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Disciplinas

por Coordenação publicado 24/07/2020 17h36, última modificação 24/07/2020 17h36

EMENTÁRIO DOS COMPONENTES CURRICULARES INTEGRANTES DA ESTRUTURA ACADÊMICA DO PROGRAMA

 

A – DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS COMUNS ÀS QUATRO LINHAS DE PESQUISA

1. Teoria Antropológica I

A formação do pensamento antropológico e suas principais correntes teóricas. Leitura e discussão crítica de autores centrais na constituição da disciplina. Debates e controvérsias. A importância da etnografia e seus desdobramentos no século XX.

2. Teoria Antropológica II

Debates e indagações teóricas e metodológicas da antropologia contemporânea. Leitura e discussão crítica de autores fundamentais nas releituras, rupturas e transformações do conhecimento antropológico.

3. Metodologia e Prática Antropológica

O fazer antropológico. Análise do método etnográfico e contato com diferentes técnicas e procedimentos metodológicos, clássicos e contemporâneos. Aspectos epistemológicos e heurísticos do método antropológico. Escrita antropológica e outras formas de representação. Questões éticas.

4. Seminário de Doutorado

A experiência da pesquisa e a elaboração da tese. Depoimentos, textos e documentos diversos sobre o exercício da tese. Aproximação com pesquisadores de diferentes disciplinas, campos e abordagens de pesquisa.

B – DISCIPLINAS OPTATIVAS

B.1 – DISCIPLINAS OPTATIVAS DA LINHA DE PESQUISA: IMAGEM, PATRIMÔNIOS, ARTES E PERFORMANCES

1. Antropologia Visual

Constituição da antropologia visual como campo de pesquisa e reflexão. Experiências fundadoras (Mead/Bateson, Rouch, MacDougall). Atos cognitivos de ouvir e de olhar no trabalho antropológico. Texto visual e texto verbal. Imagem, representação e sentido. Iconografia e semiótica. Arte e antropologia. Relação entre visualidade, conhecimento e memória. Imagem e emoção. Imagem, imaginário e imaginação. Perspectivas teóricas em antropologia visual. Questões metodológicas sobre o uso das imagens nas ciências sociais. Desdobramentos contemporâneos da antropologia no universo digital. Institucionalização da antropologia visual no Brasil. Ética de abordagem e de uso de imagens.

2. Cinema e Antropologia

Desenvolvimentos paralelos do cinema e da antropologia desde o século XIX. Utilizações da câmera em expedições e pesquisas antropológicas paradigmáticas. Noções de filme etnográfico, cinema antropológico e antropologia fílmica. Aproximação entre as perspectivas teóricas antropológicas e os procedimentos e teorias circunscritos aos campos do cinema envolvendo produções artísticas ou documentárias. Um olhar sobre as experiências cinematográficas de Robert Flaherty, Jean Rouch, David MacDougall, Pierre Perrault, Eduardo Coutinho, Linduarte Noronha, Vincent Carelli outros. Experiência dos Ateliers Varan de cinema documentário. Fronteiras entre imagem, identidade e representação; entre visualidades, conhecimento e memória e entre realidade e ficção (mimeses).Antropologia do cinema.

3. Fotografia e Antropologia

Panorama da história da fotografia. Fotografia, Cultura e Sociedade. O discurso fotográfico: processos de leitura e interpretação. Panorama histórico do desenvolvimento estético e técnico da fotografia (Benjamin, Barthes, Sontag, Flusser e outros). Fotografia, registro e documento. A fotografia como fonte ou como instrumento de pesquisa. A fotografia enquanto objeto antropológico. Antropologia e Fotografia: experiências fundadoras. Perspectivas e tendências teóricas. Fotografia como fonte de pesquisa em antropologia. Fundamentos metodológicos do uso da fotografia na pesquisa antropológica. Narrativas fotográficas na Antropologia. A construção da narrativa fotográfica e seus usos na pesquisa antropológica. A fotografia na Antropologia, discussão epistemológica e perspectivas práticas. Antropologia e Fotografia no Brasil. A produção antropológica atual sobre fotografia e seus usos na pesquisa no Brasil.

4. Antropologia das festas e rituais

Vertentes teóricas da análise do ritual. Drama e performance. A festa como conceito e como campo. A dinâmica social, o papel da memória, multiculturalismos, patrimônios e relações simbólicas na festa e no ritual. O poder, as identidades e as territorialidades rituais e festivas. O capitalismo, a globalização e as novas tecnologias nas festas e rituais. Políticas culturais.

5. Dinâmicas patrimoniais: conceitos e processos

O conceito de patrimônio. Abordagens do patrimônio material e imaterial. Políticas públicas de patrimônio cultural. Folclore e culturas populares. Memórias, identidades e ideologias. A cultura digital, a cidade e o patrimônio. Patrimônio e Museus. A educação patrimonial. As efetividades de apropriação do patrimônio cultural. Instrumentos de preservação do patrimônio cultural, formais e informais.

6. Semiótica e grafismos

A teoria dos signos de Peirce, evolução conceitual e relação com a cultura. O signo, o sinal e a representação. A composição sígnica das manifestações dos grafismos. A teoria de Peirce como fundamento da abordagem dos grafismos.

B.2 – DISCIPLINAS OPTATIVAS DA LINHA DE PESQUISA: CORPO, SAÚDE, GÊNERO E GERAÇÃO

  1. Gênero, Sexualidade e Diferença

A construção da categoria gênero e seus desdobramentos no campo da antropologia. Marcadores sociais da diferença e suas implicações para a produção do conhecimento científico. A sexualidade na Antropologia e nas ciências humanas. Novos olhares a partir de contextos sociais e políticos contemporâneos.

2. Antropologia do corpo

Abordagens antropológicas sobre o corpo; concepções e noções e corpo e de pessoa; corpo e marcadores sociais da diferença; expressões, performances e práticas corporais; o corpo na produção de subjetividades e das identidades; políticas do corpo, do gênero e da sexualidade; corporeidade e emoções; dor e sofrimento; fluxos, tecidos e fluídos; corpo e imagem.

3. Antropologia da saúde

Abordagens antropológicas sobre a Saúde. Interfaces entre corpo e saúde. Políticas da vida e biomedicina. Práticas e profissões de saúde. Políticas e sistemas de saúde. Sofrimentos e experiência da doença. Ativismos e biossocialidades. Bioidentidades e cuidados de si. Narrativas de adoecimento.

4. Curso da Vida e Gerações

As categorias de idade como produções culturais e produtoras de espaços sociais e de poder. Gerações na antropologia clássica e contemporânea. Grupos de idade, geração, ciclos domésticos e ritos de passagem. Trajetórias, transições e temporalidades. Geração e políticas públicas. Curso da vida e marcadores sociais: gênero, raça, sexualidade, classe social e localidades. Desafios contemporâneos e curso da vida.

5. Antropologia da Criança

A temática da infância do ponto de vista da antropologia, desde sua inexistência como objeto de pesquisa, passando pelo chamado paradigma dos Estudos da Infância, em que as crianças são tidas como sujeitos sociais competentes e agentes da sua própria história, chegando às abordagens mais recentes das crianças pesquisadoras.

B.3 – DISCIPLINAS OPTATIVAS DA LINHA DE PESQUISA: TERRITÓRIO, IDENTIDADE E MEIO AMBIENTE

  1. Dinâmica Territorial, Memória e Processos Identitários

Implicações teóricas e políticas das categorias território e territorialidade; processos de territorialização de grupos sociais e étnicos; comunidade local e modos de vida: minorias sociais, étnicas e “populações tradicionais”; estudos da vida doméstica e de comunidades locais; gestão e sustentabilidade ambiental de territórios e comunidades locais; memória e processos do lembrar; narrativas e tradição; história e oralidades; construções identitárias; relações interétnicas; novas identidades.

2. Cultura e Meio Ambiente

Natureza e cultura; humanidade e materialidade; formas de se conceituar e apropriar o mundo material; antropologia ecológica x antropologia ambiental; etnoecologia e etnociência; políticas ambientais e conflitos socioambientais; sustentabilidade social, econômica, ambiental e conservação da diversidade cultural; ecologia doméstica; estudo de fenômenos sócio-técnicos; propriedades das técnicas: uso, produção e aquisição; atividades tecno-econômicas; cadeias operacionais.

3. Antropologia e laudos

Argumentação antropológica e argumentação jurídica. Legislação brasileira e internacional sobre povos indígenas, quilombolas e outras minorias. Diferença entre processos administrativos e jurídicos de definição de territórios. Identificação e delimitação de territórios. Estudos sobre etnicidade e relações interétnicas. Perícia em processos criminais. Estudo e Relatório de Impacto Ambiental. Legislação brasileira sobre patrimônio cultural. Definição de patrimônio imaterial. Contextos e condições de pesquisa. Metodologia e técnicas de pesquisa. Implicações éticas. Laudo como gênero de produção antropológica.

4. Identidade, etnicidade e diversidade religiosa

Estuda a diversidade étnica e religiosa e suas práticas religiosas; cosmologias e xamanismo; rituais e performances; sacrifício, devoções e relações com o sagrado; analisa tipos de conversão geradoras de novas identidades religiosas incluindo interfaces com a etnicidade e formação de comunidades de crentes; examina trajetórias religiosas e movimentos que provocam conflitos e intolerância: relações entre religião, política e globalização; novas configurações religiosas no mundo contemporâneo; etnografias de experiências e movimentos religiosos.

5. Antropologia do conhecimento e organização social da cultura

A cultura como fluxo de idéias, conceitos, valores, princípios, imagens, objetos, etc.; Geração de formas culturais como efeito da interação social; Tradições de conhecimento como organização social de formas culturais específicas; O conhecimento como sedimentação da experiência; Aspectos cognoscitivos, cognitivos e psicológicos no ato de conhecer e agir (agency); Processos rituais e simbólicos na formação de visões cosmológicas; Fenômeno étnico, outras formas identitárias e tradições de conhecimento como modalidades inter-relacionadas de organização social dos fluxos culturais.

6. Antropologia da técnica e cultura material

Estudo de fenômenos sociotécnicos; Propriedades das técnicas: uso, produção e aquisição; Tendência técnica e fato técnico; Cadeias operatórias; Organização social das técnicas e do mundo material; Técnicas, tecnologias e tradição de conhecimento; O papel dos objetos na formação das memórias coletivas: sua ação e representação; A ideia de devir e de processo na constituição dos contextos de objetos e coisas; Redes, malhas e rizomas.

B.4 – DISCIPLINAS OPTATIVAS DA LINHA DE PESQUISA: ETNOGRAFIAS E SOCIABILIDADES URBANAS

  1. Etnografias Urbanas

A disciplina tem como objetivo focar as principais abordagens do pensamento antropológico que contribuem para o entendimento e discussão sobre as questões urbanas, as alternativas de apropriação e os modos de ser e de viver dos grupos e coletivos. O espaço social e seu significado na área urbana. Serão analisadas abordagens clássicas e contemporâneas que discutem, por um lado, a relação indivíduo, sociedade e grupos urbanos, a identificação de antigos e novos fenômenos e processos de sociabilidade característicos das cidades e, por outro, os espaços urbanos e novas formas de segregação, constituindo conflitos de diversas ordens.

2. A cidade na perspectiva antropológica

Constituição do campo da antropologia urbana; fronteiras da Antropologia da e na cidade; abordagens clássicas e contemporâneas sobre cidade; cidades do capitalismo; cidade moderna e pós-moderna; cidade, memória e imagens; modos e estilos de vida urbanos; processos identitários e marcadores sociais da diferença; formas de conflitos e violências urbanas; dinâmicas sociais e práticas cotidianas subversivas, resistências e insurgências no contexto urbano; intervenções de arte no espaço público; fronteiras urbanas; migração, território, identidades e subjetividades; Antropologia urbana no Nordeste.

