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Adjá
Adjá s.m. Idiofone afro-brasileiro constituído de duas a quatro campânulas acopladas de metal. Tratam-se de recipientes com badalos internos. O instrumento é percutido indiretamente e chacoalhado, dessa forma, classificado como: 112.13. Também conhecido por campa ou sineta. Utilizado nos candomblés da Bahia e nos xangôs de Pernambuco, onde sua função é invocar os orixás, chamar os crentes para o ritual de “dar comida” ao santo, ou para reverenciá-lo, além de acompanhar as danças e os toques do atabaque (Andrade 1982:9; Marcondes 1977:6). Patrícia de Souza (2010:7) diz:
“Em momentos de ritos internos como também na festa pública, as equedes sempre portam seus adjás, as sinetas rituais. Na festa pública o som do adjá tem a função de guiar, de conduzir o orixá durante a dança. O som do adjá, segundo ouvi de um pai-de-santo, é “a música que fala aos deuses, para que eles nos ouçam e atendam nossos pedidos". Tocar adjá é algo muito importante que só deve ser feito pelas equedes, ou pessoas da alta hierarquia do terreiro. Na obrigação de sete anos um fiel que entre em transe receberá também um adjá e o tocará em público como mais um sinal de sua maioridade ritual.”
Referências
Andrade, Mário de. Dicionário Musical Brasileiro. 1982. São Paulo.
Câmara Cascudo, Luís da. Dicionário do Folclore Brasileiro. 10ª ed., Ediouro, Rio de Janeiro.
Marcondes, Marcos Antônio. Enciclopédia da Música Brasileira: Erudita, folclórica, popular. 1977.
Souza, Patrícia Ricardo de. A estética do candomblé: Fazendo axós, tecendo axé. 2010. Disponível em:<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/ENSINORELIGIOSO/artigos/9estetica_candomble.pdf> Acesso em: 14 dez 2015.
Nascimento, Jaciara Santos; Cerqueira, Jucilene Ferreira. Adjá: Escrita Contradiscursiva na Literatura-Quilombo. 2012. Disponível em: <http://www.uneb.br/xique-xique/dcht/files/2012/08/Adj%25C3%25A1_escrita_-contradiscursiva-JaciaraSantos.pdf> Acesso em: 14 dez 2015.
Gabriel da Rosa Seixas
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¹ < http://afrobrasileirismo.blogspot.com.br/2013/10/adja.html > Acesso em: 30 maio 2016.