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Aluno da UFPB vence Hackathon Internacional com aplicativo de IA para jogos

Alunos do CI terão prioridade para acessar a aplicação vencedora
publicado: 01/09/2023 08h22, última modificação: 01/09/2023 08h28
Colaboradores: Larissa Guedes, ASCOM-UFPB

O aluno Lucas Ramalho, do quinto período da graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi o vencedor do Eleven Labs AI Hackathon, evento internacional que reuniu programadores de todo o mundo em um desafio de codificação de Inteligência Artificial de voz.

Realizado pela comunidade de desenvolvedores Lablab.AI, o Hackton aconteceu entre os dias 28 de julho e 1º de agosto e contou com 2.734 participantes de 372 equipes. Lucas Ramalho, de 21 anos, integrou a equipe Curio, da empresa de desenvolvimento de mesmo nome sediada nos Estados Unidos e na qual o estudante trabalha como chefe de tecnologia e desenvolvedor líder.

Na competição, Lucas foi o líder de desenvolvimento da equipe que, após mentoria, realizou a criação da aplicação EASY DX - Locuções instantâneas para desenvolvimento de jogos. O aplicativo usa IA para simplificar a criação de narração e geração de diálogos durante o desenvolvimento de novos jogos. De acordo com o estudante, a criação pode ajudar a indústria de jogos, principalmente para desenvolvedores de menor porte, a ter acesso a diálogos de voz de forma barata.

“Atualmente é muito custoso ter diversos dubladores. A solução se propõe a pegar um exemplo da sua voz ou de alguma voz predefinida. Essa voz é enviada para uma inteligência artificial e, a partir de então, apenas com o texto, essa IA é capaz de gerar arquivos de voz prontos para serem usados em motores gráficos, que são onde jogos são feitos”, explicou.

Para o estudante do Centro de Informática (CI), o diferencial da aplicação que chamou a atenção do corpo de jurados da competição foi o potencial de impacto no mercado e a boa execução da ideia dentro de um tempo curto. “No momento do anúncio, disseram que o EASYDX roubou os corações deles”, acrescentou Lucas.

Para a escolha das equipes finalistas o júri considerou 04 aspectos: aplicação da tecnologia de IA, apresentação, valor de negócio e originalidade. Já a definição dos vencedores levou ainda em consideração toda a execução do projeto, funcionalidades, potencial de expansão, apresentação, "pitch" de venda, dentre diversos outros critérios.

A premiação foi de 3 mil dólares, além de um plano comercial da inteligência artificial para que a equipe possa continuar desenvolvendo a plataforma sem custo. "Além disso, agora estamos terminando alguns processos para entrar em contato com uma aceleradora e posteriormente um investidor. O fato de ganhar nos deu acesso direto a essa aceleradora", complementou Lucas.

Versão teste disponível

E os interessados em acessar a criação já podem se inscrever para a lista de espera da versão de testes, que deve ser publicada até o final da semana. Lucas destaca que alunos do CI/UFPB poderão ter acesso antecipado caso utilizem o e-mail institucional.

Importância da graduação

Lucas conta que começou a programar ainda na infância. Aos 11 anos criou o primeiro aplicativo e, aos 12, desenvolveu o primeiro site. "Sempre tive curiosidade de saber como as "coisas" de um computador funcionavam", acrescentou.

Na adolescência buscou melhorar e fez sites, jogos de pequeno porte, protótipos, além de gravar tutoriais de programação básica para jovens ainda mais novos que ele. Com 18 anos, durante a pandemia da Covid19, Lucas buscou oportunidades profissionais e ingressou no primeiro emprego na empresa do exterior onde está até hoje.

Segundo ele, a formação acadêmica na UFPB tem causado muitos impactos positivos na vida e na carreira, principalmente pela otimização de processos, experiências reais no mundo da programação e o alto nível de capacitação dos professores.

"Muitos dos assuntos passados em aula refletem diretamente decisões tomadas no meu trabalho. Já aconteceu de eu não ter solução para um problema, assistir a uma aula e lá ter a solução. A UFPB abre muitas portas. No CI os laboratórios são os orgulhos dos alunos, e os professores incentivam a publicar quando há um trabalho bem-feito", disse Lucas.

 

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Notícia originalmente publicada pela ASCOM-UFPB 
Texto: ASCOM-UFPB // Fotos: Madrilena Feitosa/Divulgação // Arte: Larissa Guedes