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Estudantes da UFPB são selecionados para intercâmbio promovido pela Capes e Ministério da Igualdade Racial

publicado: 01/07/2024 17h24, última modificação: 01/07/2024 17h25
Por meio do programa ‘Caminhos Amefricanos', os alunos passarão 15 dias em Moçambique para atividades educacionais, eventos científicos e realização de visitas guiadas

Os estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Glacy Geysa da Silva, do 7° período da licenciatura em Ciências Biológicas, e João Vitor Silva Santos, do mesmo semestre da licenciatura em Teatro, foram aprovados na primeira seleção do ‘Caminhos Ameafricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul’, oferecido pelo Ministério da Educação (MEC), Ministério da Igualdade Racial (MIR) e Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 

Glacy e João Vitor passarão 15 dias na Universidade Pedagógica de Maputo, em Moçambique, e terão as despesas com diárias, passagens aéreas, passaporte, visto e seguro-saúde subsidiadas pelo MIR. Durante esse período, eles participarão das atividades propostas e aprovadas pela CAPES, pelo MIR e pela instituição anfitriã, o que inclui participação em eventos científicos, visitas guiadas a escolas, locais históricos e museus, além de rodas de conversas com movimentos sociais moçambicanos. Os estudantes também serão responsáveis pela elaboração de relatórios e artigos sobre as atividades durante o período de estudo e após seu término. 

A primeira seleção para o ‘Caminhos Ameafricanos’ foi concorrida, com 980 inscritos para as 50 vagas oferecidas, sendo duas delas conquistadas pelos discentes da UFPB. Entre os requisitos utilizados para selecionar os aprovados estão: avaliação do histórico acadêmico dos candidatos; participação em projetos pesquisa, ensino ou extensão; participação como representante em entidade do movimento negro; e publicação de artigos científicos e demais produções bibliográficas. 

Para João Victor, que se debruçou, nos últimos 8 meses, no processo seletivo para o intercâmbio, as expectativas são as melhores possíveis. Segundo o aluno, a experiência vai enriquecer seu repertório sociocultural. 

Foto: Arquivo pessoal do aluno João Vitor Silva Santos

“O que me interessa é entender como minhas experiências se conectam com as experiências de outras pessoas, especialmente, no continente africano e, especificamente, em Moçambique. Quero compreender como essas semelhanças impactam a mim e essas outras pessoas com quem vamos compartilhar experiências, incluindo outros estudantes brasileiros. Acredito que isso contribui significativamente para a formação como indivíduo e também para levar, compartilhar e refletir essas experiências na sala de aula, especialmente no contexto da educação para as relações étnico-raciais", explicou o discente.

Já Glacy Geysa vê a oportunidade como uma forma de reafirmar seu compromisso com a educação, a justiça social e a promoção de uma sociedade mais igualitária. De acordo com ela, a participação no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da UFPB, que a oportunizou vivenciar atividades com alunos pertencentes a diferentes etnias na Escola Estadual João Goulart, em João Pessoa, foi decisiva para que se inscrevesse à seleção. 

Foto: Arquivo pessoal da aluna Glacy Geysa 

“Acredito que o intercâmbio me proporcionará enriquecimento cultural e histórico, ao adquirir conhecimentos sobre a cultura e história africana na Universidade Pedagógica de Maputo, os quais poderei trazer para o Brasil. Pretendo entender melhor sobre as raízes históricas compartilhadas entre Brasil e Moçambique, especialmente no contexto da diáspora africana e das consequências da escravidão. Além disso, busco capacitação que enriqueça meu projeto de formação continuada em uma perspectiva antirracista, aprimorando minhas habilidades como futura professora de Ciências Biológicas, integrando ensinamentos sobre história e cultura afro-brasileiras no currículo acadêmico”, afirmou. 

Sobre o ‘Caminhos Ameafricanos’

O ‘Caminhos Ameafricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul’ tem a finalidade de estimular e promover a socialização de conhecimentos e de experiências, além de contribuir com o combate ao racismo e com a promoção da igualdade racial no Brasil por intermédio de intercâmbios de curta duração em países africanos, latino-americanos e caribenhos. 

Além disso, também possibilita a cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior de diferentes nações e estimula o desenvolvimento científico e tecnológico por meio do incentivo à produção de pesquisas. 

Mais informações sobre a iniciativa podem ser encontradas na página do Programa, disponível aqui

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Texto: Aline Ferreira
Edição: Vinícius Vieira e Aline Lins
Foto: Oriel Farias
Ascom/UFPB