3. Antropologia da Cidade

A cidade como tema de pesquisa e de reflexão. Industrialização e urbanização. Aglomerados, redes urbanas, cidades globais. O rural, as pequenas e médias cidades, as grandes cidades e as metrópoles. Processos de exclusão, segregação e apropriação dos espaços urbanos. Diálogos com outras antropologias e áreas conexas. A produção nacional e internacional sobre a cidade. Fontes regionais e locais sobre a cidade.

4. Antropologia das Emoções

O lugar e papel das emoções na política da vida cotidiana. Emoções, Cultura Emotiva e Moralidade. A dimensão micropolítica das emoções. Relações e Negociações Sociais no Cotidiano:Amor, Dor, Luto, Desejo, Prazer, Ressentimento, Perdão, Reconciliação, Desprezo e Compaixão. As emoções como parte de um complexo comunicativo com objetivos morais, culturais e sociais. Emoções como prática discursiva. Relação entre emoções, sociabilidade e poder.

B.5 – DISCIPLINAS OPTATIVAS DA LINHA DE PESQUISA: POLÍTICAS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO

  1. Antropologia Política

Conceptualização do campo do político; formas de organização política; status e prestígio; parentesco e política; ritual, religião e poder; interdependência e poder; o Estado-nação como moldura histórica das relações sociopolíticas; formas e instrumentos do exercício do poder: poder e dominação; poder e transação; conflito, mediação e mudança; processos coloniais, tutela e resistência; território, processos econômicos e organização política.

2. Movimentos Sociais e Relações de Poder

O curso pretende oferecer instrumentos para a compreensão dos processos históricos que levaram ao desenvolvimento de movimentos sociais, a partir da observação das relações de poder envolvidas. A disciplina será orientada a discutir das principais correntes teóricas presentes nos estudos sobre movimentos sociais e de como tais abordagens foram apropriadas e ressemantizadas nos estudos sobre mobilizações sociais no Brasil. Posteriormente passaremos a discussões sobre estudos etnológicos que explicitam essas mobilizações, destacando e de que forma os grupos pesquisados vêm desenvolvendo estratégias de diálogo com o Estado e sociedade civil.

3. Dádiva, Economia e Políticas Sociais

A teoria da reciprocidade e a economia da dádiva; economia e religião em sociedades “complexas”; economia e simbolismo nas sociedades contemporâneas: fetichismo da mercadoria; dádiva e mercadoria – a determinação cultural do valor; o capitalismo como cultura e o mercado como sistema classificatório, intercambio, reciprocidade e redistribuição. As teorias indígenas do bem viver, e as experiências de autonomia no século XXI (Zapatismo, MST, Via Camponesa, etc.) o comércio justo e a economia dos valores éticos, interfaces com as políticas baseadas em sinais diacríticos e políticas sociais.

4. Ecologia política e desenvolvimento

Identidades relacionadas ao universo do “rural”; Terra e Território; Noções, modelos e projetos de “desenvolvimento”; Impactos e conflitos socioambientais; Ecologia política; Ecologia doméstica. Tradição de conhecimento; Multiculturalismo. Políticas sociais de Estado e de organismos multilaterais. Neoliberalismo e governança.

B.6 – DISCIPLINAS OPTATIVAS COMUNS ÀS QUATRO LINHAS DE PESQUISA

  1. Tópicos especiais em Antropologia I, II, III e IV

Estudos específicos com ementas e bibliografias variáveis, de acordo com as temáticas a serem abordadas.

C – ATIVIDADES ACADÊMICAS OPTATIVAS COMUNS ÀS QUATRO LINHAS DE PESQUISA

1. Estágio Docência Atividade acadêmica a ser desenvolvida pelo discente nos termos do artigo 64 do Regulamento Geral, do artigo 40 do Regulamento do PPGA e da Resolução 26/1999 do Consepe.

2. Estudos Especiais Atividades ou estudos de caráter especial previstos no artigo 63 do Regulamento Geral e no artigo 38 do Regulamento do PPGA.