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Pesquisadora da UFPB propõe regras para atendimento humanizado a idosos

Acolhimento deve começar na chegada do paciente à unidade de saúde
publicado: 15/08/2019 19h10, última modificação: 15/08/2019 19h13
Seguindo a OMS, Brasil terá a 6° maior população idosa do mundo até 2025. Crédito: Divulgação

Seguindo a OMS, Brasil terá a 6° maior população idosa do mundo até 2025. Crédito: Divulgação

A pesquisadora do Programa de Mestrado Profissional em Gerontologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Maria das Neves Ancelmo propõe modelo de fluxograma para atendimento humanizado a idosos em ambulatórios públicos e privados.

Segundo a enfermeira, o processo de atendimento humanizado deve começar na chegada ao hospital. Neste momento, o idoso é recepcionado por equipe específica, a fim de identificar se já possui agendamento. Se não houver, precisa auxiliá-lo no for preciso.

A partir dessa etapa, o idoso que já tem consulta marcada deve ser encaminhado para sala na qual receberá os cuidados essenciais para suas necessidades. Após a consulta médica, o paciente deve retornar ao setor de acolhimento, para que a equipe de acolhimento dê os devidos encaminhamentos.

“Nosso papel no acolhimento é o de levar o paciente idoso até o local em que ele precisa estar. Pode ser atendido e depois retornar ao acolhimento para ser orientado em que local será o exame, informar o tempo para o procedimento ser concluído”, exemplifica a enfermeira.

A proposta também viabiliza auxílio para os idosos que chegam ao hospital em situação não estável. De acordo com a pesquisadora, devem ser direcionados para a sala de estabilização, podendo ser transferidos para outras instituições da Rede de Atenção à Saúde. 

O fluxograma, segundo Maria das Neves, pode ser utilizado por profissionais de hospitais, docentes e discentes durante o processo de ensino e aprendizagem em ambulatório e em futuras pesquisas de enfermagem e também adaptados a outras realidades hospitalares.

“Após 30 anos de experiência no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), observei a falta de um fluxograma para atendimento à pessoa idosa que norteasse o processo de acolhida, desde a recepção até os encaminhamentos após a realização de consulta”, conta a enfermeira.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população idosa brasileira chegará a 32 milhões de pessoas em 2025, passando a ocupar o 6º lugar no mundo. A pesquisadora alerta que isso “aumentará a incidência das internações nos hospitais, requerendo uma maior atenção dos profissionais que ali se encontram”.

Michelly Santos | Ascom/UFPB