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Pesquisadores da UFPB ensinam a produzir cogumelos comestíveis
Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ensinam a produzir cogumelos comestíveis a partir de resíduos vegetais, por meio de redes sociais digitais. Os macrofungos têm alto valor nutritivo, funcional, medicinal e de baixo custo.
Além de servirem como alimento e de serem uma oportunidade de gerar renda, os cogumelos comestíveis, especificamente seus substratos biodegradados, podem ser usados como condicionadores químicos e físicos de solos com problemas de desertificação.
O principal cogumelo comestível produzido pelos pesquisadores da UFPB é o do gênero Pleurotus ostreatus, popularmente conhecido como cogumelo ostra ou shimeji preto. Os resíduos vegetais utilizados para o cultivo de cogumelos, denominados de substratos lignocelulósicos, são coletados no campo e em áreas urbanas da Paraíba.
A maioria deles é proveniente das principais culturas do estado, a exemplo do bagaço da cana-de-açúcar, folhas de bananeira, fibras de coco, brotos de abacaxi, restolho de milho, folhas de bambu, borra de café, papel e papelão.
O trabalho é realizado por integrantes do Grupo de Pesquisa e Produção de Cogumelos Comestíveis (GPEC), do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, no campus II, em Areia, no Brejo paraibano.
Rafael Zárate, doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências do Solo da UFPB, conta que a criação do grupo faz parte das ações do seu projeto de pesquisa. “Temos o objetivo de capacitar e de formar profissionais na área da produção de cogumelos comestíveis”.
Segundo o doutorando da UFPB, após a pandemia do novo coronavírus, os cogumelos serão disponibilizados para pequenos agricultores do município de Areia, no Brejo paraibano, por meio de capacitações na produção e consumo. No momento, apenas os integrantes do grupo consomem os cogumelos comestíveis que são produzidos.
Além de fomentar pesquisas científicas com enfoque agronômico e socioambiental, o grupo da UFPB capacita estudantes de graduação e de pós-graduação da instituição de ensino, através do apoio a projetos de extensão rural e organização de eventos on-line.
O primeiro, realizado em agosto deste ano, teve mais de 450 inscritos de 16 países da Ibero-América, de países onde o português ou o espanhol são as línguas predominantes. Atualmente, o grupo também conta com pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O grupo da UFPB foi fundado no ano passado, com a colaboração dos estudantes Robson Monteiro e Anne Meneses e do apoio institucional dos professores Bruno Dias e Vânia Fraga.
É possível acompanhar as atividades do grupo através de seu perfil no Instagram e de sua página no Facebook. Interessados na produção de cogumelos comestíveis devem entrar em contato pelo e-mail gpec.ufpb@gmail.com.
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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB