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Estudantes da UFPB avaliam que período suplementar contribui para formação
A Pró-reitoria de Graduação (PRG) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Observatório de Dados da Graduação (ODG), divulga, nesta quarta-feira (29), os resultados parciais de pesquisa que avaliou a experiência de estudantes e de professores em atividades de ensino e de aprendizagem remotas ofertadas no primeiro período suplementar, de 8 de junho até 14 de agosto.
Dos mais de sete mil estudantes que responderam ao questionário on-line, 60% avaliaram que o primeiro período remoto foi importante para a continuidade de sua formação. Além disso, mais de 70% demonstram satisfação com a condução dos professores nas atividades on-line.
Dos mais de mil professores que responderam ao questionário on-line, 67% consideraram que o primeiro período suplementar foi importante para o desenvolvimento de suas competências em ensino.
Além disso, 68% deles consideraram que a sua produtividade foi dentro ou acima do esperado durante o isolamento social. Os resultados mostraram ainda que cerca de 47% dos docentes possuem filho(s) em idade escolar que necessitam de assistência, afetando sua produtividade.
A pesquisa revela também os principais motivos que levaram estudantes a não participarem do primeiro período suplementar da UFPB e as principais dificuldades vivenciadas. Os resultados ainda mostram os principais obstáculos para os docentes, a preferência no uso de tecnologias e no modelo de ensino remoto.
A pesquisa é uma das ações que vêm sendo realizadas pela Pró-reitoria de Graduação (PRG) da UFPB para subsidiar as tomadas de decisão da gestão e dos conselhos superiores da federal paraibana, com informações relevantes durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo o coordenador do Observatório de Dados da Graduação (ODG), professor Jorge Dias, a pesquisa permitirá que os coordenadores de curso, chefes de departamento e outros gestores institucionais reflitam, junto com a comunidade universitária, sobre ações possíveis diante de cada contexto.
“Houve a preocupação de verificar a representatividade dos respondentes em relação às variáveis socioeconômicas, para que a análise pudesse revelar elementos importantes para o planejamento de ações neste período de pandemia”, afirma o coordenador do observatório.
Para a pró-reitora de graduação, professora Ariane Sá, o diagnóstico parcial, retratado nas respostas dadas nos questionários, contextualiza as condições de trabalho de professores e de estudantes para realizar o ensino remoto e aponta para os desafios que deverão ser enfrentados pela comunidade universitária para oferta de um novo período suplementar.
“É importante ressaltar que, tanto professores quanto estudantes, constatam ser esse um momento de aprendizagem coletiva. Considero que, dessa experiência, dois aspectos devem ser realçados: os professores se capacitaram para utilizar as tecnologias de comunicação e informação e, no retorno da modalidade presencial, passarão a utilizar o ensino remoto como um importante recurso em suas atividades acadêmicas”.
Os resultados da pesquisa, incluindo um conjunto de painéis analíticos que permitem que a comunidade acadêmica possa explorar os dados, interagindo por meio de diversos filtros, estão disponíveis nesta página eletrônica.
Segundo período suplementar
Neste momento, a UFPB avalia a oferta de segundo período suplementar. Se aprovado, as atividades remotas ocorrerão de 8 de setembro até 16 de dezembro. A proposta foi apresentada pela Pró-reitoria de Graduação (PRG) ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), em reunião nesta segunda-feira (27).
Os debates terão continuidade na próxima segunda (3) e podem ser acompanhados por meio da Sala de Reunião Virtual da Secretaria dos Órgãos Deliberativos da Administração Superior (Sods) da UFPB. Nesse intervalo de tempo, os integrantes do conselho discutirão a proposta no âmbito das instâncias administrativas que representam, entre elas os Centro de Ensino.
O Consepe da UFPB decidiu, no dia 18 de maio, ofertar componentes curriculares e extracurriculares em atividades de ensino e de aprendizagem remotas de 8 de junho até 14 de agosto. Cerca de 18 mil alunos participaram deste primeiro período suplementar.
As atividades presenciais e os calendários acadêmicos da UFPB foram suspensos, respectivamente, em 17 de março e 20 de abril, devido à pandemia do novo coronavírus. Ainda não há previsão para início dos períodos letivos de 2020.1 e de 2020.2 na federal paraibana.
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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB