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4 em cada 10 enfermeiros indicam aloe vera para tratar pele ressecada em idosos

Estudo da UFPB consultou 101 profissionais que atuam em João Pessoa
publicado: 26/12/2019 20h16, última modificação: 26/12/2019 20h16
Xerose cutânea (ressecamento da pele) afeta de 15% a 20% da população mundial de idosos. Crédito: Divulgação

Xerose cutânea (ressecamento da pele) afeta de 15% a 20% da população mundial de idosos. Crédito: Divulgação

Apesar de estudos nacionais e internacionais manterem o uso dos ácidos graxos essenciais para a hidratação livre de áreas com umidade, o pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Ronny Anderson de Oliveira descobriu que 4 em cada 10 enfermeiros recomendam e utilizam produtos à base de Aloe vera para tratar xerose cutânea (ressecamento da pele) em pessoas idosas.

Durante a pesquisa, foi constatado que a vivência e a construção de conhecimentos durante o exercício profissional contribuíram para a obtenção de melhores resultados no tratamento. “A planta possui efeitos calmantes, cicatrizantes, anestésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios, além de ter substâncias que possibilitam a hidratação de cabelos e da pele”.

Segundo o pesquisador, a pele seca apresenta elevada frequência e contribui para a ocorrência de desconforto, alterações do aspecto visual e sensorial da pele. “Tem prejudicado a qualidade de vida de muitos idosos, afetando de 15% a 20% da população mundial. Quando grave, pode interferir na produtividade do trabalho e nas atividades da vida diária, especialmente se as mãos forem afetadas”.

Ao analisar a relevância entre ter ou não cursos específicos para cuidados com a pele, Ronny Anderson de Oliveira argumenta que existe a necessidade de educação continuada e permanente como pontos fundamentais para melhorias na qualidade dos cuidados.

“Há de se consolidar a relevância de estudar o tratamento de doenças relacionadas ao processo de envelhecimento. Prevenir, avaliar e tratar uma lesão são responsabilidades importantes inerentes à equipe de saúde, sobretudo no que tange a Enfermagem”, enfatiza.

Ronny Anderson de Oliveira revela ainda que, durante a pesquisa, foi identificada a importância relatada pelos profissionais em considerar a faixa etária, avaliar a coloração da pele, estar atento a áreas com hiperemia (aumento do volume de sangue em um determinado local) e observar a existência de lesões na pele.

Participaram do estudo 101 enfermeiros que atuavam nos setores de clínica médica ou Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Universitário Lauro Wanderley, Hospital Padre Zé, Hospital Municipal Santa Isabel e Hospital Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho, em João Pessoa. 

Beatriz Barros | Ascom/UFPB