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Levantamento da UFPB mostra que 24% dos municípios optaram por reeleição partidária em 2016
Levantamento do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) mostra que, no ano de 2016, cerca de 24% dos municípios brasileiros escolheram para o cargo de prefeito um representante do mesmo partido que foi eleito na eleição anterior (2012), de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o estudo da UFPB, mesmo com alternância de opções e com uma ampla diversidade de coligações partidárias, 1.345 municípios optaram por continuar com a representatividade política vigente no referido período.
Com base em uma classificação de posicionamento político-ideológico dos partidos disponível na literatura acerca do tema, observou-se que, dentre os municípios que elegeram um candidato pertencente ao mesmo partido do candidato eleito na eleição anterior, 433 optaram por representantes de partidos considerados de direita, enquanto 292 municípios tiveram partidos com posicionamento de esquerda reeleitos e 610 reelegeram partidos de centro.
Por meio de um modelo probabilístico aplicado aos dados das eleições municipais de 2016, os principais resultados mostraram que, de uma maneira geral, um maior comparecimento de eleitores do sexo feminino e de autodeclarados negros às urnas reduz a probabilidade de reeleição partidária.
Além disso, os resultados ainda demonstraram que, quando existe a possibilidade de reeleição, o eleitor mediano possui uma tendência a optar pelos partidos de centro.
“Diante das constantes mudanças nas preferências políticas do eleitor mediano brasileiro, surgiu o interesse de analisar como o posicionamento político-ideológico influencia a escolha do eleitorado”, explica o professor Cássio Bessaria, coordenador do laboratório da UFPB.
Helson Gomes de Souza, doutorando do Programa de Pós-graduação em Economia da UFPB e colaborador do estudo, reforça que o levantamento investiga o papel do posicionamento político e ideológico na reeleição dos candidatos nos municípios brasileiros. “Para isso, foram utilizados dados referentes às eleições de 2012 e 2016”, conclui o pesquisador.
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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB