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Cientistas das Ciências Agrárias da UFPB conquistam espaço em ranking dos mais influentes do mundo
No World Scientist Rankings – 2023, publicado recentemente pelo AD Scientistic Index, foram relacionados 258 pesquisadores da UFPB na listagem dos cientistas mais influentes do mundo. O top 100 da UFPB tem dez cientistas que atuam na Área de Ciências Agrárias, conforme Quadro abaixo.
O AD Scientific Index analisa estudos acadêmicos por país, universidade/instituição e permite que o trabalho de vários cientistas possa ser comparado, pelo emprego das mesmas métricas. O método reflete o impacto com que as publicações de um cientista são acolhidas por seus pares, por exemplo, o número de citações dos trabalhos por outros autores aumenta o índice Hi10 Total e altera a posição do cientista no ranking.
Quadro dos dez cientistas mais influentes da Área de Ciências Agrárias da UFPB, incluídos na lsita dos mais influentes do mundo:
Posição no Ranking das Ciências Agrárias | Posição no Ranking da UFPB | Citações | Índice Hi 10 Total | Nome do cientista | Área de Atuação/Campus |
1 | 26 | 6320 | 32 | Ademar Pereira de Oliveira | Agronomia/CCA |
2 | 37 | 3571 | 31 | Ariovaldo Nunes de Medeiros | Zootecnia/CCA |
3 | 41 | 3986 | 30 | Walter Esfrain Pereira | Agronomia/CCA |
4 |
42 | 3543 | 30 | Edna Ursulino Alves | Zootecnia/CCHSA |
5 | 43 | 3512 | 30 | José Humberto Vilar da Silva | Zootecnia/CCHSA |
6 | 48 | 2917 | 29 | Fernando Guilherme Perazzo Costa | Zootecnia/CCA |
7 | 51 | 4131 | 28 | Silvanda de Melo Silva | Agronomia/CCA |
8 | 59 | 2342 | 26 | Mailson Monteiro do Rego | Agronomia/CCA |
9 | 78 | 1503 | 22 | Celso José Bruno de Oliveira | Zootecnia/CCA |
10 | 81 | 1332 | 22 | Patrícia Emília Naves Givisiez | Zootecnia/CCA |
11 | 93 | 1385 | 20 | Severino Gonzaga Neto | Zootecnia/CCA |
Os avanços das Pós-Graduações nas Ciências Agrárias também fortalece as Pós-Graduações em toda UFPB
Comentado o assunto, o Prof. Luiz Medeiros de Lima Filho, atual Pró-reitor de Pós-Graduação da UFPB disse que a PRPG/UFPB recebe com satisfação a presença de dez cientistas das Ciências Agrarias no top100 da UFPB e elite dos cientistas mais influentes do mundo. Este reconhecimento internacional consagra o mérito e a relevância das publicações científicas produzidas nos laboratórios dos Campi do interior.
O Prof. Humberto Vilar, Coordenador na PRPG, lembra que este resultado deve muito a política de interiorização da UFPB, que teve início em 1960 com a incorporação das unidades universitárias de João Pessoa e Campina Grande. O prof. Vilar, ainda lembra que um dos momentos mais crítico para a politica de interiorização da UFPB ocorreu no desmembramento da UFPB para criar a UFCG em 2002, porque quatro de seus campi no interior (Campina Grande, Patos, Cajazeiras e Souza) passaram a pertencer a UFCG, porém com a permanência dos Campi de Areia e Bananeiras na UFPB, estes Campi passaram a ter mais incentivo para a criação de novos programas e consolidação daqueles já existentes.
Obviamente, por tradição de quase 100 anos de ensino e vocação ambiental com as Ciências Agrárias, os cursos de pós-graduação desta grande área do conhecimento permaneceram nos Campi de Areia e Bananeiras. Creio que esta opção deu mais dinamismo a atuação da UFPB, democratizou e popularizou o acesso à educação em alto nível para os jovens do interior do nosso e de outros estados do país, e os avanços não pararam de acontecer no ensino, pesquisa e extensão, além dos campos social e econômico, principalmente, da região Nordeste. A criação de novos programas de pós-graduação foi o vértice que fez surgir os novos e modernos laboratórios, com equipamentos de alta tecnologia, e ajuste das linhas de pesquisas contextualizadas com o ambiente e os desafios apontados pela ciência global.
Atualmente, a Área de Ciências Agrárias conta com sete cursos de mestrado (Ciências dos Solos, Agronomia, Zootecnia, Ciência Animal, Biodiversidade, Tecnologia Agroalimentar e Agroecologia) e dois de doutorado (Agronomia e Zootecnia) que cooperam com o progresso e o desenvolvimento regional da região Nordeste e do país. É notório e óbvio o papel da pesquisa científica na difusão de técnicas, oferta de mão de obra qualificada e desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica em cooperação com empresas do agronegócio. Cabe ressaltar, também, o papel das instituições de fomento como CNPq, Capes e Fapesq no apoio aos projetos de pesquisas voltados para a solução dos principais problemas do agronegócio regional e nacional.
