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Experiências e aprendizados

Estudantes relatam as expectivas nas atividades de extensão em 2021
publicado: 10/06/2021 12h00, última modificação: 11/06/2021 16h44
Exibir carrossel de imagens Caroline Sales, estudante de jornalismo elaborando atividades para o projeto. Imagem Foto de arquivo pessoal.

Caroline Sales, estudante de jornalismo elaborando atividades para o projeto. Imagem Foto de arquivo pessoal.

A extensão Universitária caracteriza-se, de acordo com a Política Nacional de Extensão, como  um processo educativo, cultural e científico que engloba ensino e pesquisa, propondo uma relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Essa transformação somente é possível com o envolvimento de estudantes, que ao mesmo tempo em que ampliam a própria formação acadêmica e cidadã, contribuem para mudanças sociais nas comunidades.

Na Universidade Federal da Paraíba, a Extensão Universitária é realizada em grandes programas que proporcionam aos estudantes a oportunidade de vivenciar experiências nessa dimensão acadêmica. O maior deles, o Programa de Bolsas de Extensão - PROBEX, tem ações em execução desde o início de maio, com 612 bolsas de extensão distribuídas nos quatro campi da UFPB. Uma dessas oportunidades de aprendizado e atuação foi conquistada por Ana Gabryelle Moura, estudante do segundo período do curso de jornalismo. Ana Gabryelle, estudante de jornalismo. Imagem: Foto de arquivo pessoal.

Ela conta que após participar da entrevista  do processo de seleção do projeto “Monitoramento da acessibilidade aos conteúdos jornalísticos nos portais paraibanos”, coordenado pela professora Joana Belarmino do Departamento de Jornalismo (DEJOR/CCTA), conferia o email diariamente, aguardando ansiosamente pelo resultado. Ana estava em casa quando recebeu a mensagem que tanto esperava: havia sido selecionada.

"Estava fazendo exercícios e recebi uma mensagem de voz da professora Joana, me parabenizando por ter sido selecionada como bolsista. Parei tudo que estava fazendo e comecei a pular de alegria, avisei aos meus pais e a minha irmã, todo mundo ficou  feliz, meus pais ficaram muito orgulhosos”, conta a estudante. 

Participar da extensão é um alívio, explica a bolsista. Ela  ingressou na Universidade em 2020, quando a pandemia da Covid-19 já havia se instaurado no Brasil.  Nascida em Belo Jardim - PE, Ana aguarda o dia em que poderá mudar-se para João Pessoa para encontrar os colegas e vivenciar a experiência extensionista presencialmente na Universidade. Enquanto isso não acontece, a conexão das reuniões online e as atividades realizadas pela extensão alivia as tensões do distanciamento. 

O projeto ‘Monitoramento da Acessibilidade aos Conteúdos Jornalísticos nos Portais Paraibanos' pretende realizar o monitoramento dos portais de notícia da Paraíba, analisando a acessibilidade aos conteúdos jornalísticos por pessoas com deficiência.

A estudante espera que os resultados dos estudos e pesquisas do projeto possam contribuir para a promoção de conteúdos que priorizem a acessibilidade. “Quando tudo estiver concluído, teremos uma visão de como é a acessibilidade nos portais de notícia da Paraíba,  isso irá informar a população, ajudar as pessoas que sentem a ausência da acessibilidade”, defende.

Projeto de Extensão, formação profissional e conquista de espaços

Para alguns estudantes, a extensão universitária é a dimensão mais cativante do ensino superior. É o caso da estudante Caroline Sales, do quarto período do curso de jornalismo. A identificação com a extensão é tanta que a estudante atualmente participa de duas ações.

No projeto de Extensão Fórmula, coordenado pelo professor Koje Mishina, do Departamento de Engenharia Mecânica (DEME/CT), a estudante atua como voluntária. O interesse nesse projeto surgiu do desejo de Caroline de trabalhar como jornalista esportiva no automobilismo e a ação tem contribuído para que a estudante conheça melhor a modalidade.

Já na assessoria de comunicação e imprensa do Centro de Turismo, Comunicação e Artes (ASCIM /CCTA) coordenada pela professora Fabiana Siqueira, do departamento de jornalismo (Dejor/CCTA), projeto em que é bolsista, a estudante tem contato com produção de textos jornalísticos e na rotina de criação de conteúdos ela pratica os conceitos que aprende em sala de aula.

Em um cenário de pandemia, ela relata que tem  sido difícil encontrar oportunidade de trabalho no município de Frei Miguelinho - PE, onde reside e, por isso, a bolsa de extensão chegou em uma boa hora. “Financeiramente será uma ajuda nesse momento de pandemia, ter alguma renda, pois é difícil, especialmente onde moro'', conta.

Estudante de Engenharia Química. Hadassa Vingren. Imagem: foto arquivo pessoal.Já para Hadassa Vingren, que participa do projeto Escola Piloto de Engenharia, coordenado pela professora Josilene de Assis, do Departamento de Engenharia Química (DEQ/CT), é a possibilidade de transformar espaços que impulsiona a participação da estudante de Engenharia Química.  

Ela menciona que o principal motivo para ter ingressado na extensão é  tentar   discutir problemas sociais, especificamente a inserção de mulheres e minorias nas ciências. A estudante acredita ser necessário e possível debater  questões sociais na área de exatas.

“Eu acredito que levantar algumas questões são fundamentais, como, por exemplo, a participação de mulheres e outras minorias no meio científico e os desafios dessa vivência”, reivindica a estudante.”

Experiência, aprendizado, conquista de espaços. Os relatos das estudantes demonstram como os projetos de extensão contribuem na formação acadêmica e  ajudam a criar para a sociedade indivíduos  sensíveis às questões sociais.

Reportagem de Crislaine  Honório (Voluntária PROEX 2021), editada por Comunicação PROEX.