Docentes da UFPB se destacam em competição de natação

Além do ofício do magistério, os docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Elaine Espíndola, de Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM), e Marcílio Onofre, do Departamento de Música (Demus), também compartilham outra paixão: nadar. Nas piscinas ou em águas abertas, eles têm se destacado em competições locais e nacionais. 

Neste mês, por exemplo, ambos conquistaram várias medalhas. Elaine conquistou nada menos do que o topo do pódio em seis provas diferentes na piscina durante a competição Troféu Norte Nordeste de Natação Master, na capital paraibana: 50m borboleta, 50m livre, 4x50 medley e 4x50 livre, 100m medley e 100m livre.  

Já na 7ª Etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, competição realizada no mar de Olinda (PE), o nadador chegou em 1º em sua categoria na prova de 1,5 km e em 3º lugar na prova de 2,5 km. “Sem dúvida, é muito bom poder competir com colegas de diversas partes do Brasil, além de ser extremamente gratificante colher os frutos dos treinamentos”, compartilhou Marcílio.

Neste fim de semana, os professores-atletas da UFPB têm a chance de ampliar o feito. Amanhã (27) e domingo (28), Elaine, competidora na categoria Master, participará do Campeonato Paraibano Absoluto, que vai ocorrer em João Pessoa, reunindo nadadores de todas as faixas etárias a partir dos 19 anos, e Marcílio do XXVII Campeonato Norte, Nordeste Centro-Oeste de Masters de Natação, que será realizado em Natal. 

Aos 10 anos de idade, Elaine –  que há cinco anos é docente da UFPB – começou a nadar em Santa Catarina, onde vivia, em virtude de uma bronquite. “Desde pequena joguei tênis, basquete (apesar dos meus nem 1,60m), handball, mas foi na natação que me encontrei!”, contou a professora. 

Após duas décadas, retornou às piscinas no início de 2021, motivada pelo fato de a filha ter começado a praticar o esporte e, pouco mais de um ano depois, não decepcionou nas competições. Ela, que nunca havia nadado no mar, começou a experimentar a natação em águas abertas no ano passado. Em maio deste ano,  participou da Travessia Batalha Naval do Riachuelo, competição que teve lugar em João Pessoa, e subiu ao pódio em 2o lugar geral feminino e 3o lugar geral (entre homens e mulheres) da prova de 1 km.  

A história de Marcílio com a natação é bem mais recente, porém também é marcante. Ele conta que começou a nadar “do zero” numa escola de natação, em 2017, em busca de mais qualidade de vida. No final do ano seguinte, começou a competir e desde então tem acumulado medalhas e troféus, no mar e na piscina. 

“Mais do que um esporte, a natação é um estilo de vida. Tentar viver uma rotina saudável de treinos, uma alimentação adequada e conciliar trabalho, família e treinos é um grande desafio. Além disso, mesmo sendo um esporte individual, o aspecto coletivo da natação é muito importante. Tudo isso ainda é muito novo para mim, pois não fui atleta quando era criança”, declarou.

Estabelecendo uma relação entre a atividade de docente e a modalidade esportiva, Elaine enxerga as duas como fontes de força e vigor na sua vida. “O paralelo para mim se traça na importância de, tanto na piscina quanto na sala de aula, sermos modelo para nossos alunos/orientandos. É importante ter uma carreira, mas também é importante termos uma válvula de escape onde também é possível cuidar do corpo e do emocional”, avaliou.

Já para Marcílio, docente da UFPB há 15 anos, as duas atividades são semelhantes no que diz respeito à dedicação que exigem. “Tanto a natação quanto a docência buscam um aperfeiçoamento contínuo, requerem muita dedicação e esforço, tanto físico como intelectual”, observou.

Foi precisamente dentro das piscinas e do mar que nasceu a amizade entre os professores Marcílio e Elaine, que atualmente treinam juntos na capital paraibana. O docente não esconde o desejo de poder participar de uma equipe de natação na própria UFPB. “Há vários atletas no quadro de funcionários da UFPB, poder reunir todo esse pessoal para fazer um treino juntos seria ótimo”.