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Consuni da UFPB aprova convênio para projeto de estabilização da falésia de Cabo Branco
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Prefeitura Municipal de João Pessoa vão firmar um convênio de colaboração técnica para proposição de Plano de Trabalho com o objetivo de dar subsídios de engenharia para o projeto de estabilização da falésia de Cabo Branco. A assinatura do convênio foi aprovada por unanimidade, na manhã desta quinta-feira (04), pelo Conselho Universitário (Consuni), em reunião extraordinária presidida pelo Reitor, Prof. Valdiney Gouveia.
A proposta de convênio foi apresentada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa. O objetivo é que um grupo de pesquisadores das áreas de materiais cimentícios, instrumentação, engenharia elétrica, química, engenharia civil, geotécnica dentre outros possam estudar as ações de deterioração que acontecem na Barreira do Cabo Branco e elaborar um plano de contenção e de estabilização da falésia.
A partir da assinatura do convênio a ser realizada pelo Reitor Valdiney Gouveia em breve, o projeto começará a ser executado e tem previsão de duração de 10 meses de colaboração da UFPB à equipe de engenharia municipal. O financiamento da pesquisa será realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa. Também está prevista a colaboração de pesquisadores da Espanha.
O professor Lucídio Cabral, do Departamento de Computação Científica do Centro de Informática da UFPB, foi o relator da proposta. De acordo com ele, a participação dos pesquisadores envolverá a coleta de material na barreira, instrumentação da encosta para monitoramento, atuação laboratorial e estudos sobre o tipo de cimento ambientalmente amigável, com características químicas e propriedades mecânicas adequadas, e durabilidade de contenção da encosta que deve ser utilizado numa barreira de contenção.
Para ele, é importante que a Universidade se envolva em projetos que respondam a demandas da sociedade. “A Universidade não apenas forma novos professores, mestres e graduados, a Universidade tem essa obrigação e esse prazer de tratar dos problemas reais que existem, quer sejam demandas de entes privados ou de entes públicos”, disse Cabral.
O Diretor do Centro de Tecnologia (CT), Marcel Góes, acredita que o aspecto multifatorial da problemática deve ser considerado, haja vista que o desgaste da falésia é uma característica natural da área, devido ao avanço da maré, o que demanda muito conhecimento técnico.
“A própria recuperação e a estabilização da barreira são aspectos técnicos, estarão envolvidas questões urbanísticas que devem considerar a ciência. Assim, quaisquer que sejam as contribuições que a UFPB vá trazer, serão prioritariamente de ordem técnica. O resultado final vai ser uma solução política, a Prefeitura Municipal de João Pessoa vai ter que negociar com os cidadãos dessa cidade a aplicação da solução, o que nós queremos para essa área não é uma imposição, a Universidade vai buscar várias possibilidades e alternativas”, explicou o diretor do CT.
Reportagem: Elidiane Poquiviqui