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Dissertação _ Mayara Cynthia Brasileiro de Sousa

por Labcon publicado 29/10/2018 16h02, última modificação 29/10/2018 16h08
Resumo _ DESEJO POR CONFORTO TÉRMICO: ESTRATÉGIAS ADAPTATIVAS E MODELOS DE CONFORTO TÉRMICO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

As condições de conforto de um determinado ambiente atuam diretamente no modo como os usuários usam, percebem e interagem com o espaço, refletindo na saúde, produtividade e no bem-estar dos mesmos. Baseado nisto, nas últimas décadas têm sido propostos índices para quantificar e qualificar as condições desejáveis de conforto térmico ao ser humano, se destacando dois tipos; os que se baseiam no balanço de calor e os que associam o conforto as estratégias adaptativas. Estes dois modelos se contrapõem em suas bases teórica e prática, sendo alvo de diversos estudos comparativos, que vêm observando incongruências em suas aplicações em situações adversas das quais foram propostas. Não incomum é a associação destas incoerências às ambiências térmicas aos quais as pessoas estão habituadas, podendo ser estas condições naturais ou condicionadas artificialmente. Neste contexto, este trabalho analisa as sensações, percepções e preferências de pessoas com histórico térmico distintos, provenientes de diversas regiões do país, mas que se encontravam no semiárido paraibano, especificamente na cidade de Campina Grande, durante o verão e o inverno de 2017. Foram aplicados 583 questionários divididos em ambientes ventilados naturalmente e condicionado artificialmente, enquanto as variáveis ambientais: temperatura do ar, temperatura de globo, umidade relativa e velocidade do ar eram aferidas. Os resultados apontam para a adequabilidade do agrupamento de cidades segundo o histórico térmico no estudo de adaptação fisiológica através da técnica de Cluster. Se observou nos entrevistados uma preferência por ambientes frios para se atingir o conforto térmico, se opondo a ideia que a neutralidade térmica é necessária e corroborando com a teoria que as pessoas tendem a optar por sensações frias em cidades quentes. Também se observou que a percepção, preferência térmica e preferência por método de resfriamento é influenciada pela frequência de exposição a ambientes condicionados artificialmente e espaços externos. Para a predição do conforto, o índice que obteve o melhor resultado foi o Predicted Mean Vote e sua extensão para climas quentes calculado unicamente com o fator expectativa, tanto em situação ventilada naturalmente quanto condicionada artificialmente, independente da região onde reside o entrevistado. Foi detectada uma linha de tendência linear para a temperatura do ar e temperatura operativa com as sensações e preferências térmicas, enquanto não se observou nenhuma tendência com a temperatura efetiva padrão. Foram encontradas pessoas em conforto, sem controle ambiental, a temperaturas operativas superiores a 25,5°C e com velocidade do ar superior a 1m/s. Tal achado sugere uma maior aceitabilidade a velocidades do vento elevadas em ambientes de lazer.

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