Histórico
Novo site da Rede
Em junho de 2015 entrou no ar o novo site da Rede, que foi possível graças a um financiamento do Ministério da Saúde, dentro de um projeto gerido pela UERJ. Contratamos uma firma de João Pessoa e contamos com apoio logístico do Projeto de Vivências em extensão popular no SUS (VEPOPSUS).
Relatado por: Alan Leite
Seminário Nacional De Educação Popular Na Formação Em Saúde
Entre os dias 10 e 13 de dezembro de 2014 aconteceu, no Centro de Convenções do Hotel Ouro Branco em João Pessoa/PB, o Seminário Nacional De Educação Popular Na Formação Em Saúde. O objetivo era discutir pesquisas realizadas sobre o tema, identificando e aprofundando as dimensões mais fundamentais para orientação de práticas formativas em saúde na perspectiva da Educação Popular e discutindo os seus desafios em alguns dos contextos de ensino mais importantes. Buscará ainda definir estratégias para o aprofundamento deste debate nacionalmente. O Seminário foi realizado em parceria com a Revista Interface, que fez o lançamento de um número especial dedicado ao tema da Educação Popular em Saúde.
Relatado por: Alan Leite
Criação da Logo da Rede
Criação da logo da Rede de Educação Popular e Saúde, com apoio do Projeto de Vivências de Extensão Popular no Sistema Único de Saúde (VEPOPSUS)
A logo da Rede de Educação Popular em Saúde foi criado pelos estagiários de Comunicação do Projeto VEPOP – Vivências de Extensão Popular, desenvolvido por pesquisadores vinculados a Universidade Federal da Paraíba e apoiado pelo Ministério da Saúde.
Relatado por: Alan Leite
V Encontro Nacional de Educação Popular e Saúde – Rio de Janeiro
Cartaz ENEPS Rio de Janeiro 2012
Plenária de abertura do V ENEPS Rio de Janeiro. Foto: Ernande, 2012.
Relatado por: Alan Leite
Memórias do IV ENEPS
Relatado por: Alan Leite
IV ENEPS – Ceará
Relatado por: Alan Leite
IV Encontro Nacional de Educação Popular e Saúde – Ceará
Cartas do IV ENEPS Ceará
Inauguração da tenda Paulo Freire. Foto: Ernande, 2008.
Espaço permanente de diálogo em Rio Negro, interior do Mato Grosso do Sul.
A Tenda Paulo Freire no Centro de Saúde José de Souza Brandão em Rio Negro, Mato Grosso do Sul, foi um construção coletiva, da qual participou a população usuária do SUS, as escolas da cidade, as igrejas, os trabalhadores da ESF e o poder público. Foi idealizado para ser um espçao de permanente de diálogo. Está nessa linha do tempo da Rede de Educação Popular e Saúde, por ter sido inspirada nas discussões e reflexões do participantes, sobretudo, da lista de discussão.
Relatado por: Alan Leite
III Encontro Nacional de Educação Popular e Saúde – São Paulo
Cartaz do III Encontro Nacional de Educação Popular e Saúde em São Carlos
Reunião da Rede de Educação Popular em São Carlo sem 2007. Foto: Ernande, 2007.
Relatado por: Alan Leite
2005 – II Seminário Nacional sobre Educação Popular e Saúde
O II Seminário Nacional sobre Educação Popular e Saúdefoi realizado em conjunto ao “IV Fórum Nacional de Educação e Promoção da Saúde” em 2005, na Universidade de Brasília. O evento contou com aproximadamente 1170 participantes entre educadores, profissionais da saúde, estudantes, pesquisadores, gestores dos Sistemas Educacional e de Saúde, agentes comunitários de saúde e movimentos sociais.
