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Pesquisadores da UFPB lançam plano de manejo do Parque Estadual Mata do Pau-Ferro

Publicação norteia gerenciamento da unidade de conservação em Areia, no Brejo paraibano
publicado: 21/10/2020 22h28, última modificação: 21/10/2020 23h55
O plano de manejo do Parque Estadual Mata do Pau-Ferro está na iminência de se tornar uma portaria estadual. Ao ser institucionalizado, suas diretrizes terão força de lei, o que deve contribuir para a sua preservação. Crédito: Sudema/Reprodução

O plano de manejo do Parque Estadual Mata do Pau-Ferro está na iminência de se tornar uma portaria estadual. Ao ser institucionalizado, suas diretrizes terão força de lei, o que deve contribuir para a sua preservação. Crédito: Sudema/Reprodução

Os pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Edilson Costa, Helder Araújo, Juan Mendonça e Thiago Farias da Silva, em colaboração com turismóloga Heloisa Santos, lançaram um plano de manejo para o Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, localizado no município de Areia, no Brejo paraibano.

Organizada em duas partes, a publicação, além de descrever a geobiodiversidade e de recuperar as ações de conservação, de preservação e de gerenciamento do parque ao longo dos últimos 40 anos, busca estabelecer um melhor gerenciamento da unidade de conservação, por meio de normas de conduta, diretrizes e planos de ação, e ainda aponta a necessidade de pesquisas aplicadas na região.

“Dessa forma, torna-se mais fácil concretizar ações de fiscalização, científica e de uso público. A partir das normas, as pessoas vão ter a clareza do que pode e do que não pode fazer no parque”, afirma Thiago Farias da Silva, doutorando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da UFPB.

Para a elaboração do plano de manejo, foram realizados diagnósticos da biodiversidade, dos recursos naturais e das relações socioambientais existentes no parque e na sua zona de amortecimento, área estabelecida ao redor de uma unidade de conservação com o objetivo de filtrar os impactos negativos das atividades que ocorrem fora dela, como ruídos, poluição, espécies invasoras e avanço da ocupação humana.

Além disso, foram produzidos levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que moram nessa zona de amortecimento e com outras que são envolvidas direta ou indiretamente com a conservação do parque. Thiago Farias da Silva afirma que são necessárias, por exemplo, na unidade de conservação, pesquisas sobre ecoturismo e espécies ameaçadas.

A metodologia utilizada para a elaboração do plano de manejo foi baseada nos dois principais manuais brasileiros de planejamento de conservação ambiental: o “Roteiro metodológico de planejamento - parque nacional, reserva biológica, estação ecológica”, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e o “Plano nacional de espécies ameaçadas”, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

De acordo com Thiago Farias da Silva, a elaboração do plano de manejo teve início em 2011, quando o grupo foi contemplado por edital de apoio a projetos de conservação da Fundação Grupo Boticário. Na época, foi estabelecida cooperação entre a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), do estado da Paraíba, e a UFPB, com apoio da Associação Técnico-científica Ernesto Luiz de Oliveira Júnior, em Campina Grande, no Agreste paraibano.

Segundo o doutorando da UFPB, o plano de manejo está na iminência de se tornar uma portaria estadual. “Todo plano de manejo precisa ser institucionalizado através de portaria específica, para que suas diretrizes tenham força legal e, assim, o órgão ambiental responsável possa executá-la e fazer cumpri-la”.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB