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Pesquisadora da UFPB lança coleção de livros didáticos sobre alfabetização emocional

Obras da professora Elisa Gonsalves têm como foco o público infanto-juvenil
publicado: 03/02/2020 15h05, última modificação: 03/02/2020 15h10
Elisa Gonsalves coordena o Núcleo de Educação Emocional da UFPB. Crédito: Divulgação

Elisa Gonsalves coordena o Núcleo de Educação Emocional da UFPB. Crédito: Divulgação

Uma coleção de livros didáticos sobre educação emocional, voltada para o público infanto-juvenil, acaba de ser lançada. A Coleção Alfabetização Emocional, de autoria da professora Elisa Gonsalves, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi publicada pela Libellus Editorial.

O material didático dialoga com os avanços científicos da área de educação e também com as Práticas Integrativas e Complementares-PICs. “É importante aliar sabedorias milenares e ciência, porque isso permite, por exemplo, o reconhecimento de práticas de meditação, biodança e yoga como fundamentais para a regulação de várias emoções”, explicou a autora.

Esta Coleção voltada para crianças e adolescentes é resultado do Projeto de Extensão “Educação Emocional no Chão da Escola”, coordenado pela professora Elisa e realizado durante dois anos na cidade de Queimadas, na Paraíba, através de ações formativas e intervenções em sala de aula. Elisa Gonsalves Possebon explica que, entre outros resultados, o projeto apontou para a necessidade de materiais didáticos para serem trabalhados com os alunos e que estivessem em consonância com as descobertas científicas mais recentes sobre o tema das emoções.

De acordo com a professora Elisa Gonsalves, o objetivo da Coleção é tornar acessível aos espaços formativos escolares e não escolares materiais de qualidade e confiabilidade, elaborados com rigor pedagógico e atualizado cientificamente. Para a professora, é importante que os profissionais de ensino tenham um material de qualidade para que os resultados obtidos na educação possam estar além de uma satisfação momentânea.

Elisa Gonsalves chamou atenção para a necessidade de formação dos profissionais na área. “É importante compreender que se trata de um campo de conhecimento específico e não de uma dinâmica de grupo que qualquer um possa fazer de qualquer jeito, sem uma formação. Estamos trabalhando em uma área que você lida com sensibilidade. Dependendo da situação, você pode até tocar em algum trauma de algum aluno. Os profissionais precisam estar preparados”, explicou a autora. Para a professora Elisa Gonsalves, as licenciaturas não estão preparadas para formar esse profissional.

Atualmente coordenando o Núcleo de Educação Emocional da UFPB, a pesquisadora destaca a importância da relação entre pesquisa e extensão na produção de materiais didáticos: “A produção de um material didático, elaborado por pesquisadores, realiza-se a partir de uma investigação científica. É a ciência que vai mostrar o que é importante, como os processos se realizam e o que precisamos aprender para viver melhor. A atividade científica guia nossa intervenção prática no trabalho de extensão que realizamos. Investigo o campo da educação emocional há 15 anos e há 4 anos realizo trabalhos de extensão para apresentar como resultados, além dos artigos e livros já publicados, esta Coleção para crianças e adolescentes. Entendo que assim a universidade cumpre o seu papel, elaborando produtos que melhorem a vida das pessoas”.

A UFPB é a primeira universidade pública que instituiu um Núcleo de Educação Emocional, voltado especificamente para o desenvolvimento da temática. No Brasil o tema da educação emocional foi afirmado na Base Nacional Comum Curricular-BNCC, documento norteador dos currículos de todas as escolas.

 

Ascom/ UFPB