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Triângulo

Idiofone, percutido diretamente por um bastão (geralmente de ferro ou prego comprido), sendo ele próprio, tocado de forma isolada. Sendo assim, o triângulo se encaixa na classificação 111.211.
publicado: 18/05/2016 11h33, última modificação: 17/04/2018 11h56
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(Foto: concepto.de¹)

Triângulo amarrado por tiras (Foto: concepto.de¹)

Triângulo s.m.  Idiofone, percutido diretamente por um bastão (geralmente de ferro ou prego comprido), sendo ele próprio,  tocado de forma isolada. Sendo assim, o triângulo se encaixa na classificação  111.211.  Possui mesmo nome que a forma geométrica que o representa, sendo que os instrumentos possuem, geralmente, a forma de um triângulo isósceles ou equilátero. Normalmente é confeccionado de ferro e aço, mas, ocasionalmente, pode ser feito de alumínio.

Possui timbre brilhante, médio agudo, e seu som é emitido pelas vibrações que são provocadas pelo bastão (ou baqueta), feita do mesmo material do triângulo. O tamanho da baqueta pode variar de tamanho, diâmetro e peso, conforme necessidade sonora.

O triângulo é utilizado em contextos variados. Alvarenga (1977:761) assinala o uso na Folia-do-Divino onde os foliões consideram-no “um instrumento sagrado: [que] tem três lados porque representa a Santíssima Trindade.” No meio popular, seu uso mais conhecido é visto nos gêneros regionais, principalmente nordestinos. Seja no baião, xote, arrasta-pé, xaxado, ele está presente, quase sempre acompanhado do zabumba e da sanfona, instrumentos característicos do conhecido forró pé-de-serra.

Nas orquestras, o triângulo foi inserido por Mozart a partir do século XVIII. Na época, era utilizado apenas para efeitos especiais totalmente excepcionais. Hoje, seu uso é comum nos naipes de percussão, sendo o menor dos instrumentos nas orquestras. Nesse meio, normalmente, o percussionista não segura o triângulo com a mão. Ele fica amarrado por tiras onde se coloca a mão do instrumentista. Desta forma, não há interferência no som quando ele é provocado.

O sítio eletrônico ruadireita.com ainda afirma: “Os primeiros triângulos não tinham a ‘parte final aberta’ e, geralmente, tinham até cinco anéis de metal roscados no instrumento. Os anéis libertavam um som estridente grosseiro. Este estilo de triângulo sobreviveu até meados do século 19, altura em que foi substituído pelo modelo que hoje conhecemos.” Além disso, vale lembrar também que o triângulo foi e ainda é bastante usado no folclore português, conhecido como “ferrinhos”. (Alvarenga ibid.)

Vídeo do Brazil Instrumentarium sobre Triângulo:

https://www.youtube.com/watch?v=bePAMkVf7mQ


Referências

Jaued, André. Mundo Percussivo: triângulo. Disponível em: <http://www.mundopercussivo.com/estudos-e-pesquisas/conhecaosinstrumentos/tri%C3%A2ngulo/> . Acesso em: 6 mar 2016.

Alvarenga, Oneyda. 1977. “triângulo”. In. Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. MARCONDES, Marcos Antônio (org.). São Paulo: Art.

PERCUSSIONISTA. Triângulo. Disponível em: <http://www.percussionista.com.br/instrumentos/triangulo.html> Acesso em: 6 mar 2016.

RUA DIREITA.COM Instrumentos musicais populares - O triângulo. Disponível em: <http://www.ruadireita.com/musica/info/instrumentos-musicais-populares-o-triangulo/> Acesso em: 6 mar 2016.

Rodrigues, Antônio. movimento.com - A história dos instrumentos. Disponível em: <http://www.movimento.com/2011/09/a-historia-dos-instrumentos/> Acesso em: 6 mar 2016.


Gabriel da Rosa Seixas

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¹ <http://concepto.de/triangulo/> Acesso em 6 jun 2016

² <http://www3.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/Hotsite-LuizG/Gonzaga_Musico/Luiz_Gonzaga_eleva_baixo_ao_seu_estxgio_mais_nobre.html> Acesso em 6 jun 2016