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Kem-Ka-Ka
Kem-Ka-Ka s.m. Nomeclatura apresentada por Chrisostumus Strömer, designando o conjunto de trombetas, onde cada uma, denominada Guerra, é feita de bambu. Helza Cameu (1979: 43) descreve que são “formados por dois tubos de calibres diferentes, isto é, um mais longo e mais fino, que serve como condutor do ar, e outro mais grosso que funciona como caixa de ressonância”. Ambos os tubos são unidos por “ligamentos tirados dos tubos maiores”, e sua embocadura se situa na lateral.
Dos exemplares descritos por Cameu (Idem), pertencente à Coleção Hoene, de 1912, a pesquisadora acrescenta suas dimensões: Exemplar “a” 0,77x05,25/0,30x0,30; Exemplar “b” 0,64x0,6/0,28x0,24; Exemplar “c” 0,64x0,6/0,30x0,21.
Por ser uma trombeta natural, em formato tubular de posição vertical, com embocadura transversal retilínea, classifica-se como 423.122.1.
Este instrumento é encontrado entre o povo Munduruku, do tronco lingüístico Tupi, no Rio Tapajós, Pará, área cultural Tapajós, Madeira, de contato permanente. (Cameu, 1979: 42)
Rayssa Claudino de Melo
Referência:
Cameu, Helza. 1979. Instrumentos musicais dos indígenas brasileiros: catálogo da exposição. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional; Funarte.