Relatado por: Alan Leite
2004 – I Seminário Nacional sobre Educação Popular e Saúde
15A Rede promoveu outros dois eventos científicos de âmbito nacional: o I Seminário Nacional sobre Educação Popular e Saúde foi realizado em conjunto com o “III Fórum de Educação e Saúde da Região Centro Oeste e Distrito Federal” em 2004, na Universidade de Brasília, onde participaram aproximadamente 1200 pessoas. Durante este evento foi organizada a ANEPS – Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde – que está juntando, mobilizando e aglutinando as inúmeras e diversificadas práticas que florescem em todos os recantos do Brasil em prol da melhoria da saúde da população brasileira.
Relatado por: Alan Leite
Criação da ANEPS e ANAPOP
ANEPS – ARTICULAÇÃO NACIONAL DE MOVIMENTOS E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO POPULAR E SAÚDE
(início do processo em agosto de 2003, formalização da Articulação em dezembro 2003)
Histórico
(retirado do artigo de Waldenez “Apresentação” do número especial do CADERNO CEDES “Refletindo sobre práticas de educação e saúde”, já mencionado acima. Disponível no site
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=0101-326220090003&script=sci_issuetoc)
Durante o VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em 2003, em Brasília, realizou-se uma plenária onde se abriu um processo de organização dos movimentos e práticas de educação popular e saúde nos estados, estando presentes a Rede de Educação Popular e Saúde; a Direção Nacional Executiva dos Estudantes de Medicina (DENEM); o Movimento de Reintegração dos Atingidos pela Hanseníase (MORHAN); o Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA) através do Projeto Saúde e Alegria; o Movimento Popular de Saúde (MOPS); o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Durante todo o ano de 2003 realizaram-se encontros em 21 estados, trazendo a articulação de lideranças e ativistas de movimentos sociais, profissionais e técnicos de saúde e pesquisadores universitários, concretizando-se, deste modo, a Articulação Nacional almejada. Essa Articulação vem contribuindo para a visibilidade e intercâmbio das práticas populares de saúde e se constituindo num espaço de interlocução com as instituições que atuam na atenção e na formação em saúde, contribuindo com a humanização do modo de atenção à saúde. Atualmente, a ANEPS está estruturada em 25 Estados, envolvendo mais de 900 movimentos e práticas de Educação Popular e Saúde no país.
ANEPOP
ANEPOP – ARTICULAÇÃO NACIONAL DE EXTENSÃO POPULAR
(primeira tentativa de articulação em 2003, formalização da Articulação em 2005)
(Retirado do site:http://extensaopopular.blogspot.com/2006_09_01_archive.html)
Em 2005 se consolidou uma Articulação de Extensão com caráter nacional e popular, que vem procurando criar canais de troca de experiência e reflexões entre os atores envolvidos nestas experiências (estudantes, professores e profissionais dos serviços de saúde). Como base para sua sustentação e construção, seus atores vêm procurando valorizar a construção coletiva do movimento e os encontros presenciais, viabilizados e socializados através de uma Rede Virtual de comunicações. Trata-se de um movimento instituinte de novas formas de integração entre a vida universitária e os movimentos sociais, pautado pelo diálogo entre as esferas que pensam e refletem a extensão numa ótica progressista.
Este movimento extensionista repetidamente vem mostrando insatisfação com a forma como o Congresso Brasileiro de Extensão e as demais instâncias de debate vêm sendo organizadas. Estão inconformados com a desvalorização da participação de estudantes, professores, profissionais e movimentos sociais em sua dinâmica. Percebe-se, até hoje, poucos espaços de diálogo e troca de experiência, com a organização nacional da extensão universitária restrita ao Fórum de Pró-Reitores de Extensão.
Relatado por: Alan Leite
Congresso de Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO)
A caracterização da Educação Popular e Saúde como proposta de um movimento social foi cunhada por Eymard Vasconcelos numa intervenção pública no Congresso de Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) realizado em Salvador, em julho-agosto de 2000, retomada depois em publicações (VASCONCELOS, 2001a, 2001b).
