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Bastões de Ritmo

Também chamado de Takapú, Karutana ou Wagrana, por Renato Almeida (1942:39). Seria um idiofone, percutido diretamente, em forma de bastão agrupado, tendo dois ou mais bastões sendo assim, classificado como 111.232.
publicado: 18/07/2016 09h54, última modificação: 17/04/2018 11h52
Bastões de Ritmo sendo utilizados por mulheres. 
(Foto: Museu de Arte Indígena-Curitiba¹)

Bastões de Ritmo sendo utilizados por mulheres. (Foto: Museu de Arte Indígena-Curitiba¹)

Bastão de Ritmo s.m. Também chamado de Takapú, Karutana ou Wagrana, por Renato Almeida (1942:39). Seria um idiofone, percutido diretamente, em forma de bastão agrupado, tendo dois ou mais bastões  sendo assim, classificado como 111.232. 

 Renato Almeida afirma que os Bastões de Ritmo são instrumentos originários do Tupi-Guaraní. Gabriel Soares chama os bastões de taquaras, e traz uma descrição acerca disso: “um canudo de uma cana de seis a sete palmos de comprido, e tão grosso que cabe um braço, por grosso que seja por dentro dele; o qual canudo é aberto pela banda de cima, e quando o tangem  vão tocando com o fundo do canudo no chão, e tôa tanto como os seus tambores, da madeira que êles os tangem.” (1938:409). Renato Almeida, ainda diz que confecção dos bastões era feita de espécies de bambú, com dimensões e desenhos variáveis. 

Esses bastões eram tocados de preferência por mulheres. Sua função era “marcar o ritmo da dansa, soando surdamente quando batidos nos chão, sendo o seu destino acentuar com a desejada regularidade um dos tempos da dansa”, como diz Luiz Heitor, citado por Renato Almeida em sua obra. 

O bastão rítmico também tem papel considerado no meio religioso, sendo usado em alguns rituais.  Era um instrumento muito importante e  relevante, tanto que ficava guardado na barraca sagrada com outros objetos litúrgicos, segundo Renato Almeida (1942:36).

Ele diz ainda que em alguns casos, os bastões podem ser acompanhados de maracás na parte superior, como por exemplo os Uarangá dos Ipurucatá, feitos de um só colmo de taquara. 

 

Referências

Almeida, Renato. 1942. História da Música Brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Briguiet

Souza, Gabriel Soares de. 1938. Tratado descritivo do Brasil. 


Gabriel da Rosa Seixas

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¹ Disponível em: <http://www.maimuseu.com.br/#!musicais/v076o> Acesso em: 22 jun 2016