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Projeto da UFPB é finalista de prêmio contra a corrupção

Estudo analisou os gastos com diárias das câmaras municipais da Paraíba em 2019
publicado: 19/11/2020 01h17, última modificação: 19/11/2020 01h17
O projeto da UFPB é o único da Região Nordeste que é finalista na categoria “Academia” do concurso. Crédito: Instituto Não Aceito Corrupção

O projeto da UFPB é o único da Região Nordeste que é finalista na categoria “Academia” do concurso. Crédito: Instituto Não Aceito Corrupção

Projeto do curso de Gestão Pública da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que analisou os gastos com diárias das câmaras municipais da Paraíba em 2019 é um dos cinco finalistas do prêmio Não aceito a corrupção, na categoria “Academia”.

Os vencedores do prêmio nas categorias “Academia”, “Tecnologia” e “Comunicação” serão conhecidos em dezembro. O primeiro, segundo e terceiro colocados de cada uma delas receberá, respectivamente, R$ 6 mil, R$ 3 mil e R$ 1 mil.

Os projetos finalistas serão avaliados por banca composta por Ágatha Camargo, Reynaldo Goto, Bruno Brandão, Fernando Rodrigues, Laura Barros, Marcelo Tas e Paulo Saldiva.

O julgamento será feito de acordo com a adequação ao tema do concurso, compreensão dos conceitos, inovação e criatividade na proposta de trabalho, percepção de relevância/benefício para a sociedade, capacidade de análise crítica, reflexão e posicionamento e aplicabilidade/usabilidade.

O professor Fernando Torres, orientador do projeto, conjectura que a indicação fará com que a pesquisa ganhe abrangência e relevância nacional. 

“Isso é muito gratificante para o orientador e a vida acadêmica dos estudantes. O que produzimos é útil para a sociedade. De várias instituições do Nordeste, só a UFPB chegou à final na categoria academia”, destaca o docente da UFPB.

Segundo Fernando Torres, o estudo foi submetido para a premiação em setembro. “A gente teve conhecimento do prêmio por meio das mídias sociais do concurso. Como a pesquisa faz parte do escopo, resolvemos submetê-la e ainda bem que o resultado está sendo positivo”.

De acordo com o levantamento, a Câmara Municipal de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, foi a casa legislativa na Paraíba que mais gastou com diárias de vereadores e servidores em 2019. Das 223 câmaras municipais paraibanas, 139 empenharam valores com diárias e 84 não tiveram gastos desse tipo, no ano passado.

Segundo a pesquisa da federal paraibana, a Câmara Municipal de Santa Rita gastou com diárias, em valores absolutos, R$ 619.325,24, beneficiando 46 vereados e servidores. A Câmara Municipal de Cabedelo, também na Grande João Pessoa, foi a segunda que mais gastou, desembolsando R$ 152.759,75, para o benefício de 28 vereadores e servidores. A diferença de despesa com diárias entre as duas casas legislativas é de mais de 460 mil reais.

Embora com maior receita, um total de R$ 64.717.312,63, a Câmara Municipal de João Pessoa teve sete vezes menos gastos com diárias no ano passado, em comparação à Câmara Municipal de Santa Rita, desembolsando R$ 83.939,28. A casa legislativa paraibana que teve menos gastos com diárias, em 2019, foi a de Olho D’Água, no Semiárido do estado, com um desembolso de apenas R$ 80.

O prêmio Não aceito a corrupção, iniciativa do Instituto Jatobás e do Instituto Não Aceito Corrupção, ambos com sede na cidade de São Paulo, busca estimular estudantes e professores universitários a fomentar pesquisas sobre conceitos e soluções práticas relacionadas à corrupção e seu combate no Brasil. 

A premiação é financiada com recursos oriundos de emenda parlamentar, que podem ser consultados no site da Plataforma + Brasil. Colaboraram para o projeto da UFPB as estudantes Patrícia Alves e Rosemary Nascimento, do curso de Gestão Pública da federal paraibana.

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Reportagem: Carlos Germano | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB