiês e projetos itinerantes.
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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB