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Xequerê
Xequerê s.m. Há divergências quanto ao uso deste nome. Alvarenga (1977) e Andrade (1982), usam o nome “piano-de-cuia”. Frungillo, utiliza “xequerê” e ainda diz que o instrumento “erroneamente tem sido denominado ‘piano-de-cuia’ em diversos livros brasileiros” (2003:389).
Trata-se de um idiofone percutido indiretamente, agitado e recipiente (112.132), porém com uma peculiaridade: suas sementes não são internas. No caso poderíamos acrescentar a sexta categoria – inexistente na atualização do MIMO, mas atribuída pelo projeto, pois no Brasil é expressivo o número de exemplares desse tipo como o afoxé – sendo 112.131 com objetos internos e 112.132 com objetos externos.É uma espécie de maracá, com uma cabaça envolta numa rede, que pode ser de algodão, ou também de arame, segundo Alvarenga. Nesta rede, estão presos alguns seixos, sementes ou búzios.
Frungillo(id.), descreve o funcionamento, dizendo que a rede fica relativamente folgada em relação a “cabaça” e com uma extensão que serve de empunhadeira. “Ao sacudir a empunhadeira, a ‘cabaça’ salta dentro da malha chocando-se contra as sementes presas nas interseções. Variantes da forma de tocar podem ser observados no link: https://www.youtube.com/watch?v=Ml3_2FfM34s ¹
O xequerê possui origem africana (jejê-nagô), segundo Andrade (id.). Ele ainda diz que o instrumento é notadamente usado nos candomblés da Bahia e nos xangôs do Recife, onde é conhecido por xere. Outros nomes designados para o xequerê são: agê, aguê, amelê, xeque-xeque e piano-de-cuia.
Referências
Andrade, Mário de. Dicionário Musical Brasileiro. 1982. São Paulo.
Alvarenga, Oneyda. Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica, popular. Marcos Antonio Marcondes (ed.). São Paulo: Art, 1977.
Frungillo, Mário D. Dicionário de Percussão. 2003. UNESP, São Paulo.
Gabriel da Rosa Seixas
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¹ Link de vídeo aula da educadora musical Thaís Bezerra, postado mediante sua permissão.
² Disponível em <http://www.todosinstrumentosmusicais.com.br/fotos-do-instrumento-xequere.html>
Acesso: 27 mar 2017