GT de Educação e Saúde da ABRASCO
O GT de Educação e Saúde da ABRASCO nasceu durante o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Salvador, nos dias 28 e 29 de agosto de 2000, a partir da Oficina da Rede de Educação Popular e Saúde (REDEPOP), com participantes da Rede e outros profissionais de serviços e da área acadêmica envolvidos com o tema.
Foram debatidos princípios conceituais e metodológicos de uma área de pensamento e ação que vem assumindo importância crescente na trajetória da Saúde Coletiva brasileira. Mais recentemente, no contexto da implementação do Programa de Saúde da Família, e com as demandas para a formação de pessoal e para a avaliação das ações de saúde, apontou-se para os integrantes da oficina de Educação Popular e Saúde a necessidade da institucionalização das atividades vinculadas à formação e à pesquisa, ensejando a proposta da criação do Grupo de Trabalho da ABRASCO.
Entre as iniciativas do GT destacam-se a edição dos Cadernos de Educação Popular em Saúde e do Almanaque de Educação Popular em Saúde, em parceria com o Departamento da Gestão da Educação na Saúde/Ministério da Saúde (Deges/MS) e a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps).
Relatado por: Alan Leite
A Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde – a Criação da RedePop
Entre os dias 3 e 4 de dezembro de 1998, reuniram-se 60 pessoas em Brasília e decidiram criar a Rede de Educação Popular e Saúde. Eram pessoas de várias parte do Brasil e outros três municípios da Argentina. O encontro foi organizado pela Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde, pesquisadores do Departamento de Endemias Samuel Pessoa (DENSP / Escola Nacional de Saúde Pública) e da Leopoldina (CEPEL).
Foi neste evento, detalhado no Boletim nós da Rede número 1, que a Articulação Nacional de Educação Popular em Saúdepassou a denominar-se Rede de Educação Popular e Saúde. Dela participam aqueles “que acreditam na centralidade da Educação Popular como estratégia de construção de uma sociedade mais saudável e participativa, bem como de um sistema de saúde mais democrático e adequado às condições de vida da população”. (Rede De Educação Popular E Saúde, 2005).
Relatado por: Alan Leite
EP&S
É nesta conjuntura histórica que emerge o movimento social denominado Educação Popular e Saúde (EP&S). O movimento organizou-se na Articulação Nacional de Educação Popular em Saúde, criada em 1991 no I Encontro Nacional de Educação Popular em Saúde, realizado em São Paulo. Durante quase uma década funcionou como uma frágil mas persistente relação direta e informal entre profissionais de saúde, pesquisadores e algumas lideranças de movimentos sociais para a troca de ideias e apoio.
Relatado por: Alan Leite
Abertura Política
Com a abertura, nos anos de 1980, houve uma priorização, pelos sanitaristas, da ocupação dos espaços públicos, “o processo político se desloca do âmbito dos movimentos populares para o Estado” (Stotz, 2005, p. 24), por exemplo, para os conselhos de saúde. Nos anos de 1990 a 2002 há a desmobilização social devido à conjuntura de desemprego, empobrecimento e outros fatores. Alguns espaços de controle social ficam esvaziados de sua representatividade. Percebe-se que a formação profissional não acompanhava o mesmo ritmo das experiências de educação popular junto a comunidades, continuando a produzir distanciamentos entre as práticas populares e a medicina biomédica, os quais se refletiam (e ainda se refletem) nos serviços (Stotz, David, Wong Un, 2005). As iniciativas de inserção nos serviços de outras medicinas ou práticas não eram incorporadas à política pública, seja de atendimento, seja de formação profissional. Nesse contexto, vêm à cena outros espaços coletivos organizados em movimentos, redes, grupos de pesquisa, articulações ou listas, em que a Educação Popular e Saúde foi sendo divulgada, gestada, debatida. Novas oportunidades abrem-se a partir de 2002 e a educação popular passa a se tornar uma referência nas práticas de saúde em alguns municípios.
