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Pesquisadores da UFPB lançarão plano para alavancar produção de mandioca no Estado
Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lançarão, no dia 24 deste mês, plano para alavancar produção de mandioca na Zona da Mata Norte e no Brejo Paraibano. A apresentação do documento ocorrerá no Auditório da Reitoria, no campus I, em João Pessoa, a partir das 10h.
O plano tem 13 projetos com o objetivo de elaborar diagnóstico da cadeia produtiva, revitalizar a cultura da mandioca, aumentar a produtividade, triplicar a fabricação dos subprodutos, desenvolver a tecnificação do cultivo, implantar agroindústria de alimentos e formular ração animal à base de mandioca.
Além disso, pretende estabelecer agroindústria de polvilho azedo, doce granulado e goma para tapioca, adequar as casas de farinha para produção de farinhas especiais e farofas, implementar unidade de referência (Projeto Reniva), criar infraestrutura laboratorial de serviços tecnológicos, promover marketing de incentivo ao consumo e criar central de compras.
De acordo com o diretor científico, técnico e de integração com a sociedade do Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba (Idep) Carlos Alberto Gadelha, a produção atual no Estado encontra-se em 9 toneladas por hectare (ton/ha). Com a execução do plano, espera-se atingir 30 ton/ha, um aumento de 200% e cerca de 100% em relação à média no país, que é de 14,36 ton/ha.
Este novo Arranjo Produtivo Local incluirá 11 cidades: Mari, Sertãozinho, Alagoinha, Araçagi, Mataraca, Rio Tinto, Mamanguape, Santa Rita, Sobrado, Jacaraú e Pilar. Hoje, a maior parte da produção é vendida para Pernambuco, estado vizinho. O quilo custa 20 centavos.
Segundo o diretor, o plano beneficiará diretamente mais de 3 mil e pelo menos 2 milhões de pessoas indiretamente. Algumas ações já estão em andamento, como a reativação de 30 casas de farinha no município de Mari, feitas com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Banco do Nordeste.
Também está sendo feito o plantio da maniva, folha moída da mandioca, cedida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com o lançamento oficial deste novo Arranjo Produtivo Local, terá início a etapa de busca por financiamento, para aquisição de equipamentos que facilitem o cultivo e a colheita.
Bruna Ferreira | Ascom/UFPB