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Bexiga

Trata-se de um “membranofone de formato ovóide e recipiente” 2.1.1.4.1.1. (Hornbostel; Sachs, 1914), utilizado na manifestação pernambucana do cavalo-marinho.
publicado: 18/05/2016 11h19, última modificação: 19/02/2019 13h56
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Foto retirada de LEWINSOHN, Ana Caldas. O ator brincante: no contexto do Teatro de Rua e do Cavalo Marinho. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP.  2009. 164 p.

Bexigas. Foto retirada de LEWINSOHN, Ana Caldas. O ator brincante: no contexto do Teatro de Rua e do Cavalo Marinho. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP. 2009. 164 p.

Bexiga s.f. é um instrumento utilizado na brincadeira do cavalo marinho,  que é uma das tradicionais manifestações culturais da região da Zona da Mata Norte do estado de Pernambuco. “Localmente é chamado de brinquedo, sambada ou folguedo. Agrega indissociavelmente o teatro, a música, a dança e a poesia. Possui características cênicas específicas, estando no limiar entre espetáculo de rua e brincadeira popular. Brincar, para os participantes, é um misto de tocar, cantar, representar, jogar”. (CARNEIRO; LAZERTA FILHO, 2010, p. 32)

A bexiga é feita da bexiga do boi, “ou do bode” (ALMEIDA, 2018, p. 96) e ela passa por um processo de limpeza e secagem, após esse processo ela é inflada e amarrada, assim estando pronta para o uso.

No cavalo marinho, as bexigas são utilizadas por dois personagens, Mateus e Bastião, que as utilizam como seus adereços, estes personagens são as figuras das mais importantes da brincadeira. Mas apesar de serem adereços utilizados por estes dois personagens, as bexigas também são instrumentos musicais importantes para o cavalo-marinho. As bexigas, afirmam Carneiro e Laterza Filho (2010, p. 34), “ao serem percutidas no corpo, geram um som volumoso e grave, contrastando com o pandeiro, que emite um som mais agudo”. Outra função das bexigas é, como afirma Santos (2005, p. 69), “abrir a roda, quando necessário, ou ainda, para espancar e espantar os bêbados e baderneiros que por ventura aparecerem, com intuito de atrapalhar o desenvolvimento da trama”, isso é feito pelos personagens Mateus e Bastião.


Lucas B. Potiguara

Referências

CARNEIRO, Juliana Macedo; LATERZA FILHO, Moacyr. Entre a cena e o som: uma abordagem do cavalo marinho pernambucano. Modus, v. 5, n. 7, p. 31-44, 2015.

DE FARIA GRILLO, Maria Ângela. Cavalo-marinho: um folguedo pernambucano. Esboços-Revista do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC, v. 18, n. 26, p. 138-152, 2011.

OLIVEIRA, Mariana. O Cavalo Marinho e seus elementos animados. Móin-Móin-Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, v. 1, n. 03, 2018.

SANTOS, Ivanildo Lubarino Piccoli dos. Os palhaços nas manifestações populares brasileiras: Bumba-meu-boi, Cavalo-marinho, Folia de Reis e Pastoril Profano. 2008.

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Fonografia

DVD Cavalo Marinho Estrela de Ouro <https://youtu.be/WvtOFNShFqc> Acessado em 19/02/2019

Brésil: Fête de rue du Nordeste - Cavalo-Marinho (2003) Álbum Completo <https://youtu.be/m4HdZ9bT6iI>  Acessado em 19/02/2019

Cavalo Marinho Boi Pintado - Mestre Grimário <https://youtu.be/S1d7VsGv2bw> Acessado em 19/02/2019