Relatado por: Alan Leite
Movimentos de Educação Popular e Saúde
A trajetória do movimento de EP&S não esteve isenta de conflitos e de dificuldades de relacionamento com os movimentos sociais que, a exemplo do Movimento Popular de Saúde (MOPS), reivindicam para si também a herança da educação popular em saúde. É importante assinalar, neste sentido, a experiência originária nos movimentos sociais durante a época da luta contra o regime militar que entre 1979 e 1981, logrou organizar Encontros Nacionais de Experiências em Medicina Comunitária. É desta experiência, aliás, que nasceu e se desenvolveu o MOPS que jamais conseguiu reunir em torno de si as vertentes da educação popular em saúde (STOTZ, 2005). Apenas com a abertura do governo Lula, principalmente no Ministério da Saúde, à participação dos movimentos sociais se conseguiu construir uma proposta de atuação comum. Isto aconteceu na criação da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (ANEPS) em 5 e 6 de dezembro de 2003[i]. A ANEPS aponta, pela primeira vez desde a tentativa dos ENEMECS, a possibilidade de que movimentos e práticas locais possam adquirir voz e reconhecimento públicos, que venham a ser apoiados como elementos fundamentais para a própria renovação da política de saúde e das práticas do SUS (STOTZ, 2004).
[i] A ANEPS é uma iniciativa conjunta da Rede de Educação Popular e Saúde, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento de Reintegração dos Atingidos por Hanseníase (MORHAN), Federação das Executivas dos estudantes da Saúde, Mulheres Camponesas (MMC), Projeto Saúde e Alegria (GTA), Movimento Popular de Saúde (MOPS).
Relatado por: Alan Leite
crise do desenvolvimento capitalista dependente
O período de 1976-1988, como nos lembra Stotz (2005), é caracterizado pela crise do desenvolvimento capitalista dependente, esvaziamento das bases sociais da ditadura militar, transição e redemocratização política, uma intensificação da luta popular, especialmente dos operários metalúrgicos, processo no qual movimentos sociais importantes (Zona Leste, Meio Grito, Morhan, Saúde Mental, Mulheres) desempenharam um papel importante na conformação dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Muitos profissionais, por vezes por demanda do movimento social, se engajam em experiências de atenção à saúde inseridas no meio popular, onde passam a conviver com os seus movimentos e sua dinâmica interna. A medicina comunitária está na pauta. O olhar para os serviços de saúde vai se tornando mais crítico a partir dessa convivência, evidenciam-se lacunas entre os serviços e a população e novos modos de atenção são pensados e experimentados, dialogando-se com a cultura e interesses populares (Stotz, David & Wong Un, 2005). Nesse período realizam-se os I, II e III Encontro Nacional de Experiências de Medicina Comunitária (ENEMEC), ocorridos na virada dos anos de 1970 para 1980. Em 1981, o ENEMEC transforma-se em Movimento Popular de Saúde (MOPS), como produto de um processo que “(…) vai da troca de experiências à reflexão sobre a necessidade de lutar por mudanças no modelo de assistência à saúde” (Stotz, 2005, p. 23).
Relatado por: Alan Leite
O golpe militar
Após o golpe de 1964, o movimento sanitário toma forma, com articulações da “‘academia’ (os departamentos de medicina preventiva da USP e UNICAMP, a ENSP, o IMS/UERJ), do movimento estudantil (médicos residentes), do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)” (Stotz, 2005, p. 14).
Relatado por: Alan Leite
Aproximação entre o Setor Saúde a Educação Popular
Nos anos de 1960, profissionais e estudantes engajados na busca da transformação social aproximam-se da cultura popular. Surgem iniciativas como os movimentos populares de cultura, de educação de base, entre outros, nos quais foi possível compreender a cultura popular como uma forma de luta popular, bem como compreender que a luta das pessoas das classes populares levaria à transformação das relações de poder e da vida do país. Nessa época, apesar do movimento de educação de base ter se aproximado da medicina popular, ainda eram raras as atividades de “saúde popular”, aqui, incorporando-se à educação popular (Vasconcelos, 2001).
Relatado por: Alan Leite