Pesquisador da UFPB cria aplicação web que atualiza automaticamente números da Covid-19 no Brasil

O professor do Departamento de Estatística da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Pedro Rafael Marinho desenvolveu aplicação web com dados atualizados automaticamente sobre a pandemia da Covid-19 no Brasil.

De acordo com o pesquisador da UFPB, o sistema atua diretamente com informações e estatísticas repassadas pelas secretarias estaduais de saúde. Marinho afirma que utiliza a linguagem de programação R, usada na área de estatística para analisar dados e apresentá-los em gráficos e tabelas.

“Quando novos dados tocarem as bases oficiais, os gráficos e tabelas serão atualizados automaticamente, sem precisar de uma atualização no site por minha parte. As informações são obtidas por uma Interface de Programação de Aplicativos (API) e o que eu faço é condensar essas informações em gráficos e tabelas para facilitar a consulta”, explica.

Para o professor da UFPB, atualmente é possível ter acesso diário a números atualizados de casos de Covid-19, óbitos e taxa de letalidade por estados e regiões do Brasil. Ele conta que isso ocorre por haver uma plataforma oficial de hospedagem de códigos-fonte de programação chamada GitHub, disponível para acesso aos internautas.

“A maioria dos códigos são abertos e disponíveis para outras pessoas baixarem ou colaborarem. Inclusive a API que uso para obter as informações brutas está com todo o seu código hospedado no GitHub”, ressalta o professor.

Marinho disponibiliza acesso aos códigos que fez no seu perfil na interface. A API que alimenta o site sobre os dados de Covid-19 pode ser acessada neste endereço eletrônico.

Segundo dados disponibilizados pelo professor Pedro Rafael Marinho da UFPB, até esta quarta-feira (17), a Paraíba ocupa o 9º lugar em número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil. Com registro de 31.712 de casos de infecção e 696 mortes, a média de mortes no estado nordestino é 2.19.

São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os estados com maior número de confirmações da doença: 191.517, 86.963 e 84.967, respectivamente. As regiões Nordeste e Sudeste concentram os maiores registros de infecção: 338.231 na primeira e 332.268 na segunda.

Já o número de mortes revela que a região Sudeste registrou 21.365 e a Nordeste 14.956. Quando se analisam as taxas de letalidade, a classificação fica a seguinte: Sudeste (5.38), Nordeste (3.90), Norte (3.21), Sul (2.39) e Centro-Oeste (1.99).  

* * *
Reportagem: Jonas Lucas Vieira | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB