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Fest Aruanda começa nesta quinta (1º) e traz panorama da música brasileira

publicado: 01/12/2022 16h51, última modificação: 01/12/2022 16h51
Em expansão, conteúdo do festival será exibido no Brejo paraibano, Portugal e EUA

Foto: Divulgação

A 17ª edição do Fest Aruanda começará nesta quinta (1º), no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, e traz panorama da música brasileira, ao destacar filmes sobre alguns de seus principais personagens, entre eles Gal Costa, Lupicínio Rodrigues, Beth Carvalho, Belchior e os do Movimento Manguebeat, liderado pelo pernambucano Chico Science.

Em expansão, o conteúdo do festival de cinema tem sido e será exibido em cinco cidades do Brejo paraibano; na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa, em Portugal; e na Universidade de San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos da América (EUA).

“Olha, muitas coisas podem ser destacadas. Um traço da edição deste ano é [filmes sobre] personagens da música brasileira, como Lupicínio Rodrigues, Beth Carvalho, o Movimento Manguebeat, Belchior. São filmes documentais sobre movimentos, tendências e personagens da música dos anos 1950 aos anos 1990”, sublinha o produtor executivo do festival de cinema, Prof. Lúcio Vilar.

Com a exibição do filme Os Doces Bárbaros (1976), dirigido e produzido por Jom Tom Azulay, o Fest Aruanda fará homenagem à cantora, compositora e multi-instrumentista baiana Gal Costa, que faleceu no último dia 9 de novembro, em São Paulo.

“É um documentário clássico que mostra o grupo formado por Gil, Bethânia, Gal e Caetano Veloso. É um documentário histórico de um show, dessa movimentação dos baianos depois que voltaram do exílio. E aí você tem um painel, um panorama da música brasileira através destes filmes”, afirma o Prof. Lúcio Vilar.

A expansão do Fest Aruanda, por meio de sua interiorização e internacionalização, é outra marca desta 17ª edição do festival de cinema. Por meio do projeto de extensão Aruandando no campus, que promove um circuito audiovisual a partir da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o festival este ano iniciou seus trabalhos mais cedo.

“Começamos em novembro, com o Aruandando no Brejo paraibano. Fizemos Areia, Solânea, Sapé. Depois do festival, faremos Guarabira e Alagoa Grande. São cinco cidades importantes. Estamos levando os conteúdos do festival, além de atividades formativas”, conta o também docente e pesquisador da UFPB.

Do mesmo modo, haverá o Aruandando em Lisboa, em Portugal, agora em dezembro, no âmbito de uma política de intercâmbio, por meio de uma mostra na Universidade Lusófona. Serão exibidos cinco filmes que foram premiados na edição 2021 do festival.

“Então, da mesma forma que exibimos os filmes deles aqui, este ano estamos novamente abrindo uma janela para filmes portugueses, em uma amostra competitiva de filmes da União Europeia”, explica o Prof. Lúcio Vilar.

Com programação até 7 de dezembro e entrada gratuita para todas as sessões, uma outra novidade também sem precedentes nesta 17ª edição é da vinda professora e pesquisadora Cristal Bivona, da Universidade de San Diego, que fará conferência nesta sexta (2). Na ocasião, será assinado um protocolo de colaboração entre a universidade norte-americana e a UFPB, por intermédio do Fest Aruanda.

“Então o que significa isso? Significa que, além de Portugal, nós estamos abrindo uma nova frente de parceria de cooperação acadêmica e audiovisual com essa importante universidade dos Estados Unidos. Então aí você tem alguns dos destaques bastante eloquentes, né? Emblemáticos desse nosso crescimento, dessa política de expansão, de territórios expandidos”, avalia o Prof. Lúcio Vilar.

Solenidade de abertura

A solenidade de abertura da 17ª edição do Fest Aruanda acontecerá nesta quinta-feira (1º), a partir das 19h30, com homenagens póstumas ao jornalista, poeta e cineasta Jurandy Moura e ao professor, encenador e cineasta Eliézer Rolim, ambos paraibanos, e homenagem à atriz e cantora carioca Zezé Motta. Outros homenageados serão o ator e cantor paulista Tony Tornado; a atriz e professora paraibana Zezita Matos; e o ator paraibano Fernando Teixeira.

No primeiro dia da programação do festival, acontecerá também a exibição do curta-metragem A vida simples de Jurandy Moura, de Lúcio Vilar e Marcus Vilar; de teaser do curta-metragem Meu pai, Eliézer Rolim, de Minna Miná; de VT produzido pelo Canal Brasil & Fest Aruanda e do longa-metragem Xica da Silva (Fic., RJ, 1976, 105min.), de Cacá Diegues.

O filme de encerramento do festival será Belchior - apenas um coração selvagem, de Natália Dias e Camilo Cavalcanti. Nas sessões especiais, serão exibidos os filmes Os Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay; Casão, num jogo sem regras, de Susanna Lira; Helen, de André Meirelles Collazo; Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo; e Quilombo, de Cacá Diegues.

Dentro da programação do Fest Aruanda, ocorrerão também lançamento dos livros Cinema paraibano e suas interfaces, de Virgínia de Oliveira Silva e Janaine (Orgs), da editora Xeroca; Pesadelo ambicioso, de Fausto Fawcett, da editora Numa; e Árida luz nordestina: o cinema de Rucker Vieira, de Paulo Cunha, da editora Contraluz.

O comitê de seleção dos filmes foi formado pelo diretor Lúcio Vilar e o jornalista e crítico de cinema Amilton Pinheiro. Confira os filmes selecionados para esta 17ª edição no site do festival de cinema.

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Reportagem: Pedro Paz
Edição: Aline Lins
Foto: Divulgação
Ascom/UFPB