Os obstinados cientistas das Ciências Agrárias da UFPB
A obstinação e o idealismo, motivados pelo desejo de fazer novas descobertas, são as molas propulsoras do pensamento do cientista. A curiosidade é, talvez, a musa inspiradora, a energia vital, que nutre o pensamento do cientista, mas sem a obstinação e o idealismo nenhum avanço acontecerá. Então, fazer parte de grupos ou redes de cooperação acadêmica no país e no exterior dar a necessária proteção ao cientista para enfrentar a burocracia, a incompreensão e o desamparo.
Sobre este assunto, o Prof. Mailson Monteiro do Rego, chefe do Laboratório de Biotecnologia e Melhoramento Vegetal do CCA e ex-Coordenador do Programa de PG em Agronomia, fez o seguinte comentário: "fazer Ciência no Brasil não é fácil, e torna-se ainda mais difícil quando se trata das regiões Norte e Nordeste. O setor agropecuário brasileiro, embora seja a principal mola propulsora do PIB, ainda não absorveu a ideia de investir em pesquisas, principalmente, nas Universidades Públicas e Institutos de Pesquisas em Ciência e Tecnologia e Inovação, que formam recursos humanos de alta qualidade para atuarem nos diversos setores da sociedade. A despeito dos sistemáticos cortes nos orçamentos das IES públicas, o que acarreta perdas irreparáveis nas pesquisas descontinuadas, os altos custos das publicações em periódicos de alto fator de impacto, ainda assim, esses docentes obstinados e seus estudantes de graduação e pós-graduação, lutam incansavelmente contra todas as adversidades apontadas, conseguem se sobressair e ocupar lugar de destaque em pesquisas nas Ciências Agrárias do Brasil e do mundo. Parabéns aos obstinados cientistas das Ciências Agrárias da UFPB!".
O AD Scientific index expressa em números a qualidade e a contribuição intelectual do cientista, porém a inserção de pessoal no mercado de trabalho, embora não faça parte desta métrica, é um dos tópicos mais gratificante do trabalho do cientista, pelo impacto socioeconômico que tem na vida de pessoas e das famílias. Entretanto, entrar na lista dos cientistas mais influentes do mundo não é fácil porque traduz o esforço de uma carreira inteira dedicada a ciência. Olhando o seu trabalho por este prisma o Prof. Ademar Pereira de Oliveira, um renomado cientista sênior da Área de Agronomia, comentou que “se sentia honrado em fazer parte dos 100 cientistas mais influentes da UFPB e, entre os dez que mais se destacou na área das Ciências Agrárias. Tudo isto, é fruto do trabalho e da dedicação de 43 anos à UFPB”.
O Prof. Fernando Perazzo Costa, cientista do Departamento de Zootecnia e ex-Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFPB, declarou o seu contentamento e orgulho por alcançar este objetivo, mais ainda, pela forma como foi conquistado.
A Profa. Silvanda de Melo Silva, chefe do Laboratório de Biologia e Tecnologia Pós-Colheita do CCA e uma das duas mulheres presentes no ranking dos 100 cientistas mais influentes da UFPB, concorda com o ponto de vista dos professores que a antecederam e declarou estar “muito honrada pela posição de indicada no AD Scientific Index – 2023 na área de Ciências Agrárias da UFPB. Agradeço ao CCA/UFPB por ser a minha referência acadêmica e aos meus estudantes, tão engajados em responder às demandas que lhes apresento e que sem eles isso não aconteceria. Peço a Deus iluminação para poder atender aos anseios e demandas de cada um e que possa continuar representando apropriadamente esta instituição".
Já o Prof. Walter Esfrain Pereira, tem atuado na orientação e no ensino de estatística nos programas de pós-graduação do CCA, disse estar muito honrado em fazer parte do top ten dos cientistas das ciências agrárias da Universidade Federal da Paraíba. É uma grande honra ter meu trabalho reconhecido e destacado nessa lista de pesquisadores. Sempre busquei contribuir para o avanço da ciência agrária e fico muito contente em ver que meus esforços estão sendo reconhecidos. Para obter tal resultado, destaco a importância da colaboração e trabalho em equipe para o sucesso na pesquisa científica. Agradeço a todos que contribuíram para o meu desenvolvimento como cientista, incluindo meus ex-orientadores, colegas de trabalho e alunos. Espero que esta matéria possa inspirar e incentivar outros pesquisadores a continuarem trabalhando duro em suas áreas de atuação, mesmo diante das dificuldades que a pesquisa apresenta".
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Notícia originalmente publicada pela PRPG-UFPB
Texto: PRPG-UFPB // Arte: Larissa Guedes