Histórico

Vinculado à Coordenação de Extensão Cultural (COEX) da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e ao NTU Núcleo de Teatro Universitário, o Balé Popular da UFPB tem um histórico expressivo. 

O grupo tem cerca de 20 espetáculos montados e se apresentou em mais de 70 cidades, tanto em mostras e festivais culturais, quanto em eventos de outras naturezas. Soma-se a isso as participações em projetos de Incentivos Culturais e Educacionais e várias premiações conquistadas. 

Com o seu trabalho enquanto projeto de Extensão Universitária da UFPB, o Balé Popular expandiu as fronteiras entre as artes, resgatando através de aulas, oficinas e montagens a multiplicidade de sentidos e funções dos gestos, movimentos, costumes, posturas e danças da cultura popular do nordeste brasileiro.

A comunidade é a principal fonte de renovação e motivo da existência do Balé. É dela que vem o elenco e plateia, os pilares para a construção da identidade coletiva norteadora do rumos do grupo.

A consolidação da identidade do Balé Popular foi acontecendo no decorrer do seu trabalho que se caracterizou, principalmente, pela valorização de elementos intrinsecamente ligados ao jeito de ser e viver do povo nordestino. Assim, a riqueza cultural nordestina é referência para criação de roteiros inspirados em autos e danças populares, nas manifestações religiosas e profanas.

Outro elemento importante nas montagens do grupo foi dar lugar de destaque aos personagens típicos do universo popular regional, a exemplo de artistas mambembes, retirantes, lavadeiras, rezadeiras, figuras características de feiras, contadores de histórias, entre outros que dão cara à riquíssima colcha de retalhos que traduz a cultura nordestina.

Também os figurinos e cenários são uma porta de entrada para o universo mágico produzido pelo grupo. As velhas carrocerias de caminhões pau-de-arara; as feiras livres das cidadezinhas do interior, apresentando uma multiplicidade de objetos que personificam a criatividade das populações locais; as longas caminhadas das romarias com seus melodiosos cantos religiosos; as ruelas em fim de tarde, onde as conversas correm soltas, e as estórias alimentam o imaginário das pessoas (...) Tudo isso tem dando alma às apresentações do grupo.

Assim, tradições da cultura popular nordestina têm sido matéria-prima para a construção dos espetáculos que valorizam gestos, vestimentas, linguagens, expressões, rituais, olhares e sorrisos de vivências culturais da região nordeste.