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Parapara

Instrumento zunidor, feito em madeira, cuja produção sonora se destina à função religiosa de reverência dos mortos, nas cerimônias KUARUP, do povo Kamayurá.
publicado: 30/01/2017 11h31, última modificação: 17/04/2018 18h21
Fonte: Cameu, Helza. 1979. Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros: catálogo da exposição. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; Funarte. p. 34.

Fonte: Cameu, Helza. 1979. Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros: catálogo da exposição. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; Funarte. p. 34.

Parapara s.m. Instrumento zunidor, sendo um aerofone livre, o qual soa quando agitado no ar. Cameu (1979: 35) o descreve como “feito de uma tábua de 62cm, a qual toma conformação zoomorfa (peixe), apresentando desenhos pintados típicos da tribo em apreço”.

Feito em madeira, possui “cordão para zunir, que deve ser amarrado a uma vara, a ser girada pelo executante”. É tocado sempre aos pares, sendo cada um de diferente tamanho. Bastos descreve os comprimentos de 83 cm e 75 cm. (1986: 61)

Por ser aerofone livre, de interrupção, não idiofônico e rodopiante, segue a classificação 412.22.

Este instrumento possui “função religiosa, utilizado nas cerimônias do KUARUP, na qual são reverenciados os mortos”. É encontrado dentre os índios Kamayurá, do tronco Tupi, no Igarapé Tiautiuari, entre a Lagoa Ipavu e o Rio Culuene, da área cultural do Xingu, contato permanente. (Cameu, 1979: 34-5)

Rayssa Claudino de Melo

Referências:

Bastos, Rafael J. Menezes. 1986. Música, cultura e sociedade no alto-Xingu: A teoria musical dos índios Kamayurá. In: Revista de Música Latino americana, Vol. 7, No. 1 (Spring - Summer, 1986), pp. 51-80.  Austin: University of Texas.

Cameu, Helza. 1979. Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros: catálogo da exposição. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; Funarte.