Notícias
Abertura do Setembro da Inclusão marca Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência na UFPB
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, foi marcado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) pela abertura do evento Setembro da Inclusão. A solenidade ocorreu na manhã desta quarta-feira (22), no auditório da Reitoria, no campus de João Pessoa, com a realização da palestra "O ensino Superior como espaço na luta anticapacitista", ministrada pela professora do Centro de Educação da UFPB Adenize Queiroz.
A abertura do Setembro da Inclusão na UFPB contou com a presença da Vice-reitora Liana Filgueira, dos Pró-reitores de Graduação (PRG) Silvana Maciel, de Assistência e Promoção ao Estudante (Prape) Alfredo Rangel e de Gestão de Pessoas (Progep) Rita de Cássia Pereira, além do coordenador do Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA) da UFPB Rafael Monteiro.
A Vice-reitora da UFPB apontou para a necessidade de conscientização da comunidade acadêmica para a desconstrução do olhar capacitista, que vê a pessoa com deficiência como incapaz. “Há necessidades físicas, estruturais, mas há igualmente uma necessidade de inclusão no sentido de se quebrar esses preconceitos dentro da comunidade acadêmica, e termos o máximo de igualdade possível, dentro das diferenças que existem entre as pessoas”.
O coordenador do CIA, assessoria especial vinculada ao gabinete da Reitoria, destacou a necessidade de se promover o protagonismo da pessoa com deficiência na Universidade e de oferecer qualidade de vida para essas pessoas durante suas trajetórias na Instituição. Ele enfatizou ainda que a questão da inclusão não deve, obviamente, ser lembrada somente no dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e que são necessárias ações coletivas na luta anticapacitismo.
A palestrante Adenize Queiroz recorreu à distribuição de papéis de boas-vindas com escrita em braile, desafiando o público presente a “decifrar” a mensagem, como forma de ilustrar o desconforto enfrentado de forma cotidiana, nas instituições de ensino, pelas pessoas com deficiência, que sofrem para compreender os conteúdos que não chegam até elas em formato acessível.
“Todos temos limites, mas também capacidades. O capacitismo faz com que se olhe muito mais para a deficiência do que para a pessoa. Nosso primeiro equívoco é achar que a pessoa com deficiência é toda limitada”, afirmou Adenize Queiroz. Ela acrescentou que é preciso mudar a forma de enxergar as limitações físicas para que se olhe “além das dificuldades daquele corpo”, de forma a respeitar e valorizar o potencial da pessoa com deficiência.
Adenize enfatizou ainda a necessidade de se unir cada vez mais esforços para que se possa efetivamente concretizar políticas de acessibilidade na Instituição e, dessa forma, promover uma educação inclusiva, anticapacitista, que dê voz às pessoas com deficiência. “Diferenciar as pessoas não significa incapacitar”.
Sobre a melhoria da acessibilidade nos espaços físicos da UFPB, a Vice-reitora, Profa. Liana Filgueira, afirmou que a inclusão é uma prioridade para a gestão da Universidade. “O CIA tem atuado com muita eficiência no sentido de buscar atender a essas necessidades”. Ela esclareceu que, no entanto, o atendimento de algumas demandas relativas à estrutura física esbarra em limitações orçamentárias e burocracias inerentes ao funcionamento das instituições públicas.
O Setembro da Inclusão segue até esta sexta-feira (23), com atividades online e presenciais, a exemplo de webinários e mesas redondas, realizadas nos quatro campi da UFPB e abertas a toda a comunidade acadêmica. A programação completa do evento está disponível no site do Comitê de Inclusão e Acessibilidade