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Outubro Rosa

Projetos de extensão ressaltam a importância da prevenção e tratamento do câncer de mama
publicado: 29/10/2021 12h36, última modificação: 29/10/2021 14h45
Exibir carrossel de imagens O projeto PROMAMA realiza palestras educativas nos ambulatórios de ginecologia e mastologia. Imagem: foto disponível na rede social da ação.

O projeto PROMAMA realiza palestras educativas nos ambulatórios de ginecologia e mastologia. Imagem: foto disponível na rede social da ação.

O mês de outubro está acabando, mas a campanha de prevenção ao câncer de mama deve ser feita o ano todo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e, por isso, há urgência em ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. 

Lakymê Mangueira, mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia da Paraíba, afirma que as rotinas de autocuidado são aliadas da saúde das mulheres. Uma delas, o autoexame, favorece a observação para que,  no caso de aparecimento de qualquer nódulo, vermelhidão, retração da pele ou mamilo, as mulheres logo procurem o serviço de saúde. 

“A recomendação é que as mulheres apalpem as mamas, como também suas axilas, com os dois dedos, visando o reconhecimento biológico e corporal”, ensina Iasmin Duarte, estudante do terceiro período de Medicina e bolsista do projeto PROMAMA.

Coordenado por Lakymê, a ação vinculada ao Departamento de Obstetrícia e Ginecologia (CCM) realiza palestras educacionais sobre o câncer de mama com o objetivo de incentivar o diagnóstico precoce, buscando diminuir os índices de mortalidade

Inicialmente, as palestras eram feitas na sala de espera do ambulatório de ginecologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), mas por conta da pandemia, a atuação do projeto se estendeu para as redes sociais. “Com as redes sociais, nós ampliamos o nosso público alvo que antes eram só mulheres do grupo de risco e as pacientes, mas hoje a gente consegue falar para estudantes, para familiares dessas pacientes ou para pessoas que estão interessadas no tema”, explica Iasmin."Uma luta que cabe no peito" é o lema da campanha realizada pelo projeto no Outubro Rosa de 2021. Imagem foto disponível no perfil @promama.ufpb (Instagram).

Com todas as extensionistas vacinadas com a segunda dose, as atividades presenciais do projeto estão retornando. Apesar do cuidado redobrado por estarem visitando pacientes oncológicas, Iasmin conta que quinzenalmente uma dupla de extensionistas conseguem ir até o Hospital Napoleão Laureano, referência em tratamento de câncer na Paraíba, dar palestras para o público que está na sala de espera do ambulatório de Mastologia. 

Prevenção

No entanto, apesar do autoexame ser importante para o autoconhecimento corporal, ele não é considerado como prevenção ao câncer de mama. Lakymê explica que a prevenção efetiva, para mulheres a partir dos 40 anos, é feita a partir  da mamografia realizada anualmente. É esse exame que possibilita o rastreio e o diagnóstico de pacientes assintomáticas com lesões impalpáveis ou antes do aparecimento do tumor.

Quando a mulher está dentro da faixa etária de rastreamento e tem requisição do SUS, ela  pode agendar a mamografia em qualquer serviço de saúde que ofereça o exame. Em João Pessoa, a mamografia pode ser feita de maneira gratuita no Hospital Napoleão Laureano e no Centro de Diagnóstico do Câncer. 

Além do exame, a docente do Departamento em Saúde Coletiva (DESC/CCS) Cíntia Bezerra, também destaca que a prevenção primária acontece através de hábitos de vida saudável (boa alimentação, atividade física, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, controle do peso...). 

Cíntia coordena o projeto de extensão Se Toque para Vida, do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva (CCS), que tem o intuito de desenvolver ações de promoção da saúde, prevenção e detecção precoce do câncer de mama e do câncer de colo de útero por meio da utilização das tecnologias de informação e comunicação.

Atuação presencial do projeto Se Toque Para Vida, em 2019. (Foto cedida pela equipe do projeto)

Atuação presencial do projeto Se Toque Para Vida, em 2019. (Foto cedida pela equipe do projeto)

A atividade atuou presencialmente até dezembro de 2019 e as ações do projeto eram realizadas em duas Unidades de Saúde da Família (USF’s) localizadas no município de João Pessoa-PB, onde eram feitas rodas de conversas nas salas de espera das USF. Para a campanha de conscientização eram utilizados panfletos, cartazes, peças anatômicas e artifícios de interações, como aventais educativos com seios, aventais educativos com útero, ovários e canal vaginal desenhados.

O projeto realiza campanhas de conscientização utilizando peças anatômicas e artifícios de interação. (Foto cedida pela equipe do projeto).“[O projeto] possibilita que as mulheres compreendam a importância de adquirir conhecimentos para adoção de práticas saudáveis, ações preventivas e de detecção precoce relacionados ao Câncer de Mama e de Colo de Útero. Uma vez que, os cânceres de mama e colo do útero são os que mais acometem a população feminina”, explica Letícia Menezes, estudante de nutrição e bolsista do projeto.

Devido a pandemia, o projeto tem atuado apenas de forma remota, através da publicação de posts no Instagram do Projeto “Se Toque Para Vida” sobre temas relacionados ao Câncer de Mama e de Colo do Útero, onde a professora Cíntia Bezerra também realiza lives sobre os temas. 

As pessoas interessadas na atuação dos projetos (@setoqueparavida e @promama.ufpb) podem segui-los no Instagram e continuar acompanhando as atividades e publicações realizadas pelas equipes.

 Reportagem de Aléssia Guedes (Bolsista PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX.