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Comercialização

por alex publicado 09/03/2021 14h33, última modificação 09/03/2021 14h38

Comercialização

     No que concerne à comercialização, existe um amplo conjunto de produtos e subprodutos da ranicultura com potencial econômico, envolvendo animais vivos e/ou abatidos. É pratica comum entre os ranicultores o fornecimento mútuo de desovas, girinos e imagos para a respectiva cria e recria, havendo contudo uma tendência à especialização. Em breve, a reprodução (para obtenção das desovas) e criação de girinos ficarão restritas aos grandes ranários, que fornecerão os imagos para ranicultores que possuirão apenas as instalações de recria (recriadores). Após a engorda os animais retornam ao ranário central para o abate/processamento, armazenamento e comercialização. Essa prática pode levar à caracterização de sistemas integrados de produção (Figura 1) semelhantes ao que acontece hoje com a avicultura.


     A rã viva tem sido exportada para os Estados Unidos, onde os restaurantes especializados na cozinha oriental absorvem grande quantidade do produto. Além disso, existe demanda de animais vivos para estudos e experiências laboratoriais, e para compor o plantel de reprodutores de novos criatórios. O principal produto da atividade é a carne de rã, que é comercializada fresca, congelada ou processada, cujo excelente sabor e qualidades nutricionais, tem propiciado crescimento considerável do seu consumo, não obstante às restrições de preço. A coxa é a parte de maior aceitação, embora no Brasil esta preferência não seja tão acentuada como no mercado internacional, onde praticamente não se consome o restante da carcaça. A distribuição da produção se faz conforme esquematizado na Figura 1.
     O ranário completo possui basicamente três produtos: girinos, imagos e rãs. Os dois primeiros são vendidos a outros ranicultores que darão continuidade ao processo produtivo. As rãs são entregues aos abatedouros (industria de abate)

     Que por sua vez, fornecem a carne aos varejistas que as venderão ao consumidor final. Certamente este procedimento pode ser alterado quando o fornecimento se faz diretamente ao consumidor ou ao varejista, ou mesmo do abatedouro para o consumidor, conforme ilustram as setas pontilhadas. O fornecimento direto do produtor ao consumidor é explicado pela tentativa de se evitar a intermediação aparentemente prejudicial ao produtor. No entanto, as condições inadequadas de abate, comprometendo a qualidade do produto, e o desvio da atenção do ranicultor para outras tarefas tem, via de regra, levado esta tentativa ao fracasso. O problema da intermediação tem sido superado via associação de produtores para constituir sua própria unidade de processamento e comercialização.

Figura 1 - Distribuição da produção a partir do ranário.